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sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Ansiedade de final de ano, neurologista explica


A ansiedade é um dos transtornos mais comuns que já acomete cerca de 15% da população. O neurologista Dr. Leandro Teles, explica que com uma expressão  bem variável, a ansiedade é sempre marcada por preocupação excessiva, medo desproporcional e tensão antecipatória, associados a uma gama extensa de sintomas físicos, em especial no final do ano.

“A aproximação do final do ano é um período de vulnerabilidade para muitas pessoas. Entre os principais determinantes da piora dos quadros ansiosos está quando o sintoma deixa de ser transitório“, conta o médico acrescentando que “sentir-se ansioso diante de uma situação urgente, intensa, importante, pode ainda apresentar sintomas típicos da ação da adrenalina no corpo, como taquicardia, tremores, sudorese e pupila dilatada. Mas, quando é direcionada e proporcional ao evento que a provocou, dura um tempo e depois desaparece“.

Já na ansiedade patológica (excessiva), os sintomas desagradáveis são absolutamente desproporcionais e não direcionados, incomodam as situações cotidianas e causam franco comprometimento do rendimento profissional, escolar e social. “Pode ainda causar outras manifestações frequentes como comportamentos compulsivos (principalmente nas compras e na alimentação), a esquiva de situações que possam gerar ansiedade, o medo de passar mal ou perder o controle e até síndromes depressivas“.

Para não deixar que ansiedade deixe de ser transitória e passe a ser um problema, Dr. Leandro deixa algumas dicas bem práticas para prevenir e combater a ansiedade de final de ano:


1- Não se sobrecarregue: Muita gente acaba centralizando muito as coisas e tentando carregar o mundo nas costas antes que o ano termine, mas todo mundo tem um limite e é importante respeitar isso. Evitar se comprometer com aquilo que não vai dar conta de fazer com qualidade evita o estresse físico e psíquico.


2- Gerencie seu tempo: Fazendo tudo rápido e ao mesmo tempo baixamos a qualidade e aumentamos a taxa de erros e frustração.  Procure simplificar tudo ao máximo, priorize o que é importante, delegue atividades para as pessoas de sua confiança, antecipe tudo que for possível e evite perder tempo.


3- Organização: O cérebro ansioso traduz a expressão de um ambiente tumultuado e sem organização. Coloque no papel os afazeres importantes de final de ano, defina uma estratégia lógica e factível. 


4- Foco no presente:   Ansiosos acabam vivendo em um mundo de expectativas e perdem o poder de execução e vivência do presente. Direcione com mais frequência sua atenção para o momento vigente, para a situação em curso, para os problemas atuais, sem dúvida será um exercício interessante contra a ansiedade.


5- Aprenda a lidar com adversidade:  Quer testar sua ansiedade? Coloque-se diante de uma adversidade. Alguém mais ansioso tende a amplificar a experiência, projetar com pessimismo desmedido e agir com rapidez e impulsividade, o que nem sempre é recomendado. A ansiedade torna os problemas urgentes, mesmo que a grande maioria deles não sejam, fazendo com que alguns decidam sem conhecer todas as variáveis.
   




FONTE: Leandro Teles - Graduação e Residência Médica em Neurologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP). Médico Preceptor (atividade docente) do Departamento de Neurologia do HC-FMUSP e membro efetivo da ACADEMIA BRASILEIRA DE NEUROLOGIA (ABN) e ligado aos hospitais Albert Einstein, Oswaldo Cruz, Samaritano e Hospital das Clínicas.


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