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quinta-feira, 31 de agosto de 2023

Licença-maternidade e suspensão total do contrato de trabalho

 

O contrato de trabalho é de natureza sui generis porque permite ocorrências durante sua vigência que ultrapassam os limites das obrigações recíprocas contratadas e provocam, tais ocorrências, efeitos de proteção especial, impedindo que o empregador exerça seus poderes diretivo e disciplinar. É o caso da suspensão do contrato de trabalho durante as férias do empregado, durante o descanso semanal remunerado, o período de licença-maternidade de 120 dias, conforme estabelecido em lei, afastamentos por motivo de doença ou acidente do trabalho, exemplificativamente.

 

No caso do gozo do período de férias anuais ou do descanso semanal remunerado, o empregador perde, temporariamente, o comando do contrato. O empregado é o único titular do direito conquistado no curso do cumprimento do contrato, com tempo de trabalho durante 12 meses para as férias ou cumprimento integral da duração das horas do trabalho na semana. São garantias legais que se transformam em direitos uma vez preenchidos os requisitos, condicionados ao preenchimento da obrigação prevista em lei e, uma vez satisfeita, o empregado adquire o direito e o exerce com titularidade plena e absoluta ausência da subordinação ao empregador.

 

Desta forma, essa reserva jurídica de gozo do direito a férias ou descanso semanal não permite que o empregador nela interfira sob pena de estar violando garantia legal de natureza social e de proteção individual.

 

Quando se trata de afastamento por licença-maternidade, observam-se dois efeitos: o primeiro, assegurado pela Constituição (artigo 10, II, "b", ADCT) e que diz respeito à garantia de emprego desde a confirmação da gravidez até cinco meses após o parto; e, o segundo, relativo à transferência ao Estado da obrigação de garantir benefício durante o período de afastamento de 120 dias, impropriamente chamado de salário-maternidade. Relativamente aos poderes diretivo e disciplinar do empregador, cessam eles peremptoriamente, cabendo ao empregador assegurar a garantia de emprego e o retorno da gestante às funções exercidas anteriormente à suspensão do contrato.

 

Durante o período em que a empregada está em gozo de sua licença-gestante, o exercício da titularidade do direito está dividido entre a mãe e o recém-nascido, cabendo ao empregador, exclusivamente, aguardar o retorno da empregada com o término do período de afastamento.

 

A jurisprudência trabalhista do TST se consolidou no sentido de tornar inválida a concessão de aviso prévio na fluência de garantia de emprego (Súmula 348) porquanto incompatível o tempo da estabilidade provisória acumulado com aviso de dispensa do contrato. Institutos diferentes devem ser observados cada um a seu momento.

 

A licença-maternidade exige cuidados especiais e impede que o empregador adote comportamentos equivalentes à dispensa da empregada, causando-lhe danos psicológicos e afetando o metabolismo diante da iminência de dificuldades econômicas em face da perda de emprego anunciada.

 

Em conclusão, os períodos de afastamento que impedem a continuidade da prestação de serviços pelo empregado podem ser decorrentes de conquistas pessoais e próprias do comportamento do empregado no cumprimento de suas obrigações contratuais (férias e descanso semanal remunerado) ou, de outra via, como no caso da gestante, decorrente de compromisso social de proteção da maternidade e, por esta razão, imporia ao empregador, em última análise, dar efetividade ao direito.

 

 

Paulo Sergio João - advogado e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo


Impostômetro da ACSP atinge R$ 2 trilhões em tributos arrecadados

IMAGEM: Paulo Pampolin/DC
Em 2023, a marca será registrada 14 dias mais cedo, fator impulsionado, em parte, pela inflação acumulada 

 

O Impostômetro, painel instalado na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), no centro histórico da capital paulista, atinge nesta quarta-feira, 30/8, às 21h15, a marca de R$ 2 trilhões em tributos arrecadados.

Este é o valor pago pelos contribuintes brasileiros aos governos federal, estadual e municipal desde o início do ano. Entram na contabilidade impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e a correção monetária.

Em contraste ao ano passado, quando esse patamar foi alcançado em 14 de setembro, o economista-chefe da ACSP, Marcel Solimeo, revelou que a diferença de 14 dias se deve, em parte, à inflação acumulada durante o período.

A alta da inflação, embora tenha sido mitigada por algumas medidas de desoneração, exerceu influência direta no aumento dos preços dos produtos e, por consequência, na arrecadação tributária.

"Vale destacar que a redução temporária nos impostos sobre os combustíveis, de certa forma, amenizou o impacto do aumento geral dos preços”, avaliou Solimeo.

No entanto, o economista alerta para a necessidade de abordar os gastos públicos como parte fundamental da equação econômica do Brasil. Solimeo mencionou o novo arcabouço fiscal (PLP 93/2023), denominado Regime Fiscal Sustentável, que procura controlar o endividamento, substituindo o teto de gastos em vigor, por um regime fiscal focado no equilíbrio entre a arrecadação e as despesas.

"O arcabouço fiscal busca estabelecer diretrizes para o aumento dos gastos. No entanto, após sua implementação é esperado que ocorram aumentos significativos na carga tributária para cumprir as as novas metas fiscais", explica o economista-chefe da ACSP.

O presidente do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), Gilberto Amaral, lembra que, no passado, houve a desoneração dos impostos sobre os combustíveis e uma diminuição nas alíquotas de ICMS sobre combustíveis e energia elétrica. Entretanto, em 2023, essas medidas foram revertidas, começando em maio e junho do mesmo ano.

"Uma das razões para atingirmos essa marca mais cedo é o aumento na arrecadação, em comparação ao mesmo período do ano passado. Tributos significativos, como o ICMS sobre energia elétrica, tiveram um impacto substancial, especialmente após o aumento nas alíquotas”, completa Amaral.

O painel físico do Impostômetro está localizado na Rua Boa Vista, 51, no Centro Histórico de São Paulo, junto ao edifício-sede da ACSP. 



