Condição diminui
tônus muscular e pode ser diagnosticada logo após o nascimento
A hipotonia é caracterizada pela diminuição do
tônus muscular e está ligada à fraqueza dos músculos. Ainda que possa ser uma
sequela causada por males como zika e meningite, ela também pode ser um sintoma
de problemas no sistema nervoso ou muscular, assim como de doenças
hereditárias, por exemplo. Por outro lado, algumas pessoas já nascem com a
característica sem possuir doenças relacionadas. O tratamento varia de acordo
com os motivos que causaram a condição e está sempre combinado com
fisioterapia.
Quando o bebê nasce com a característica sem uma
doença que justifique, o tratamento apropriado pode fazer com que o
desenvolvimento seja normalizado até os 3 anos. Para potencializar o resultado,
alguns estímulos podem ser feitos no cotidiano. “Ajudar a mexer a cabeça, o
tronco e os membros e incentivar movimentos de agarrar, puxar e empurrar são
ações simples que podem ser incluídas em atividades do dia a dia”, exemplifica
Marcela Dada, educadora física especializada em gestantes e bebês e sócia da
Baby Gym Santo André.
Até os 6 meses, a indicação é auxiliar o pequeno a
ficar de bruços, levantar a cabeça e rolar o corpo. A partir dos 9 meses,
movimentos que promovam o movimento de sentar, engatinhar e levantar podem ser
introduzidos gradualmente conforme a evolução da criança – por este motivo, a
ajuda de um profissional para identificar as necessidades é essencial. Estas
ações têm como objetivo aumentar o tônus muscular e força, além de melhorar a
resistência física e postura.
Uma vez que quem tem hipotonia pode apresentar
dificuldade na fala, é necessário incentivar o convívio social. “Quando os
pequenos lidam com pessoas, sobretudo da mesma faixa etária e que não façam
parte do convívio diário, observam e imitam o movimento da fala”, assinala
Marcela. “Conversar constantemente coopera com esta questão e também favorece o
desenvolvimento psicológico”, completa.
Para contribuir com os pais e responsáveis nesta
tarefa, redes de academia para bebês oferecem aulas que trabalham com a
psicomotricidade. Exemplo é a Baby Gym, que possui unidade recém-inaugurada em
Santo André e promove o desenvolvimento entre 2 meses e 4 anos de idade por
meio de estímulos auditivos (por meio das músicas adequadas para cada momento
da aula), visuais (proporcionados pelas cores e formatos dos brinquedos e
objetos), sensitivos (contato com texturas, formatos e pesos, além de odores
distintos) e motores.
DIAGNÓSTICO
Nas crianças, os principais sintomas da hipotonia
são falta de controle total ou parcial da cabeça e a sensação de sentir que o
bebê pode escorregar pelas mãos quando segurado sob as axilas. Em qualquer
idade, diminuição do tônus e força muscular, reflexos limitados,
hiperflexibilidade, diminuição de resistência física e postura debilitada podem
ser indícios.
Ao procurar orientação profissional, os exames para
diagnosticar o que está ocasionando a condição são variados e podem incluir
exames de sangue, ressonância magnética e tomografia. “Quanto mais cedo
diagnosticado, mais rápida e eficiente será a recuperação da tonicidade e menores
serão os prejuízos a longo prazo”, destaca Rafael Canedo, médico atuante na
pediatria há 10 anos e sócio da Baby Gym Santo André.
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