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quarta-feira, 17 de julho de 2019

Julho Verde


Especialista do Hospital América de Mauá fala sobre a campanha de prevenção do câncer de cabeça e pescoço 


O Dia Mundial de Prevenção do Câncer de Cabeça e Pescoço é celebrado no dia 27 de julho e, por isso, durante todo esse mês, a Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG), a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço (SBCCP) e várias outras organizações trabalham para conscientizar a sociedade por meio da campanha Julho Verde. “Trata-se de uma campanha que visa informar sobre o câncer de cabeça e pescoço, abordando a promoção da saúde, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento e a reabilitação. Dados levantados pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que o câncer de cabeça e pescoço representa 4% do total de todos os tipos da doença no país”, explica o Dr. Rodrigo Perez Ranzatti, cirurgião de cabeça e pescoço e prestador de serviços no Hospital América de Mauá.

É definido como câncer de cabeça e pescoço o grupo de tumores malignos diagnosticados na boca, na língua, na faringe, na laringe, no esôfago, na orofaringe (garganta), na nasofaringe e na tireoide. Os mais frequentes em homens são os na boca, já em mulheres os cânceres mais comuns são os de tireoide. “Os principais sintomas do câncer de cabeça e pescoço são manchas brancas na boca e na garganta, dor na região, lesão ulcerada ou com sangramento e de cicatrização demorada, nódulos no pescoço, mudanças na voz e rouquidão persistente, além de dor e dificuldade para engolir e/ou para respirar. Alguns sinais e sintomas podem sugerir que uma pessoa tenha câncer de cabeça e pescoço, mas é necessária a realização de avaliação clínica por médico especialista e exames subsidiários para confirmar o diagnóstico”, comenta o cirurgião.

Os maiores fatores de risco para essa neoplasia são o tabagismo e o etilismo (alcoolismo), especialmente se associados. “Aproximadamente 95 a 97% dos casos do câncer de boca estão relacionados a eles, além de também aumentarem a incidência nas demais regiões da cabeça e do pescoço, como laringe e faringe. Outros fatores de risco estudados são fatores genéticos, exposição ao sol (válida para tumores de lábio) e infecções virais como o HPV e o EBV”, ressalta o especialista.

O papilomavírus humano (HPV) tem contribuído drasticamente para o aumento dos casos do câncer de cabeça e pescoço, já que se trata de um vírus que infecta a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus. “O nome HPV é uma sigla inglesa para ‘Human Papilomavírus’ e cada tipo de HPV pode causar lesões em diferentes partes do corpo. O HPV é um vírus transmitido, em geral, pelo contato de pele com pele, e o modo mais comum de transmissão é o ato sexual. Por isso, pode ser considerado uma Doença Sexualmente Transmissível (DST).  A incidência do HPV alterou o perfil dos pacientes com câncer de cabeça e pescoço. Antes, em sua maioria, eram pessoas entre 55 e 60 anos. Com o vírus, a faixa etária diminuiu para 30 a 40 anos, predominando até entre pessoas que não fumam ou bebem”, pontua o doutor.

O tratamento do câncer de cabeça e pescoço é individualizado e depende do local afetado, da duração da doença e do tipo de câncer que está sendo tratado, podendo ser necessário cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação deles, de acordo com a doença e o paciente. “O câncer tem cura, especialmente nos casos em que o diagnóstico é precoce. Por isso, é necessário sempre estar atento aos sinais e sintomas de alarme e procurar um especialista em casos de dúvida ou suspeita”, lembra o médico.

No Hospital América, além do exame clínico feito pelo especialista, podem ser realizados exames como tomografia, ultrassom cervical, ressonância da região afetada para avaliar a extensão da doença e exames subsidiários, como endoscopia e nasofibroscopia, para avaliação de possíveis outras lesões.

Alguns cuidados colaboram com a prevenção da doença, como evitar o tabagismo e etilismo (alcoolismo), usar preservativo nas relações sexuais e tratar precocemente lesões pré-malignas que possam aparecer na boca e na garganta, como leucoplasias e eritroplasias.






Dr. Rodrigo Perez Ranzatti | CRM 132091 | Cirurgião de cabeça e pescoço e prestador de serviços no Hospital América de Mauá | Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço


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