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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

São Paulo registra recorde de 61% no uso de fontes renováveis em 2016



Pela primeira vez desde o começo do levantamento, índice ultrapassa os 60%


O Balanço Energético do Estado de São Paulo referente a 2016, publicado nesta segunda-feira, 13 de novembro, pela Secretaria de Energia e Mineração mostra que pela primeira vez desde 1980 – quando foram iniciados os levantamentos, a participação das energias renováveis na matriz energética paulista atingiu a marca de 60,8%.

Até então a maior marca registrada havia sido em 2009, quando as energias renováveis somaram 59,1% da matriz paulista. O menor índice ocorreu em 1981 com apenas 33,4% de fontes limpas.

Em 2015 as energias renováveis representaram 58% do consumo. “Entre os principais fatores que garantiram o aumento do índice de renovabilidade da matriz em relação ao ano anterior estão a retomada das chuvas, que causaram o desligamento das térmicas a gás, a diminuição da atividade econômica em decorrência da crise e a estabilidade do setor sucroalcooleiro”, explica o secretário de Energia e Mineração, João Carlos Meirelles.

São consideradas fontes renováveis de energia os biocombustíveis (etanol, biodiesel), a geração hidráulica, a termoeletricidade a partir da biomassa (cana-de-açúcar e resíduos florestais) e a geração eólica e fotovoltaica.

A redução no consumo dos derivados de petróleo e de carvão mineral, principalmente no setor siderúrgico, colaborou com o aumento da participação das renováveis.

Nos últimos 10 anos o Estado de São Paulo fortaleceu em 17,2% a produção dos diversos tipos de energéticos, o que colabora para a segurança do setor de energia estadual. Em 2007 a suficiência energética era de 50 milhões tonelada de óleo equivalente (toe) passando para 58,6 milhões de toe em 2016.

A produção de gás natural no período avançou 17 vezes, o consumo de eletricidade apresentou um aumento de 11,7%, e a oferta de etanol cresceu 28,5%.


São Paulo x Brasil
 
Com o maior parque fabril da América Latina e mais de 45 milhões de habitantes, o Estado de São Paulo consumiu 27% de toda a energia utilizada no Brasil em 2016.

A participação do Estado no consumo nacional de derivados de petróleo ficou em 23%. Já o uso de insumos energéticos renováveis teve a participação de 59% do bagaço de cana, 42% do etanol e 28% da eletricidade.


Série histórica
 
Nos últimos 10 anos, São Paulo registrou uma queda significativa no uso de energias mais poluentes. O carvão teve a maior redução atingindo 99%, já o óleo combustível apresentou uma queda de 64%.

Por outro lado, os insumos menos poluentes aumentaram sua participação na matriz energética no período. O etanol etílico apresentou crescimento de 29%, 27% no bagaço de cana, 12% na eletricidade. Somente o gás natural teve queda de 11% no período.

O consumo de energia elétrica no Estado apresenta um aumento de 10% na série histórica. O setor residencial aumentou em 15% e o comercial em 39%. Em contrapartida o consumo nas indústrias caiu 2% no período.


Sobre o Balanço Energético
 
Importante ferramenta para aqueles que acompanham o setor, o Balanço Energético do Estado de São Paulo 2016 é uma publicação anual da Secretaria Estadual de Energia e Mineração. O relatório é uma ferramenta essencial para os setores público e privado realizarem estudos de planejamento energético, viabilização de tecnologias inovadoras, busca de eficiência energética e preservação do meio ambiente.

A edição baseada em informações energéticas e socioeconômicas de 2016 apresenta as séries históricas do período de 2007 a 2016 discriminadas por insumos energéticos e por setores da economia, incluindo balanços energéticos anuais consolidados, tabelas e gráficos que detalham a evolução da oferta e da demanda dos energéticos utilizados pela economia paulista, com a correspondente participação dos setores envolvidos.






O suporte técnico de TI e os desafios do dia a dia



O que seria das empresas hoje se não houvesse o “menino da TI”? Como os usuários conseguiriam resolver os problemas relacionados à Tecnologia da Informação? Perguntas como essas são normais no ambiente de trabalho, uma vez que os profissionais de TI são lembrados justamente quando acontece algum problema no equipamento ou aplicativo.

