Pensando no
aumento do número de pessoas diagnosticadas com síndrome de Burnout no Brasil,
a especialista em psicologia transpessoal Rebeca Toyama, desenvolveu um teste
com algumas perguntas com a finalidade de identificar se está na hora de buscar
a ajuda de um profissional
Em maio deste ano a Organização Mundial da Saúde
(OMS) mudou a classificação da síndrome de burnout, que também é conhecida como
síndrome do esgotamento profissional. A partir de agora o burnout passa a fazer
parte da Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS como um tipo de
esgotamento físico e mental associado à atividade profissional. E tem
sido cada vez mais frequente ver profissionais nesta situação, o que compromete
o desempenho e prejudica a qualidade de vida.
O que é?
Do inglês, burnout significa “esgotamento” e é
exatamente isso que se refere à síndrome: o esgotamento dos profissionais em
virtude do stress obtido no dia a dia dos ambientes de trabalho. A OMS descreve
o burnout como “uma síndrome resultante de um stress crônico no trabalho que
não foi administrado com êxito”.
A doença pode ser caracterizada como uma síndrome
ocupacional. Isto é: é quando o profissional percebe que está esgotado devido
às situações vividas no ambiente do trabalho, por exemplo: competitividade,
relacionamento com os chefes, cobranças em excesso, acúmulo de responsabilidades
e demais situações constantemente presentes no dia a dia. “é uma pane, um
bloqueio emocional, onde o profissional, em virtude do stress do dia a dia,
acaba se vendo sem vontade de sair de casa para ir trabalhar, dentre outros
sintomas”, declara Rebeca Toyama, que é especialista em desenvolvimento humano
e em Psicologia Transpessoal.
Sintomas
Para a especialista nem sempre é fácil perceber de
primeira a síndrome de burnout, já que os primeiros sinais da doença não se
manifestam de maneira intensa. “O Burnout não é algo tão específico como uma
gripe ou qualquer outra doença onde se é possível identificar nos primeiros
sintomas”, declarou Rebeca Toyama. “Ele começa com a ausência de disposição e
com o passar do tempo outros sintomas físicos e psicológicos vão surgindo, como
pressão alta, insônia, dor de cabeça e entre outros”, completou a especialista.
Tendo como principal consequência a queda de produtividade.
Além disso, dentre os variados sintomas
apresentados pela doença, é comum
- Falta de concentração;
- Sentimento de fracasso e insegurança;
- Alterações repentinas de humor.
Índices
O Brasil já está entre os países que mais se
destacam em diagnósticos de stress, ansiedade e, principalmente burnout.
Segundo a OMS, o Brasil é o país mais ansioso do mundo. Já de acordo com uma
pesquisa realizada pelo International Stress Management Association do Brasil,
no ano passado (2018), 72% da população brasileira sofria alguma sequela do
estresse, do leve aos mais avançados. Dentre eles, 32% tem a Síndrome de burnout.
De acordo com a experiência da especialista Rebeca
Toyama, esse número pode ser entendido, dentre outros motivos, por conta do
ceticismo da população por assuntos que abordam a saúde mental e
autoconhecimento. “É comum você encontrar pessoas que estão visivelmente
estressadas, à beira de um surto, que acreditam que podem se curar sozinhas,
sem acompanhamentos de profissionais”, afirmou a especialista em
desenvolvimento humano.
Está na hora de buscar ajuda?
Tendo em vista esses números e a importância da
saúde mental, a especialista Rebeca Toyama preparou um pequeno teste, com
quatro perguntas fundamentais para serem respondidas quando se pensa em
síndrome de burnout que tem a finalidade de medir o nível do stress no trabalho
e, por fim, saber está na hora de você buscar a ajuda de um profissional.
- Você tem dificuldade para dormir? Se sim, qual a frequência?
- Diariamente
- Semanalmente
- Mensalmente
- Você começa a semana cansado?
- Com frequência
- Às vezes
- Nunca
- No final de semana, você pensa em trabalho com qual frequência?
- Sempre
- Apenas quando tenho assuntos pendentes
- Raramente
- Quando fica preocupado com algo do trabalho você costuma sentir sensações físicas como: sudorese, palpitação no coração, frio ou calor pelo corpo
- Dentro e fora do trabalho
- Apenas durante o horário do expediente
- Nunca sinto esse tipo de sensação
Maioria das respostas 1
Se nesse pequeno teste a maioria das suas respostas
foram a letra 1, é indicado que você procure por ajuda de especialistas no
assunto o quanto antes. Afinal, a preocupação por assuntos profissionais está
afetando a sua rotina, saúde mental e física.
Maioria das respostas 2
A sua preocupação com o trabalho está em um nível
moderado. Talvez atividades físicas, exercícios de meditação e relaxamento pode
contribuir com uma melhora no quadro.
Maioria das respostas 3
Parabéns! Você está longe da síndrome burnout.
Consegue separar bem os assuntos profissionais e pessoais. Mas, não se
descuide, certo?
Rebeca Toyama - palestrante e formadora de líderes,
coaches e mentores. Fundadora da Academia de Coaching Integrativo, coordenadora
da Academia de Comportamento e Finanças da GFAI, coordenadora do Programa
de Mentoring associada a Planejar (Associação Brasileira de Profissionais
Financeiros) e fez parte da Comissão de Recursos Humanos do IBGC (Instituto
Brasileiro de Governança Corporativa). Colunista do Programa Desperta na Rádio
Transamérica e do blog Positive-se, colaboradora do livro Coaching Aceleração
de Resultados, Coaching para Executivos. Integra o corpo docente da pós-graduação
da ALUBRAT (Associação Luso-Brasileira de Transpessoal), Fenabrave (Federação
Nacional Distribuição Veículos Automotores) e Instituto Filantropia. Coach com
certificação internacional em Positive Psychology Coaching e nacional em
Coaching Ontológico e Personal Coaching com o Jogo da Transformação.
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