Redação DC
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/impostometro-da-acsp-atinge-r-2-trilhoes-em-tributos-arrecadados


Estagiários: com a falta de contato presencial, home office pode ser um gatilho para turnover, diz especialista

Shutterstock
A cultura de troca constante de empregos pode retornar, após a pausa ocasionada pela pandemia


Criatividade, engajamento, agilidade, inovação, poder de transformação no ambiente corporativo e, ainda, economia de custos – são esses e diversos outros os benefícios de se ter um estagiário no ambiente corporativo. Mas, após a pandemia causada pelo novo Corona vírus, como está o mercado para esses profissionais e o que os últimos três anos trouxeram para este perfil em seu cenário trabalhista?

 

As relações de trabalho, durante a pandemia, foram radicalmente afetadas de maneira positiva e negativa em alguns aspectos. Se por um lado a expansão do home office possibilitou o sucesso das tarefas remotas, por outro lado afastou o contato presencial dentro do ambiente corporativo. É possível comprovar quando 52% dos entrevistados, no estudo “Futuro do Trabalho 2023”, elaborado pela consultoria global Korn Ferry, afirmam que o serviço remoto faz com que se sintam desconectados de seus colegas e que essa desconexão poderia ser o suficiente para fazê-los procurar emprego em outro lugar.

 

Segundo o especialista e carreira da consultoria global BR Talent, Rudney Pereira Junior, essa desconexão do presencial pode ser também um gatilho para um estagiário. “O perfil deste estudante é conhecido pela sua facilidade em absorção, agilidade, empolgação, proatividade e curiosidade, ainda mais por estar em um momento de aprendizado naquela determinada função que atua na empresa. É isso o esperado. Mas, a falta de networking coletivo, no cotidiano, como era antigamente e já esperado por este aprendiz, pode ser uma brecha para desmotivação nas tarefas e, até mesmo em alguns casos, ocorrer a desistência do curso”, alerta.

 

O mercado para os estagiários está crescendo cada vez mais, sendo o terceiro ano consecutivo, como retratam os dados divulgados pelo Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE), em que o total é de 933 mil profissionais nesta modalidade e a expectativa é que, segundo divulgação recente, ainda neste ano acontecerá um aumento de 10,3%. Vale lembrar, que o único decréscimo, de 23%, foi registrado apenas em 2020, momento em que o país enfrentou os danos sociais e econômicos alavancados pela pandemia.

 

“Como organização, é possível avaliar que as empresas ganham muito além de economia no orçamento tendo os estagiários em seu time e é indispensável se atentar nos desafios que esta modalidade de emprego oferece, para se precaver de futuros danos aos contratantes e contratados. Vale lembrar que o estagiário engajado, bem remunerado e realmente envolvido com a cultura da empresa, tem mais chances de colaborar com a retenção de talento, redução de turnover, participação em plano de sucessão e, ainda, colabora como um prospect que busca tendências de T&D”, explica Pereira.

 

De galho em galho

 

Um levantamento realizado pela consultoria global Korn Ferry, revelou que pessoas altamente curiosas têm 2,2 vezes mais chances de se tornarem nômades na carreira, ou seja, migrarem constantemente de empregos. Este perfil com mais curiosidade e agilidade faz parte das qualidades dos estagiários, mas, ao mesmo tempo pode ser um alerta nas trends organizacionais: retenção de bons talentos e a precaução dos prejuízos em T&D.

 

O especialista em carreiras da consultoria BR Talent, Rudney Pereira Junior, compreende que as possíveis práticas nômades dos estagiários durante a pandemia foram modificadas, porque houve cautela na nomadicidade devido aos receios das consequências da crise econômica. No entanto, nos dias atuais, observamos um ressurgimento dessa cultura, especialmente quando os benefícios laborais não correspondem às suas expectativas. Esse cenário é agravado pela falta de interações presenciais, algo fundamental para esse tipo de perfil, o que compromete a qualidade das trocas de conhecimento e networking. Além disso, vale mencionar a possibilidade concreta de crescimento em empresas concorrentes, variando de acordo com o setor de atuação. Por isso, entender os objetivos, anseios e desenhar o perfil do candidato na hora do recrutamento é essencial”, finaliza.

 

Dicas para os estagiários:

 

- Se você é 50+, você também pode conseguir uma oportunidade e poderá contribuir muito com sua experiência;

- Seja sincero durante a sua entrevista e explique o que a determinada empresa pode colaborar com seus anseios profissionais;

- Demostre suas hard skills, mas não esqueça de expor as suas soft skills;

- Passe segurança de que, se der tudo certo futuramente, você pode fazer parte do time de efetivados;

- Destaque suas fragilidades, mas como forma de processo de aprimoramento e não como eliminatória;

- Combine sua flexibilidade no trabalho, pensando nos seus estudos e determine isso com a empresa.

 

Dicas para o RH:

- Saiba entrevistar o estagiário, para que ele se sinta à vontade para compartilhar seus objetivos profissionais na empresa;

- Analise o perfil não pensando em curto prazo, mas a longo prazo e considerando aquisição de talentos;

- Faça um mapa do que a oportunidade oferecida pode agregar de acordo com o que o candidato busca naquela companhia;

- Compare os benefícios que serão oferecidos com os que ele almeja, tente equilibrar para ambos;

- Não prometa o que não irá cumprir.