A dependência dos serviços de suporte de TI nas empresas é grande, ainda mais que a indisponibilidade de profissionais capacitados atrelada à necessidade do negócio pode impactar em resultados negativos para as organizações. Por isso, há a necessidade de a equipe de suporte de TI ser gerenciada por um responsável que coordene e oriente a entrega de um serviço efetivo e de qualidade.

As empresas buscam sempre a otimização de custos em serviços de TI, o que faz com que as exigências sejam sempre acima das estipuladas nos acordos de níveis de serviço. Muitos clientes acreditam que a equipe de TI sempre pode dar conta das necessidades, entretanto, não se atentam à importância dos processos de gerenciamento de serviços, tais como o registro das solicitações de atendimento, prioridades, prazos e infraestrutura, o que possibilita que o serviço possa ser prestado da melhor forma.

A biblioteca do ITIL (Information Technology Infrastructure Library) é um conjunto de orientações que descreve as melhores práticas para um processo integrado para o gerenciamento de TI. Os processos de atendimento devem estar alinhados com o dia a dia e a entrega das equipes, e o suporte aos serviços de TI deve estar de acordo com os requisitos do negócio. Seguindo as orientações do ITIL, as equipes prestadoras de serviços de suporte de TI devem dispor de ferramentas que justifiquem e contabilizem a quantidade de atendimentos realizados. Ou seja, os chamados técnicos devem ser registrados para que o cálculo dos indicadores de desempenho seja disponibilizado para o cliente. Afinal, como saberemos se o “menino da TI” está atendendo dentro do prazo acordado ou em quanto tempo ele resolveu o problema ou solicitação?

 Essas informações só são obtidas pelo registro das solicitações de atendimento.

Vivemos em um mundo em que todas as pessoas exigem prioridade, possuem demandas importantes e que devem ser resolvidas com o máximo de urgência, porém todos esquecem que o profissional de TI deve prestar contas, justificando suas atividades diárias por meio de números e resultados. Os usuários possuem a cultura de solicitar um atendimento sem efetuar o registro da solicitação na Central de Serviços ou outro sistema específico, já que a resolução de seu problema exige urgência. Entretanto, poucos entendem que a quantidade de registros efetuados são dados relevantes e que podem impactar na análise de estratégias da própria organização. Dessa forma, é possível avaliar se a falta de profissionais de TI está sendo impactante na entrega dos serviços aos clientes, uma vez que ter apenas uma infraestrutura de TI moderna, mas sem a quantidade exata de profissionais capacitados e alinhados com a estratégia do negócio, é insuficiente.

Para atender aos requisitos do negócio, a equipe de TI deve contar com um gestor, o qual é responsável pelo monitoramento e acompanhamento dos serviços prestados. O registro das solicitações de atendimentos deve ser exigido pelo gestor, apoiando a equipe e orientando os usuários no procedimento. Os processos de atendimento devem ser alinhados entre cliente e prestador de serviço, com o direcionamento das atividades e estipulação de responsabilidades, metas, prazos e serviços disponíveis. Em paralelo, a presença do RNS (Responsável pelo Nível de Serviço) é fundamental para acompanhar os atendimentos e vencimento dos prazos. Ou seja, um responsável em receber críticas, sugestões e elogios dos usuários. Toda equipe de suporte de TI deve contar com um grupo capacitado na Central de Atendimento ou Service Desk, pois várias solicitações podem ser resolvidas pela equipe, além do filtro do problema ou solicitação, o que resulta em um atendimento mais ágil e eficaz, garantindo a entrega dos serviços com qualidade e satisfação dos usuários.

Resumindo, estes são alguns dos fatores críticos de sucesso no processo de atendimento: equipe capacitada e alinhada, infraestrutura adequada, processo de atendimento e acordos (prazos e metas) definidos, e envolvimento e apoio dos usuários. A gestão de TI pelo atendimento de suporte deve ser tratada como uma área estratégica, e sua adoção orientada a processos do ITIL pode resultar em benefícios para o planejamento e execução das atividades nas organizações.






Evandro Luiz Yurk Vizinoni - coordenador de Assistência Técnica e de Suporte Técnico em TI Externo do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).




