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quarta-feira, 3 de julho de 2024

Entenda como a genética pode influenciar no emagrecimento

Endocrinologista e metabologista explica por que a genética pode dificultar o emagrecimento mas não pode deter quem se determina a adotar hábitos saudáveis 

 

“Por que tem gente que come muito e nunca engorda?”. Esta é uma pergunta frequente no consultório da Dra. Thais Mussi, endocrinologista e metabologista pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

“Pacientes que lutam contra a balança sempre se fazem essa pergunta, e, para completar, vivem se questionando por qual motivo não contam com essa ‘sorte’ também”, revela a profissional.

A resposta era desconhecida até pouco tempo atrás, quando uma pesquisa realizada na Universidade Cambridge, no Reino Unido (Inglaterra), revelou que tudo isso não passa de uma questão genética.

“Essa pesquisa mostrou claramente que o fato de algumas pessoas serem magras, mesmo comendo bastante, está explicada por elas possuírem menos genes que influenciam no aumento de peso”, revela a médica.

 

Mistério revelado 

A principal descoberta é: apesar de muitas pessoas acreditarem que, para emagrecer, basta controlar a alimentação, tal estudo prova não ser bem assim. “Na realidade, não temos tanto controle sobre o nosso corpo quanto fomos ensinados a acreditar que temos. E, além da descoberta sobre a influência dos genes no ganho de peso, os pesquisadores também descobriram que ser magro acaba sendo uma característica hereditária”, acrescenta a Dra. Thais. 

“Isso significa que ser magro ou obeso depende dos nossos pais?”, alguém pode estar se perguntando. Em parte, sim. No entanto, é importante ser consciente e entender que mesmo que exista uma predisposição genética, isso não significa que é uma certeza, porque estar em forma depende de outros fatores, como o estilo de vida, a alimentação, a prática de exercícios físicos e até mesmo o quão estressante é a rotina de uma pessoa. 

Ou seja, mesmo que se tenha a predisposição genética, como, por exemplo, uma carga grande de genes que influenciam no aumento do peso, ou ter tido pais que viveram a vida toda acima do peso, se uma pessoa passar a ter hábitos saudáveis, poderá, sim, reverter o quadro e garantir não só a boa forma, como a saúde.

 

Importância de conhecer sua genética 

Diante do resultado desse estudo inglês, Dra. Thaís Mussi frisa a importância das pessoas se conhecerem, profundamente, a nível genético. “Com os testes genéticos, podemos enxergar com mais clareza as características individuais, se há tendência para doenças metabólicas e até a sensibilidade a macro e micronutrientes. 

Tendo em mãos esses dados individuais, a médica poderá construir um mapa e, a partir dessas informações, acompanhar o paciente definindo estratégias para se manter saudável e em boa forma. “Ainda que o fator genético seja um obstáculo, não é um impeditivo para uma vida feliz e saudável!”, finaliza a endócrino. 

 

DRA. THAIS MUSSI -Crm 27542-PR 118942-SP RQE 373 - Formada em medicina para Universidade do Vale do Itajaí (Univali); Residência em clínica médica pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Residência em endocrinologia e metabologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo; Membro titulado da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Membro do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida (CBMEV); Pós-graduação em Nutróloga pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN); Médica integrante da C.A.S.A Sophie Deram- centro de aconselhamento em saúde alimentar. Especializacao em Mindfull Eating . Participação em diversos congressos internacionais voltados a Obesidade e Síndrome metabólica

 

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