 

BR Talent
www.brtalent.com.br


Instituto Significare convida pessoas de todo o Brasil a assinarem o Ponte 4.7, manifesto que coloca a Educação no centro da transformação social

Divulgação


Iniciativa visa chamar a atenção sobre o protagonismo da Educação na transformação para um mundo mais justo e sustentável, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

Manifesto Ponte 4.7 sugere que a Educação deve estar no centro da transformação social


O Instituto Significare, organização da sociedade civil criada por um grupo de educadores que promove a Educação transformadora e luta pela transformação da Educação, convida educadores de todo o Brasil para que conheçam e assinem o Manifesto Ponte 4.7, movimento inspirado na Meta 4.7 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS 4) da ONU, que propõe colocar a Educação como fator central da transformação social. Todos os detalhes do Manifesto Ponte 4.7 - A educação no centro da transformação social estão disponíveis neste link: https://l1nq.com/d5YBt

A Meta 4.7 dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável propõe que, até 2030, todos os alunos do país adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive por meio da Educação para o Desenvolvimento Sustentável e estilos de vida sustentáveis. Para ser transformadora, a Educação hoje precisa ser menos burocrática, mais inclusiva, empreendedora e aberta às realidades e comunidades. Criar um mundo melhor para todos deve ser o grande objetivo da Educação, começando pelas famílias, passando pelas escolas e atingindo toda a sociedade.

O Manifesto Ponte 4.7 é um alerta e chamado para que educadores de todo o país se unam em prol de uma mudança do entendimento e condição da Educação na sociedade, unindo pessoas e organizações dispostas a promovê-la como central no debate e ações para o desenvolvimento sustentável. Alcançando a sua meta de assinaturas, o manifesto será encaminhado a diversos agentes da área da Educação e dos setores governamental, empresarial e da sociedade civil.

Para o Professor Wellington Cruz, presidente do Instituto Significare, a concretização desses objetivos passa, necessariamente, pela Educação, atingindo assim toda a sociedade: “A Educação precisa, de fato, estar no centro das discussões e ações para um mundo melhor para todos. Para que isso seja possível, ou seja, que a Educação seja protagonista na transformação social, precisamos de iniciativas que conectem pessoas e organizações com os mesmos propósitos”

O Prêmio Educador Transformador, promovido em conjunto pelo Instituto Significare, Bett Brasil e Sebrae, também é uma iniciativa que já está alinhada a esse objetivo e traz visibilidade a projetos transformadores de Educação que são desenvolvidos por professores de todo o Brasil.



Sobre o Instituto Significare

O Instituto Significare é uma organização da sociedade civil sem fins lucrativos que promove a educação transformadora. O Significare busca impactar indivíduos, organizações e toda a sociedade por meio de iniciativas que colocam a educação no centro do desenvolvimento sustentável. Transformação com equidade, escala com inclusão e visão compartilhada de futuro são alicerces das ações do Instituto Significare.

 

7 transformações que você terá em sua vida financeira após vencer o medo

Carina Costa, que acaba de lançar um livro explorando o tema, é mentora high performance e diz que o medo deve funcionar como uma oportunidade para evoluir financeiramente

Muitas coisas na vida nos pede coragem: coragem para arriscar em uma nova carreira, para começar em um novo emprego ou, quem sabe, para começar a empreender. O que poucos sabem é que a falta de coragem pode impactar em diferentes âmbitos da vida, inclusive o financeiro. Ter medo é algo inerente ao ser humano, mas segundo a mentora high performance Carina Costa, enfrentá-lo é um passo essencial para realizar mudanças significativas na vida financeira porque, muitas vezes, esse medo acaba atuando como um inimigo invisível que limita um potencial e impede o alcance de uma verdadeira revolução nessa área da vida. 

“É algo realmente positivo. Ao confrontar o medo no campo financeiro de forma corajosa e deliberada, você abre portas para oportunidades que, antes, não eram possíveis de atingir. Ao encarar esse sentimento tão limitador, você quebra as correntes que o prende a padrões financeiros limitantes e abre espaço para uma transformação real. Lembre-se de que o medo é uma emoção natural, mas não deve ser um fator paralisante. Em vez disso, veja-o como uma oportunidade para crescer, evoluir e conquistar uma vida financeira mais próspera e gratificante”, incentiva Carina. 

A seguir, confira os insights positivos que enfrentar o medo pode trazer à sua vida financeira:

 

• Desbloqueio de potencial 

Carina aponta que o medo, muitas vezes, nos impede de explorar novos territórios financeiros. Enfrentar isso irá fazer com que se descubra habilidades e recursos antes desconhecidos, permitindo o alcance de metas mais ambiciosas;

 

• Tomada de riscos calculados 

Muitas vezes, mudanças financeiras exigem enfrentar riscos calculados. Ao enfrentar o medo, você se torna mais propenso a assumir riscos inteligentes que podem levar a oportunidades de crescimento financeiro;

 

• Superação de obstáculos 

A mentora explica que, em alguns casos, o medo está associado justamente a desafios financeiros como investir, empreender ou tomar grandes decisões de compra. Desenvolver resiliência para superar obstáculos e seguir em frente também é uma tomada de ação positiva;

 

• Liberdade de escolha 

Padrões financeiros limitantes servem para nos aprisionar e, enfrentá-los permite que você faça escolhas financeiras com base na sua visão de longo prazo, em vez de ser controlado pelo medo do desconhecido;

 

• Autoconfiança elevada 

Ao obter sucesso, mesmo diante do receio, sua autoconfiança aumenta. Isso influencia positivamente suas decisões financeiras, permitindo que você se torne mais assertivo e orientado para objetivos;

 

• Abertura a novos aprendizados 

Seja humilde para reconhecer que sempre há coisas a se aprender. Isso o tornará mais disposto a buscar educação financeira e conselhos de especialistas, o que te levará a decisões mais informadas;

 

• Criação de resiliência 

Lidar com o medo de maneira tão direta fortalece sua resiliência emocional, permitindo que você supere as inevitáveis adversidades financeiras com mais facilidade. 

Carina, que acaba de lançar o livro “O Despertar do Coma Financeiro”, define a obra como um “guia transformador para aqueles que desejam redefinir sua relação com o dinheiro e conquistar uma vida financeira mais plena”.  

São, em média, 230 páginas onde ela explora estratégias eficazes para sair das dívidas, recuperar o controle financeiro e desenvolver uma mentalidade próspera e empreendedora, além de compartilhar ferramentas e recursos valiosos para ajudar os leitores a reconstruírem suas vidas e alcançarem a independência financeira.

