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terça-feira, 17 de outubro de 2017

Alimentação inadequada está entre as principais causas de câncer, alerta nutricionista



Natasha Terra lembra que a mudança de hábitos alimentares associada à prática de atividades físicas pode evitar o surgimento de milhões de novos casos da doença


A alimentação e a nutrição inadequadas são classificadas como a segunda principal causa de câncer que pode ser prevenida. O alerta é da nutricionista Natasha Terra, que acrescenta que esses fatores são responsáveis por até 20% dos casos de câncer nos países em desenvolvimento, como o Brasil; e por aproximadamente 35% das mortes provocadas pela doença.

“Uma alimentação rica em frutas, legumes, verduras, cereais integrais, feijões e outras leguminosas; e com menos alimentos ultraprocessados, como aqueles prontos para consumo ou para aquecer, bebidas açucaradas, entre outros, podem prevenir de 3 a 4 milhões de casos novos de câncer a cada ano no mundo”, afirma Natasha.

Ainda de acordo com a nutricionista, se as pessoas adotassem uma alimentação saudável e a prática regular de atividade física, mantendo o peso corporal adequado, aproximadamente um em cada três casos dos tipos de câncer mais comuns poderiam ser evitados. Ou seja, para cada 100 pessoas com câncer, 33 casos poderiam ser prevenidos, com base em dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). 

Cuidar da alimentação, praticar atividade física e buscar manter o peso adequado são iniciativas essenciais para recuperar a saúde, prevenir o retorno da doença e o desenvolvimento de outros tipos de câncer.

A atividade física promove o equilíbrio dos níveis de hormônios, reduz o tempo de trânsito gastrointestinal, fortalece as defesas do corpo e ajuda a manter o peso corporal adequado. Com isso, contribui para prevenir o câncer de intestino (cólon), endométrio e mama (pós-menopausa). 


Alimentos com nutrientes anti-inflamatórios

Ainda de acordo com Natasha Terra, existem alimentos que possuem nutrientes com ação anti-inflamatória. O cacau e seus componentes fenólicos, provavelmente através de sua capacidade antioxidante e/ou anti-inflamatória, podem prevenir ou diminuir a progressão de iniciação de diferentes tipos de câncer, como o de próstata, fígado, cólon, leucemia, etc. Outro componente que também possui ações anti-inflamatória e antioxidante e que vale acrescentar no dia a dia é a curcuma.

Antioxidantes são substâncias capazes de evitar a formação de radicais livres em nosso organismo. Além de estarem presentes no cacau e curcuma, estão presentes também em pigmentos como a antocionina (presente em alimentos roxos escuros – uva, beterraba), Beta-caroteno e Licopeno, que são carotenoides, corantes naturais presentes nas frutas e nos vegetais vermelho-alaranjados – cenoura, abóbora, tomate).

A nutricionista destaca, enfim, que alimentos ricos em vitaminas A (leite e derivados, carnes vermelhas), C (frutas cítricas: laranja, acerola, caju, kiwi, folhas verdes escuras), E (castanha-do-pará, avelã, amêndoa, nozes, sementes, cereais integrais e vegetais folhosos: espinafre, agrião, rúcula, entre outros), zinco (cereais integrais, nozes, feijões) e selênio (cereais integrais, frutos do mar, miúdos e castanha-do-pará) também possuem ação anti-inflamatória e antioxidante. Podem ser acrescentados no dia a para ajudar na melhoria da saúde, como um todo.






Natasha Terra - nutricionista graduada pela Universidade Católica de Santos (Unisantos) e pós-graduada em Nutrição Esportiva em Wellness, pelo Centro Universitário São Camilo. Atualmente, atende em consultório na cidade de São Paulo (SP). Atuou junto a hospitais, ambulatórios e maternidades, em Santos e na capital paulista, além de participar dos principais congressos e eventos de Nutrição e sua aplicação em áreas como Estética e Esportiva.




Estudos conduzidos por pesquisadores brasileiros abrem novas portas para entender o autismo



 Descoberta feita por cientistas ligados à startup brasileira de biotecnologia pode contribuir de maneira significativa para o avanço na busca por um tratamento para a síndrome, que atinge uma a cada 68 crianças no mundo




Até hoje, os artigos publicados sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) olharam apenas para a morfologia e o funcionamento dos neurônios das pessoas que sofrem com o transtorno. No entanto, um estudo inédito conduzido pela pesquisadora brasileira Dra. Patrícia Beltrão Braga, da Universidade de São Paulo (USP), em colaboração com a Dra. Graciela Pignatari e o Dr. Alysson R. Muotri, respectivamente Diretora Executiva e Chief Scientific Officer da TISMOO, demonstrou que outro tipo celular do cérebro, os astrócitos, também têm um papel fundamental para a saúde do neurônio.

A pesquisa foi realizada durante o doutoramento de Fabiele Russo, que através de ensaios e experimentos avaliou as células do sistema nervoso de pacientes com autismo clássico, todos com déficits de comunicação/cognição e estereotipias. As células do sistema nervoso, os neurônios e astrócitos, foram produzidos através da reprogramação de células da polpa de dentes de leite desses indivíduos. Depois de vários experimentos, foi possível observar que os astrócitos eram os responsáveis pelas características dos neurônios dos autistas, o que pode refletir no quadro clínico/comportamental desses indivíduos.

Além disso, o estudo descobriu que astrócitos de indivíduos saudáveis são capazes de melhorar a forma e o funcionamento de neurônios de indivíduos com autismo. E que o contrário também é verdadeiro, ou seja, astrócitos de indivíduos com autismo podem piorar a forma e o funcionamento dos neurônios de pessoas sem autismo.

"Isso sugere que o tratamento focado nos astrócitos pode produzir as mudanças necessárias e positivas nos neurônios comprometidos", explica a bióloga Dra. Patricia Beltrão Braga, que também atua como Membro do Advisory Board da TISMOO, primeiro laboratório do mundo exclusivamente dedicado à medicina personalizada com foco no autismo.

A pesquisa também identificou uma substância que o astrócito produzia em excesso, uma interlecina-6 (IL-6), e, ao bloquear a ação desta citocina, foi possível melhorar os neurônios de indivíduos com autismo.

"Esta é uma importante descoberta, que poderá se tornar uma forma de tratamento para o autismo. É uma nova maneira de olhar para o transtorno e uma porta que se abre para entender seus mecanismos. Nosso objetivo agora é aprofundar as pesquisas e entender por que os astrócitos se comportam desta maneira", finaliza a Dra. Patricia. 


O autismo no Brasil e no mundo

As crianças diagnosticadas com autismo ou distúrbios relacionados vem crescendo exponencialmente. A OMS (Organização Mundial de Saúde) considera que cerca de 1% da população mundial ou 70 milhões de indivíduos está inserida no espectro autista, entretanto, um estudo recente realizado na Coreia do Sul reportou uma incidência de autismo na ordem de 2,6% da população. No Brasil, não há informações consolidadas, mas se considerarmos os dados da OMS, há cerca de 2 milhões de indivíduos afetados e poucas clínicas e serviços específicos para esse tipo de tratamento.

Um estudo publicado pelo Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA - Centers for Disease Control and Prevention (CDC) - aponta que uma em cada 68 crianças com até oito anos de idade tem autismo. A prevalência do transtorno no país sofreu um aumento de 30% em relação a dados divulgados em 2012, que apontavam que uma em cada 88 crianças estariam dentro do espectro autista nos EUA. Na década de 80, este número era de 1 a cada 2 mil crianças.






TISMOO
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