Se não tratada
corretamente e atingindo as articulações, a patologia pode causar deformidades
A psoríase é uma das principais
doenças de pele, afetando cerca de 2% da população mundial, de acordo com
estudos. Por isso, em 29 de outubro, comemora-se o Dia Nacional de
Conscientização da Psoríase. O objetivo da data é alertar para os perigos que a
patologia, se não tratada, pode ocasionar. “Se a doença atingir as articulações
do paciente, sem tratamento, pode gerar sequelas, como deformidades”, avisa a
dermatologista do Grupo São Cristóvão Saúde, Dra. Amanda Tedim.
Manifestando-se principalmente em homens e mulheres entre os 20
e 40 anos de idade, a psoríase é uma doença crônica, inflamatória e não
contagiosa da pele e das articulações. “Os sintomas são lesões com placas
avermelhadas e descamação, podendo haver coceira ou não. No caso de artrite
psoriática, há dores articulares, sobretudo nas mãos ou pés”, explica a
profissional.
De acordo com a especialista, as lesões são mais comuns nos
joelhos, cotovelos, couro cabeludo, unhas e articulações, embora possa acometer
o corpo todo. Para diagnosticar, na maioria das vezes, basta apenas o exame
clínico, porém, quando há dúvidas, pode ser solicitada uma biópsia da pele
lesionada.
Quanto à causa, não existe uma razão específica. “A psoríase
surge devido à interação de fatores genéticos, ambientais, como estresse,
medicamentos, infecções e traumas, além de quedas no sistema imunológico”,
comenta a dermatologista. No entanto, ela ressalta que o estresse
físico-emocional pode ser um importante gatilho para o aparecimento da doença,
mas não é uma causa isolada.
Há diversos tratamentos
disponíveis e eles são indicados de acordo com a gravidade da doença e o quadro
clínico de cada paciente. Pode ser realizado por meio de medicamentos tópicos,
como pomadas, loções e shampoo; fototerapia (exposição à radiação artificial de
UVB e UVA); e até medicamentos sistêmicos, como orais e injetáveis.
“Infelizmente, a psoríase ainda é uma doença sem cura, mas controlável, se o
tratamento for adequado”, finaliza Dra. Amanda.
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