 

Dia do Nutricionista: Celebrando a profissão que nutre a saúde e o bem-estar

Em 31 de agosto, comemora-se o Dia do Nutricionista, data que destaca a relevância desses profissionais na promoção da saúde

 

Na era da informação rápida e do acesso instantâneo a uma variedade de escolhas alimentares, o papel do nutricionista se torna cada vez mais crucial. Hoje, dia 31 de agosto, celebramos o Dia do Nutricionista, uma data que reconhece a importância desse profissional na construção de formas de se alimentar de maneira equilibrada e na disseminação de conhecimento que transcende dietas e fórmulas mágicas de emagrecimento.

A escolha do dia 31 de agosto não foi aleatória. A data marca a criação da Associação Brasileira de Nutricionistas (ABN) em 1949, um marco fundamental para a profissão no país. Desde então, os nutricionistas têm desempenhado um papel crucial na orientação da população sobre hábitos alimentares saudáveis, visando a prevenção de doenças e a promoção do bem-estar.

De acordo com a nutricionista Dani Borges, a nutrição é um pilar fundamental para a saúde e a qualidade de vida da população, "A profissão vai além de apenas indicar cardápios. Nós oferecemos suporte individualizado, levando em consideração as necessidades e objetivos de cada pessoa”, afirma Dani.

Ela ressalta que a atuação do nutricionista não se restringe apenas à elaboração de planos alimentares. Eles também desempenham um papel importante na educação alimentar, esclarecendo mitos e equívocos que frequentemente circulam nas redes sociais e nas mídias em geral. Em um mundo onde as informações muitas vezes se contradizem, contar com um profissional qualificado é essencial para tomar decisões embasadas, "Buscar um nutricionista vai além de seguir a dieta da moda ou contar calorias. Nós realizamos uma análise completa, considerando fatores como histórico médico, estilo de vida, preferências alimentares e objetivos de saúde", explica a especialista.

O Dia do Nutricionista é um lembrete da importância de contar com profissionais qualificados para orientar escolhas alimentares. Eles são aliados na busca por uma vida mais saudável e equilibrada. Em um cenário de informações conflitantes, eles fornecem clareza e direcionamento, contribuindo para uma sociedade mais saudável e bem informada.
 



Dani Borges - atleta Fitness WBFF PRO, nutricionista, modelo, health coach e educadora física. Como influenciadora digital, tem mais de 418 mil seguidores e posta dicas de motivação, alimentação saudável, receitas e treinos. Como nutricionista, atende em seu consultório no Brasil e online através das plataformas digitais.


Precisamos proteger a Amazônia hoje para viver o amanhã

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A consciência sobre o que chamamos de meio ambiente precisa e deve ser discutida o mais urgentemente possível. Na verdade, deveríamos começar essa discussão trocando “meio ambiente” por “ambiente inteiro”, pois me pergunto: até quando vamos tratar com leviandade o que o mundo chama de pulmão, ou coração do planeta?

Estamos saturados de ouvir falar em desmatamento, preservação, agrotóxicos, morte de corais, produção desenfreada de lixo, desequilíbrio da atmosfera, derretimento de geleiras, aquecimento global, extinção de animais, fome, entre outras centenas de indícios de que estamos no caminho errado. E fica a pergunta: o que fazer com tudo isso? Esperamos das autoridades providências e soluções, mas não fazemos nossa parte, continuamos a jogar lixo e descartar dejetos de forma irregular, sem nos sentirmos responsáveis por isso.

Preservar a Amazônia vai além de reuniões e projetos que não saem do papel. Começa dentro dos nossos lares, quando separamos o lixo de forma correta, ensinamos nossos filhos e netos a fazerem o mesmo e respeitarem os recursos que são finitos, economizando água e criando consciência na sociedade em que estamos inseridos. Depende de cada um de nós, e a ficha precisa cair.

Não podemos mais terceirizar a culpa sobre os cuidados da floresta. Cada um de nós tem as ferramentas e o potencial para fazer a sua parte para o futuro, ou para o presente mesmo, onde já sofremos as consequências das nossas escolhas e atitudes.

Derivada do grego, a palavra Amazônia significa “mulher guerreira” que, segundo lendas antigas, queimava o seio direito para facilitar o uso do arco. Partindo dessa premissa, te pergunto: até quando a Amazônia vai precisar ser mutilada? A nossa floresta é uma guerreira que trabalha de forma harmônica, dia após dia, lutando a nosso favor, enquanto remamos contra a maré, devastando suas terras, poluindo suas águas. Ela, milhares de espécies e vidas microscópicas lutam para sobreviver e sustentar sozinha a minha e sua vida.

Vivemos em uma humanidade que teme a morte, mas não preserva a vida. E quando a morte se aproxima, passamos a valorizar o que ela mesma destruiu. Assim deixo a reflexão: o que exatamente iremos comemorar no dia 5 de setembro, o Dia da Amazonia?

 

Carlos Alexandre Braga - escritor, bacharel em Direito, pós-graduado em Segurança Pública e mestre em Desenvolvimento Regional. Autor do livro Voando em busca de onde viemos


7 habilidades essenciais para intercâmbio au pair

Conhecer cada etapa e particularidade dessa modalidade, que tem ganhado cada vez mais popularidade, é importante para quem pretende vivenciar essa experiência em outro país


Fazer um intercâmbio é uma experiência de vida como nenhuma outra, capaz de proporcionar vivências incríveis, como o contato com diferentes culturas e idiomas. Segundo o levantamento Selo Belta, realizado pela Associação Brasileira de Agências de Intercâmbio, 15,4% dos interessados planejam organizar suas bagagens e seguir para outro país com este propósito ainda no segundo semestre de 2023.

