Perdoar faz bem para a saúde
física e mental
Por que insistimos em trair se poderíamos por fim a um
relacionamento sem quebrar o acordo de monogamia e a confiança estabelecidos
entre o casal? Uma separação seria a solução mais simples e deixaria menos
ressentimentos. Segundo psicólogos e especialistas, o término de uma relação é
um processo que vai amadurecendo aos poucos. Para alguns, causa tamanho
incômodo que preferem cometer pequenos deslizes a colocar um ponto final.
Outras pessoas dissociam o amor do sexo, sentem desejo e realizam suas
fantasias sem deixar de amar o parceiro. Distanciamento, falta de valorização
pelo parceiro, oportunidade irresistível ou até mesmo vingança são outros
fatores que motivam as traições.
Mas, o interessante é constatar que, mesmo reconhecendo já
ter cometido uma traição, nem todos estão dispostos a perdoar. Pesquisa
realizada pelo site de relacionamento sugar, MeuPatrocínio,
apontou que 56,6% dos seus usuários admitem ter traído os seus parceiros e 72%
dizem saber que foram vítimas da quebra de confiança. Por outro lado, quando
questionados se perdoariam o deslize, as opiniões se dividem: 57% não
concederiam o perdão, enquanto 43% dariam mais uma chance à relação. As reações
à traição divergem e parecem ter relação direta com o nível de privacidade. Se
revelada durante uma confidência, a tendência mais frequente é o perdão. Se o
caso teve repercussão e ficou público, o problema ganha outras proporções e
exige uma satisfação, igualmente pública que, na maioria das vezes, resulta em
separação.
Perdoar
não significa, necessariamente, dar continuidade à relação que demonstrou ter
algum tipo de desgaste. O perdão é um processo que deveria finalizar a dor
causada por um ressentimento, desgosto ou raiva – sentimentos comuns que afetam
aqueles que foram traídos. Dr. Marcelo Katz, médico cardiologista, comenta que
perdoar é um ato simples, mas ao mesmo tempo complexo, que traz um alívio
interior e benefícios ao coração. “Perdoar não é colocar as angústias, problemas
e mágoas debaixo do tapete. Existe todo um processo para que isso ocorra.
A
pessoa que perdoa fica mais otimista e afetuosa. O peito agradece. Isso porque
o nível de adrenalina, hormônio liberado em situações estressantes, diminui. A
pressão arterial tende a ficar estável e o sono melhora. Ou seja, há um enorme
ganho de qualidade de vida”, afirma o cardiologista.
Se você quiser viver bem depois e apesar de uma traição
pense em perdoar, mesmo que se separe da pessoa. Você estará fazendo um bem
para o seu corpo, garantindo o bem-estar necessário para recomeçar.
MeuPatrocínio
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