Diretora-executiva
do CFC fala sobre as mudanças que devem ocorrer para os contadores com o novo
sistema de pagamento Pix
Em 16 de novembro começa a vigorar o Pix, sistema
para realização de pagamentos imediatos ou instantâneos por via eletrônica.
Trata-se de uma evolução dos mecanismos de pagamentos sem o uso de moeda
física, além de todo o processo ser digital e criptografado pelo Banco Central.
Para a contadora Elys Tevania Alves de Souza
Carvalho, do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), com o lançamento do PIX,
modalidades como o pagamento em espécie, TEDs, DOCs, boletos e guias de
arrecadação podem se tornar obsoletas. Dessa forma, visando o alcance da
eficiência operacional, os contadores e empresas contábeis necessitam adequar
seus sistemas para que estes possam interagir com o Pix, possibilitando a
diminuição de custos operacionais e a celeridade na execução de operações
diárias.
A maior diferença do Pix para outros modelos é a
rapidez e a disponibilidade, uma vez que permite que as transações sejam
realizadas 24 horas por dia, sete dias por semana, incluindo feriados. O Pix
também integra todo o sistema bancário e assim as operações poderão ser feitas
entre instituições diferentes, independente do horário dos bancos. “Com o Pix,
as empresas de contabilidade poderão criar suas próprias fintechs e atuar como
intermediárias nas transações de seus clientes, sem que estes necessitem lidar
diretamente com todas as burocracias bancárias”, avalia Elys.
As instituições financeiras deverão oferecer aos
seus clientes o Pix como meio de pagamento já dentro de seus aplicativos. Ele
funciona por meio do Sistema de Pagamentos Instantâneos (SPI), e é gerido pelo
banco Central, por meio do Departamento de Operações Bancárias e de Sistemas de
Pagamento (Deban), além de estar conectado às contas PI das instituições
participantes, como fintechs, bancos e cooperativas de crédito.
O que são as chaves Pix.
São nomes ou ‘apelidos’ utilizados para identificar
a conta, que representa o endereço da conta no Pix. Elas podem ser de quatro
tipos: CPF ou CNPJ, e-mail, número de telefone celular ou uma chave aleatória,
a critério do cliente. É possível registrar mais de um e-mail e mais um número
de telefone como chave Pix. Para pessoas físicas, é permitido registar até
cinco chaves por conta se a pessoa for titular, e para contas jurídicas, até 20
chaves por conta.
De acordo com Elys, a adequação de sistemas pelos
contadores e a capacitação contínua são as fases iniciais do processo. Os
custos que envolvem atualizações de sistemas podem parecer representativos
inicialmente, porém são investimentos de curto prazo. “Atuando na figura de
aconselhadores de seus clientes, os profissionais devem sempre buscar
capacitações acerca do assunto e atualizações constantes, de modo que os
clientes se sintam de fato assistidos pelos profissionais que cuidam de suas
finanças. O CFC incentiva a capacitação contínua dos profissionais para que
estes estejam sempre preparados para atender novas soluções como o Pix”,
ressalta.
Conselho Federal de Contabilidade (CFC)
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