Entre as modalidades existentes deste tipo de viagem, uma tem ganhado relevância: au pair, no qual o viajante fica hospedado em um lar host family (família anfitriã) e, além do alojamento, recebe um salário para ajudar com tarefas domésticas que, geralmente, estão associadas aos cuidados com crianças. Quem viaja para outro país com este objetivo pode, ainda, iniciar um curso dentro da sua área de interesse. O programa tem duração mínima de 6 meses, no caso de países da Europa, e de 12 meses nos Estados Unidos, com a possibilidade de extensão.

“A maior diferença entre essa modalidade e a acadêmica são as responsabilidades do intercambista, que não se limitarão aos objetivos e deveres pessoais, sendo, na verdade, uma espécie de contratação trabalhista”, explica Juliana Sans, gerente dos programas de trabalho na TravelMate, agência de intercâmbio parceira do Pravaler, principal plataforma de acesso e soluções para o ecossistema de educação do Brasil. Para a especialista, além do salário, existem outras vantagens na realização deste tipo de intercâmbio, como as férias remuneradas e uma bolsa de estudos paga pela própria host family. “Graças a rotina com a família, será natural que, em pouco tempo, a pessoa assimile dialetos do cotidiano e ganhe fluência no idioma com muito mais facilidade”, comenta.

Sabendo dessa gama extra de responsabilidades, o intercambista deve ter em mente que existem outras qualificações essenciais para realizar o au pair: “Todas essas mudanças e responsabilidades, somadas, podem ser extremamente estressantes, e exigem uma série de habilidades e competências emocionais e comportamentais para que toda a experiência aconteça de forma tranquila”, comenta Bruna Marques, head de Atração, Comunicação Institucional e Employer Branding do Pravaler, que listou sete desenvolturas prévias essenciais para quem deseja ter essa experiência. Confira:


· Nível intermediário a avançado do idioma nativo

Por se tratar de um programa voltado para o aprendizado, o intercâmbio au pair não faz exigências formais em relação ao domínio do idioma, como a necessidade de uma certificação internacional, por exemplo. Contudo, para conseguir se comunicar com a família anfitriã de forma eficiente, é necessário ter um nível de intermediário a avançado da língua nativa do país que seja suficiente para garantir entendimento de ambos os lados. Quanto mais conhecimento melhor!


· Experiência prévia com crianças

Em boa parte dos casos, dizer que gosta de lidar com crianças não é o suficiente para realizar um intercâmbio au pair. Muitas famílias solicitam um histórico de experiência prévias que atinjam um número mínimo de horas de interação com os pequenos, seja trabalhando como babá, professor de educação infantil, trabalhos voluntariados, etc.


· Maturidade

Ser capaz de se ajustar em um ambiente completamente diferente em todos os sentidos e ainda cumprir com as responsabilidades pode ser um desafio que muitos não estão preparados para encarar. Por isso, reconhecer sua maturidade e capacidade de lidar com essa pressão antes de decidir dar início ao processo é imprescindível.


· Profissionalismo

Saber lidar com os diversos desafios que podem aparecer no caminho é algo fundamental para qualquer intercambista, mas ainda mais essencial para au pairs. Avaliar a melhor forma de resolver seus problemas e manter-se profissional é uma habilidade de importância inestimável nessa modalidade.


· Adaptabilidade

Ser capaz de se adaptar a diferentes situações apesar de sua pouca familiaridade com elas é basicamente um apanhado de tudo de mais importante para um au pair. Seja construindo novas relações, superando desafios ou se mostrando capaz de realizar suas tarefas, em um ambiente completamente diferente do de costume, serve como um resumo de boa parte da experiência.


· Comunicação clara

Essa habilidade se faz necessária até mesmo durante todo o processo de preparação para o intercâmbio. Isso porque, durante o processo de escolha da host family, uma vez que são realizadas diversas entrevistas visando encontrar anfitriões com maior compatibilidade com o intercambista. Por isso, ser capaz de expressar-se de forma clara e objetiva é essencial para garantir melhores chances para que a experiência seja positiva.


· Atenção

Todo o processo de organização e a própria vivência incluem diversas etapas e detalhes a serem levados em consideração. Por isso, é importante que o intercambista preste bastante atenção em todas elas. Para o intercâmbio au pair, o processo geralmente envolve 4 etapas prévias, sendo elas: a escolha do destino pelo participante do programa, o preenchimento da chamada “application’, com informações como a carta pessoal para a família anfitriã e as referências, a escolha da família anfitriã, e, finalmente, entrada no visto e a finalização dos trâmites necessários para a viagem.


Na plataforma da edfintech, os interessados têm acesso a todas as informações necessárias para financiar um intercâmbio, independente da finalidade. A contratação é 100% online, com pagamento que não compromete o limite do cartão e parcelas fixas sem variação do câmbio. A solução permite antecipar a viagem, uma vez que não é necessário pagar o valor total com antecedência, podendo efetuá-lo mesmo estando em outro país, com parcelas em até 24 vezes. Além disso, é possível optar pela agência preferida, uma vez que o Pravaler tem parceria com as principais do Brasil.


Pravaler


Gestão ágil: por que essa prática deve fazer parte do DNA das empresas?

Uma gestão ruim está entre os principais impeditivos para uma empresa não alcançar o sucesso. Afinal, os diversos acontecimentos enfrentados pelo mercado, como a pandemia, conflitos geopolíticos, ameaças ambientais entre outros eventos, reforçam a necessidade das organizações não só de terem processos bem estabelecidos, mas também a importância de investirem em uma gestão ágil eficiente que possibilite uma melhor adaptação frente as atuais transformações.

À medida que a transformação digital segue avançando nas organizações, requisitos como agilidade e eficiência ganham força. Nisso, o segmento de tecnologia, frequentemente, está inserido nas discussões acerca da importância de implementar metodologias ágeis em seus processos. Não à toa, essa é uma demanda latente nas empresas, de acordo com o estudo “Talent Gap: Tem-Year Employment Trends, Costs and Global Implications”, realizado pela PMI (Project Management Institute). Em seus dados divulgados, estima-se que, até 2030, 25 milhões de novos gerentes de projetos precisem entrar no mercado de trabalho para atender a necessidade das organizações.

