Especialista
do Hospital América de Mauá fala sobre a campanha de prevenção do câncer de
cabeça e pescoço
O Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço
é celebrado no dia 27 de julho e, por isso, durante todo esse mês, a Associação
de Câncer de Boca e Garganta (ACBG), a Sociedade Brasileira de
Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e várias outras organizações trabalham
para conscientizar a sociedade por meio da campanha Julho Verde. “Trata-se de
uma campanha que visa informar sobre o câncer de cabeça e pescoço, abordando a
promoção da saúde, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação. Dados
levantados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que o câncer de
cabeça e pescoço representa 4% do total de todos os tipos da doença no país”,
explica o Dr. Rodrigo Perez Ranzatti, cirurgião de cabeça e pescoço e prestador
de serviços no Hospital América de Mauá.
É definido como câncer de cabeça e pescoço o grupo de tumores
malignos diagnosticados na boca, na língua, na faringe, na laringe, no esôfago,
na orofaringe (garganta), na nasofaringe e na tireoide. Os mais frequentes em
homens são os na boca, já em mulheres os cânceres mais comuns são os de
tireoide. “Os principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço são manchas
brancas na boca e na garganta, dor na região, lesão ulcerada ou com sangramento
e de cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudanças na voz e rouquidão
persistente, além de dor e dificuldade para engolir e/ou para respirar. Alguns
sinais e sintomas podem sugerir que uma pessoa tenha câncer de cabeça e
pescoço, mas é necessária a realização de avaliação clínica por médico
especialista e exames subsidiários para confirmar o diagnóstico”, comenta o
cirurgião.
Os
maiores fatores de risco para essa neoplasia são o
tabagismo e o etilismo (alcoolismo), especialmente se associados.
“Aproximadamente 95 a 97% dos casos do câncer de boca estão relacionados a
eles, além de também aumentarem a incidência nas demais regiões da cabeça e do
pescoço, como laringe e faringe. Outros fatores de risco estudados são fatores
genéticos, exposição ao sol (válida para tumores de lábio) e infecções virais
como o HPV e o EBV”, ressalta o especialista.
O papilomavírus humano (HPV) tem contribuído drasticamente para o
aumento dos casos do câncer de cabeça e pescoço, já que se trata de um vírus que
infecta a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras
de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. “O nome
HPV é uma sigla inglesa para ‘Human Papilomavírus’ e cada tipo de HPV pode
causar lesões em diferentes partes do corpo. O HPV é um vírus transmitido, em
geral, pelo contato de pele com pele, e o modo mais comum de transmissão é o
ato sexual. Por isso, pode ser considerado uma Doença Sexualmente Transmissível
(DST). A incidência do HPV alterou o perfil dos pacientes com
câncer de cabeça e pescoço. Antes, em sua maioria, eram pessoas entre 55 e 60
anos. Com o vírus, a faixa etária diminuiu para 30 a 40 anos, predominando até
entre pessoas que não fumam ou bebem”, pontua o doutor.
O
tratamento do câncer de cabeça e pescoço é individualizado e depende do local
afetado, da duração da doença e do tipo de câncer que está sendo tratado,
podendo ser necessário cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação
deles, de acordo com a doença e o paciente. “O câncer tem cura, especialmente
nos casos em que o diagnóstico é precoce. Por isso, é necessário sempre estar
atento aos sinais e sintomas de alarme e procurar um especialista em casos de
dúvida ou suspeita”, lembra o médico.
No Hospital América, além do exame clínico feito pelo
especialista, podem ser realizados exames como tomografia, ultrassom cervical,
ressonância da região afetada para avaliar a extensão da doença e exames
subsidiários, como endoscopia e nasofibroscopia, para avaliação de possíveis
outras lesões.
Alguns
cuidados colaboram com a prevenção da doença, como evitar o tabagismo e
etilismo (alcoolismo), usar preservativo nas relações sexuais e tratar
precocemente lesões pré-malignas que possam aparecer na boca e na garganta,
como leucoplasias e eritroplasias.
Dr. Rodrigo Perez Ranzatti |
CRM 132091 | Cirurgião de cabeça e pescoço e prestador de serviços no Hospital
América de Mauá | Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça
e Pescoço
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