Mitos e verdades sobre o sistema financeiro



Com experiência de mais de 15 anos no mercado financeiro e eleito este ano um dos três melhores economistas do Brasil pela revista Investidor Institucional, Eduardo Moreira acaba de lançar O que os donos do poder não querem que você saiba (Editora Alaúde). A obra descreve como funciona o complexo sistema financeiro, econômico e político do capitalismo, para que o leitor possa tomar as rédeas do seu dinheiro e da própria vida. A lista abaixo apresenta 5 mitos e verdades sobre o sistema financeiro para que o leitor atue sobre as estruturas do poder de modo ativo.


Lista com mitos e verdades sobre o sistema financeiro

Mito 1 – O investimento que o banco lhe mostra é o melhor para você 
Verdade - Na quase totalidade dos casos, a pessoa que o atende no banco ou corretora tem sua remuneração vinculada ao lucro que gerou ao lhe vender o produto. Isso mesmo: os dois sistemas mais comuns de remuneração vigentes nos bancos e corretoras são o de metas e o de comissões. Quanto mais rentável para o banco for o produto, mais o gerente ganha no final do mês por vendê-lo. Isso faz com que os gerentes vendam sempre os produtos que os fazem bater a meta estipulada pelo banco, ou aqueles que geram um maior lucro para o banco (e não para você!) e, portanto, rendem maiores comissões.     


Mito 2 – Você deve investir em títulos de capitalização
Verdade – Títulos de capitalização são simplesmente sorteios, como as loterias, só que com prêmios ridiculamente menores. Títulos de capitalização deveriam ser proibidos por lei de serem vendidos como o são, apresentados como uma forma de investimento. Se, em vez de comprar títulos de capitalização, você investir o dinheiro em títulos do governo e fizer suas apostas toda semana diretamente na loteria federal, por exemplo, seu dinheiro renderá mais, e, caso você ganhe o sorteio, o prêmio será muito melhor do que as migalhas que o banco vai te dar. Não gaste sua sorte por tão pouco. 


Mito 3 – Eu perderei meu dinheiro se o banco fechar
Verdade – Quando você coloca seu dinheiro em um banco, imagina que o risco de perder o dinheiro é igual ao risco de o banco quebrar, mas na maioria das vezes, esse raciocínio é absolutamente equivocado. Bancos são apenas grandes cofres. Se o dinheiro está parado na sua conta corrente sem estar aplicado em lugar algum, esse raciocínio é verdadeiro; ou seja, se o banco quebrar, você perde seu dinheiro, e, portanto, deveria sempre buscar o banco de maior solidez (que não necessariamente é aquele que faz mais propaganda). No entanto, na maior parte do tempo, seu dinheiro não está parado na conta corrente, mas aplicado em algum investimento. E em boa parte desses casos, pouca diferença faz o banco em que você está: importa mesmo o investimento em si!


Mito 4 – Os bancos têm diversos tipos de investimento
Verdade – Só existem dois tipos de investimentos! Na verdade, todas as opções que você acha que tem à disposição resumem-se somente as ações ou dívidas. Claro, elas recebem dos bancos diversas embalagens diferentes para parecer que você tem dezenas de alternativas e numa delas deve residir o cálice sagrado para lhe deixar rico da noite para o dia. A rigor, ou você está comprando um título de dívida, ou está comprando uma participação societária em uma empresa, as ações. 


Mito 5 – A rentabilidade do seu dinheiro equivale ao que você investiu
Verdade – A rentabilidade do seu dinheiro não é a que você pensa que é. Costumamos analisar a rentabilidade de nosso dinheiro nos bancos ao comparar quanto temos aplicado nos fundos de investimento em relação ao quanto investimos inicialmente. E é assim que os bancos querem que vejamos. Só que a verdade é que deveríamos ver o quanto colocamos de dinheiro inicialmente na conta corrente do banco e o quanto temos hoje no total, e não somente nos investimentos. Parece a mesma coisa, mas não é. Bancos cobram inúmeras tarifas de seus clientes e quase todas fora dos fundos. E curiosamente, as pessoas não descontam esses gastos daquilo que ganharam nos investimentos. Deveriam! Quando o fizerem, vão perceber que provavelmente estariam bem servidos guardando dinheiro no colchão do que deixando nos bancos.  





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