O estudo aponta para uma realidade que já enfrentamos, afinal, mais do que ter processos bem estabelecidos, é necessário que haja um acompanhamento efetivo das ações, visando garantir o sucesso e crescimento da empresa. Assim, o estudo da PMI chama atenção para o fato de que as organizações precisam trazer para o seu DNA os princípios da metodologia ágil.

O entendimento dessa realidade é notório, como mostra o relatório “Change-Ready and Able: Building Agility into the Organization DNA” – o qual, segundo uma pesquisa da PwC, apontou que 53% dos COOs afirmaram que aumentar a agilidade é muito importante para que a empresa cresça.

Mas, por mais que essa seja uma necessidade latente, essa atribuição ainda é um desafio a ser superado. Isso porque, diversas companhias enfrentam obstáculos como: falta de comunicação entre equipe, de harmonia dos times nas operações; queda de produtividade, uma vez que todos parecem estar presos no modo de espera em que as tarefas e prazos são adiadas; desvalorização dos colaboradores, considerando que muitas empresas não abrem espaço para ouvir as ideias e acabam criando um ambiente de desmotivação; e ausência de processos, pela falta de uma direção clara de onde está e para qual direção ir.

Por mais que estes empecilhos sejam comuns no mercado, eles podem ser sanados através de uma gestão ágil que agregue na maior eficiência operacional. Contudo, entramos em um paradoxo em que as organizações têm amplo conhecimento daquilo que precisa ser feito, porém, não possuem recursos fundamentais para implementar tais mudanças, como é o caso de um ERP.

Por meio de um sistema de gestão, a empresa passa a ter total domínio e conhecimento acerca de seu desempenho, bem como mensurar aquilo que está em maior ascensão de demanda do mercado ou não e, assim, direcionar suas estratégias. Todo esse processo ocorre de forma automatizada, o que favorece que a equipe se destine a outras funções e tenha margem para contribuir efetivamente com ideias, utilizando o seu conhecimento em favor do crescimento da empresa.

Além disso, o software auxilia na criação de processos robustos, o que favorece a implementação de uma gestão ágil e assertiva e, assim, uma maior facilidade em localizar possíveis erros e falhas, e saná-los rapidamente de modo que não interfiram no resultado.

Contudo, não podemos creditar esses resultados apenas à uma ferramenta de gestão, como a solução plausível para a aquisição de uma gestão ágil de projetos. Isso é, o software em questão age como um auxiliador, mas a metodologia dependerá do quanto a empresa está engajada em integrar tais resoluções a fim de garantir seu franco crescimento. Para isso, contar com o apoio de uma consultoria especializada nessa abordagem, faz total diferença.

As mudanças frequentes do mercado abrem para as organizações a maior demanda em aprimorar os seus processos em busca de garantir maior assertividade frente aos desafios que surgem. Dessa forma, para aquelas que ainda não se atentaram à essa realidade, precisam, o quanto antes, se alinharem e adequarem suas metodologias em prol de acompanhar o atual cenário de transformação. Afinal, mais do que implementar uma nova gestão, é preciso enraizá-la no DNA da organização. 



Carlos Tofanello - CFO da Keep

Desafios de empresas que flexibilizam o trabalho vão de falhas na comunicação à falta de gerenciamento do tempo

Quando bem executada, a flexibilidade se torna uma poderosa aliada para aumentar a satisfação dos funcionários, melhorar a produtividade e impulsionar o sucesso geral da empresa

 

O mercado de trabalho vem enfrentando mudanças importantes, que exigem um novo olhar sobre o que até bem pouco tempo funcionava. Trabalho remoto, híbrido e outros formatos resultam em ganhos para colaboradores e gestão, mas esta tendência de flexibilização traz à tona novos desafios para as empresas, dentre eles a comunicação, colaboração e gerenciamento adequado do tempo.

Fábio Futigami, sócio e diretor de CRM e BI no Grupo Take 5, especialista em educação corporativa à distância, reflete sobre cada um deles. O primeiro, um desafio comum a todos os tipos e tamanhos de negócios: a comunicação. “A comunicação e a colaboração podem ser prejudicadas com as novas formas de trabalho, se não houver uma dedicação para evitar que a distância física seja uma barreira entre os membros da equipe”, diz. 

Outro ponto de atenção é o gerenciamento do tempo. “Se por um lado o trabalho remoto traz a ideia de maior produtividade, este ganho pode não ser real, se as equipes não foram treinadas para gerenciar seus horários com eficiência, aproveitando ao máximo a flexibilidade oferecida”, analisa. 

Em terceiro lugar, Futigami aponta o desafio da ausência de controle e supervisão. Flexibilizar, segundo ele, não significa abrir mão do essencial gerenciamento de equipes, em especial em um modelo ainda tão recente nas empresas brasileiras. “Vale investir na liderança para gerenciar equipes remotas de forma eficaz e garantir que a falta de supervisão física não afete o desempenho dos colaboradores”, completa. 

Por outro lado, quando as empresas de fato se preparam, e capacitam seus times para um ambiente mais flexível de trabalho, essa flexibilidade será realmente uma poderosa aliada para aumentar a satisfação dos funcionários, melhorar a produtividade e impulsionar o sucesso geral da empresa. 

Ao vencer os desafios que a flexibilidade no trabalho traz, Futigami enumera também os ganhos que as empresas e colaboradores terão, começando pelo equilíbrio na vida pessoal e profissional. “Os funcionários podem equilibrar suas responsabilidades pessoais e profissionais de maneira mais eficiente. Com horários mais adaptáveis, os colaboradores têm maior liberdade para cuidar de suas famílias, participar de atividades particulares e gerenciar compromissos importantes sem sacrificar suas obrigações no trabalho”.

