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quarta-feira, 21 de abril de 2021

Pegou covid-19 e sofreu com a queda capilar?

Saiba como estimular o crescimento e o fortalecimento dos fios após a doença

 

Várias pessoas têm relatado o aumento da queda de cabelo depois de serem infectadas pela Covid-19. A hairstylist, visagista e proprietária do salão de beleza Maison Rocha, Rosângela Rocha, explica que isso ocorre devido a uma condição intitulada “eflúvio telógeno”. “Desencadeado por situações de grande estresse, como a contaminação por doenças viróticas, por exemplo, este processo inflamatório atinge todo o couro cabeludo. Ele altera o ciclo capilar sinalizando para que os fios entrem em fase de queda precocemente”, ressalta.

Rosângela aponta que o ciclo de vida da haste capilar é composto por três etapas. “Na fase anágena, o fio cresce cerca de 1 cm mensalmente durante uns três anos. Depois disso, ele permanece de duas a três semanas no período catágeno e para de crescer. Em seu último estágio, o telógeno, que perdura por três a quatro meses, o fio se desprende do couro cabeludo ao ser empurrado pela raiz do novo cabelo que ocupará o mesmo folículo piloso. Quando o eflúvio se faz presente, ele acelera essa dinâmica, antecipando a morte do fio”, revela.

De acordo com a hairstylist, a queda capilar estimulada pelos efeitos da covid-19 em nossos corpos tem início de dois a quatro meses após a infecção, pode durar entre 3 e 6 meses e sua intensidade pode variar em cada pessoa. “Ao longo deste momento, o couro cabeludo pode ficar mais frágil e suscetível a dor ao amarrar, pentear e prender. O ideal é repor proteínas, ácidos graxos, sais minerais, lipídios e colágeno que são elementos essenciais para a suplementação capilar. Eles restauram e revigoram o fio, além de regenerar a haste do bulbo”, explica.

A fototerapia é uma ótima indicação para estes casos, pois impulsiona a circulação sanguínea e colabora para que os nutrientes empregados na terapia entrem e se conservem por mais tempo na camada papilar da derme. A ledterapia com luz vermelha, por exemplo, ajuda a conter processos inflamatórios, atua no selamento de cutículas, fortifica o fio, trata a queda e auxilia na cicatrização do tecido, estimulando a síntese de colágeno.

“Um tratamento que aplicamos em nosso salão e se mostra bastante eficiente é a terapia capilar em cabine, que é realizada por mim junto da terapeuta Alessandra Henrique e da esteticista e cosmetóloga Daniela Amaral. Após a análise dos fios, nós fazemos a anamnese de cada caso, indicamos a desintoxicação do couro cabeludo e em seguida o uso do pente de alta frequência. Ele ativa a irrigação sanguínea, finaliza a limpeza da área, cauteriza pequenas lesões presentes na região, auxilia na absorção de produtos e atua no combate a caspa”, comenta.

Outras técnicas também muito eficazes é a vacuoterapia – que por meio da prática de sucção, desobstrui o bulbo capilar, promove a vasodilatação local e a desincrustarão do couro – a intradermoterapia e o microagulhamento. “Nestes dois últimos procedimentos são utilizadas medicações que vão atuar no folículo agilizando o princípio da fase de crescimento do ciclo capilar, solucionando assim a queda. Com o acompanhamento de um bom dermatologista especializado em tricologia, as pessoas ainda podem avaliar a possibilidade de uso de corticoides, minoxidil ou outras substâncias que propiciem um ambiente favorável ao desenvolvimento dos fios”, recomenda.

Por fim, Rosângela alerta que para reverter a queda capilar também é indispensável mudar alguns hábitos. “É preciso evitar lavar os cabelos com muita frequência, mas quando isso acontecer, sempre usar um tônico após a higienização para fortificar a saúde do fio. Além disso, é muito importante investir em uma alimentação rica em ferro, proteínas, vitaminas C, D, E e F, dentre outros. Estes componentes ainda podem ser repostos por meio da ingestão de cápsulas de suplementação, que devem ser indicadas por um profissional qualificado”, destaca.

 

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