A melhora na produtividade é a segunda e tão sonhada melhoria, já que muitos profissionais se sentem mais motivados e comprometidos quando têm a liberdade de trabalhar em seus próprios ritmos e ambientes. “Menos tempo gasto em deslocamentos e a capacidade de criar um cronograma personalizado também podem aumentar a eficiência”, garante.

E por fim, a retenção e atração de talentos, uma vez que empresas que hoje oferecem flexibilidade no trabalho são vistas como mais atraentes para os candidatos e têm mais chance de manter seus talentos. Essa vantagem competitiva pode ser crucial em um mercado de trabalho cada vez mais disputado. 

Flexibilização precisa ser acompanhada de cuidado com a saúde mental dos times, aponta psicólogaAs empresas têm vivenciado muitas transformações nos últimos anos, e, pela rapidez delas, muitas não conseguem atentar com a brevidade necessária para um desafio crescente, e que não pode ser negligenciado pelos líderes, que é a saúde mental de seus times.

As novas formas de trabalho parecem muito atrativas, e em geral estão atreladas ao discurso de maior qualidade de vida e felicidade no trabalho. Mas na prática é necessário ter um olhar muito mais profundo sobre a realidade enfrentada no mundo inteiro, como alerta a psicóloga Lorena Soares, CEO de uma startup que leva programas de bem-estar emocional para o ambiente corporativo, a Amar.elo Saúde Mental.

“O transtorno depressivo é a segunda causa da perda de dias de trabalho no mundo, segundo a OMS. Estima-se que pelo menos 10% da população mundial sofra de algum transtorno mental. E até 2030, o custo global desses transtornos pode chegar a US$ 6 trilhões. Então, a discussão sobre flexibilidade no trabalho é necessária, sim, mas junto com ela é importante que a saúde emocional nas empresas (que podem inclusive estar funcionando dentro das casas dos colaboradores) seja uma pauta conjunta”, argumenta.

As doenças mentais surgem devido a uma somatória de fatores como estresse, ansiedade, preocupação, medo e alta pressão. E tudo isso pode acontecer, mesmo em empresas mais flexíveis. Lorena Soares diz que é necessário que as organizações tenham um olhar de atenção com os profissionais, implementando políticas internas ligadas à saúde mental do colaborador e criando um ambiente psicologicamente seguro, que surge como uma solução para combater a psicofobia, ou seja, o preconceito que se tem contra pessoas que sofrem algum transtorno ou adoecimento mental.

A profissional afirma, ainda, que os últimos anos, marcados por alguns passos de flexibilização, são também os que apresentam mais casos de Síndrome de Burnout e, consequentemente, mais ações trabalhistas motivadas por causa da doença. “Entre 2020 e 2022, houve um aumento de mais de 72% nas ações trabalhistas motivadas por Burnout, e de mais de 30% nos afastamentos causados por transtornos mentais”, aponta. 

Como forma de alterar este quadro ou se prevenir dele, Lorena aponta a necessidade de políticas específicas de prevenção e tratamento, baseadas em três pilares: educação, com programas e eventos de educação e conscientização; análise emocional da organização e cuidado através da psicoterapia on-line.

“O mais importante é saber que as ações de flexibilidade nas empresas vão depender da cultura e do serviço que a empresa oferece. Em determinados perfis institucionais, como algumas indústrias, por exemplo, podem não caber certas modificações, mas sim outros ajustes na forma de trabalho podem ser mais adequados. De tudo isso, o que se tem que enxergar é que é preciso ter um olhar individual para identificar o que é melhor para cada uma”, complementa. 


Brasil sofreu 4,8 milhões de tentativas de fraude no primeiro semestre, revela Serasa Experian

 Uma ocorrência a cada três segundos foi registrada e pessoas entre 36 e 50 anos foram os alvos preferidos de criminosos 



Entre janeiro e junho deste ano, o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian revelou que o Brasil sofreu 4.818.533 ocorrências de golpes, uma a cada três segundos. O levantamento considera o volume de tentativas de fraudes registradas pela companhia referentes a verificação de documentos (análise de documentos de identificação), biometria facial, verificação cadastral e roubo de identidades. Confira a avaliação completa do acumulado anual do semestre no gráfico abaixo:


“Para lançarmos o Fraudômetro em junho, o primeiro contador de tentativas de fraudes do país, em junho, realizamos uma atualização na metodologia do nosso indicador. Ele agora conta com mais tipos de tentativas de fraudes mapeadas. Dessa forma, é possível que a Serasa Experian ofereça uma visão ainda mais assertiva sobre os perigos que as empresas e os consumidores correm. Não existe uma bala de prata capaz de blindar a todos contra os criminosos, mas com certeza uma estratégia de proteção em camadas dificulta ainda mais as ações fraudulentas. Além disso, todo cuidado é pouco quando o assunto é análise de riscos e segurança de dados em qualquer transação financeira”, afirma o diretor de Produtos de Autenticação e Prevenção à Fraude da Serasa Experian, Caio Rocha.

O indicador também mostra que o setor de “Bancos e Cartões” foi o alvo principal dos golpistas no semestre (45,5%), depois “Serviços” (31,1%) e “Financeiras” (17,7%). “Varejo” e “Telefonia” fecham o ranking com respectivamente 3,8% e 1,5% das tentativas.

Os consumidores entre 36 a 50 anos precisam ficar atentos, pois essa é a faixa etária preferida dos criminosos (35,8%). Veja na tabela a seguir os detalhes da participação das ocorrências fraudulentas no semestre por idade:




Sudeste e Sul na mira dos fraudadores


Na visão por Unidades Federativas (UFs), São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais lideraram o ranking com mais registros de tentativas de fraude entre janeiro e junho deste ano. Em seguida, estavam todos os estados do Sul. Caio Rocha explica que os criminosos tendem a focar em áreas com maior volume de transações financeiras. Confira, a seguir, a listagem completa com as quantidades:



Mais de 3,7 mil tentativas de fraude por milhão de habitante

Na média anual, o Brasil sofreu 3.721 tentativas de fraude a cada um milhão de habitantes, de acordo com o Indicador da Serasa Experian. Na visão por UFs, o Distrito Federal (DF) foi identificado como a mais visada, com 6.088 e o Maranhão (MA) a menos (1.603). Confira no gráfico a seguir os números completos:



“Fraudômetro”: Contagem de tentativas de fraude em tempo real

Para acompanhar o número de tentativas de fraude em tempo real, a Serasa Experian dispõe do “Fraudômetro”, a primeira ferramenta de contagem de tentativas de fraude em tempo real. Disponível em https://www.serasaexperian.com.br/fraudometro/, o dispositivo contempla o volume de tentativas de fraudes registradas pela companhia desde janeiro de 2023 considera verificação de documentos (análise de documentos de identificação), biometria facial, verificação cadastral.

Evite fraudes: veja dicas dos especialistas da Serasa Experian para se proteger


Consumidores:

• Garanta que seu documento, celular e cartões estejam seguros e com senhas fortes para acesso aos aplicativos;

• Desconfie de ofertas de produtos e serviços, como viagens, com preços muito abaixo do mercado. Nesses momentos, é comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar coletar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador;

• Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens de redes sociais. Eles podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com vírus para funcionarem sem que o usuário perceba;

• Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências;

• Não forneça senhas ou códigos de acesso fora do site do banco ou do aplicativo;

• Não faça transferências para amigos ou parentes sem confirmar por ligação ou pessoalmente que realmente se trata da pessoa em questão, pois o contato da pessoa pode ter sido clonado ou falsificado;

• Inclua suas informações pessoais e dados de cartão somente se tiver certeza de que se trata de um ambiente seguro;

• Monitore o seu CPF com frequência para garantir que não foi vítima de qualquer fraude do Pix.



Empresas:

• Com a aceleração da adoção de canais digitais na vida dos consumidores, as empresas estão cada vez mais investindo em novos métodos de soluções antifraude e tecnologias sofisticadas ao longo da jornada do cliente, para que a segurança da operação não afete sua experiência integrada. A Serasa Experian, por exemplo, tem soluções modulares inteligentes e um time de especialistas que possibilitam oferecer uma experiência segura e sem atrito ao cliente final. Com combinação de dados, analytics e soluções automatizadas, as empresas podem expandir os negócios com segurança.

• Conte com plataformas de pagamento online. A empresa que deseja atuar de forma online, prestando serviços ou vendendo produtos, precisa ter a máxima atenção com os pagamentos. É preciso adotar uma sistemática que alie rapidez no processamento das transações à segurança;

• Faça a análise de compras mais caras. Outra prática que pode reduzir bastante o risco de fraude online é a análise das compras. Sempre que a empresa se deparar com um pedido de alto valor, por exemplo, é necessário dedicar uma atenção especial, verificando de forma mais detalhada o cliente e os dados informados. Uma forma de garantir a segurança desse tipo de transação é realizando um contato prévio por e-mail ou telefone para confirmar dados ou a própria compra. Embora esse tipo de avaliação possa tornar o processo de venda mais longo, ele é essencial para resguardar o seu negócio contra fraudes;

• Verifique cadastros. Contar com uma base de dados do cliente é essencial para reforçar a segurança de operações online. Nesse quesito, ter acesso a um cadastro atualizado dos consumidores, no qual é possível checar a veracidade das informações fornecidas no momento de uma compra, por exemplo, é outra estratégia para reduzir os riscos na hora de vender. A confirmação cadastral pode facilmente identificar tentativas de fraudes, sinalizando situações suspeitas, como divergências de dados do cliente com as que constam de outras bases de dados confiáveis;

• Consulte o perfil do seu cliente. Quando a empresa é capaz de avaliar o histórico do consumidor no mercado, status do seu CPF ou CNPJ, os seus hábitos e a existência de pendências em seu nome, por exemplo, fica muito mais fácil e seguro avaliar os riscos de uma operação.


Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraude – Consumidor é resultado do cruzamento de dois conjuntos de informações das bases de dados da Serasa Experian: 1) total de consultas de CPFs efetuado mensalmente na Serasa Experian; 2) estimativa do risco de fraude, obtida através da aplicação dos modelos probabilísticos de detecção de fraudes desenvolvidos pela Serasa Experian, baseados em dados brasileiros e tecnologia Experian global já consolidada em outros países. O Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes – Consumidor é constituído pela multiplicação da quantidade de CPFs consultados (item 1) pela probabilidade de fraude (item 2).


Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br



FecomercioSP: mercado de trabalho desacelera e registra o menor desempenho para um primeiro semestre desde 2020

  Levantamento aponta arrefecimento na geração de vagas celetistas no comércio e nos serviços do Estado de São Paulo

 

A geração de empregos celetistas nos setores de comércio e serviços registrou o menor desempenho para um primeiro semestre desde 2020. Os dados são da Pesquisa do Emprego (PESP), apurada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP). 

 

De acordo com o levantamento, nos primeiros seis meses do ano, o setor de serviços gerou 164.799 vagas, contra pouco mais de 237 mil no mesmo período do ano anterior. Já no comércio, houve a criação de tímidos 1.676 novos postos de trabalho, após a geração de 19,5 mil no mesmo período de 2022. No mês de junho, especificamente, os serviços criaram 19.774 vagas, e o comércio, 4.814.

 

A geração de postos de trabalho nos serviços vinha diminuindo desde quando atingiu o seu pico, em fevereiro. Na avaliação da Federação, o resultado apresentado em junho, portanto, não surpreende. Ainda que o desempenho do primeiro semestre seja o menor para o período em três anos, ele é superior ao projetado inicialmente para esse período neste ano, o que demonstra, de certa forma, resiliência frente a uma conjuntura estimada de maiores dificuldades.

 

Saldo líquido mensal do emprego nos serviços paulistas


Fonte: Caged

Elaboração: FecomercioSP

 

Na avaliação setorial, os maiores saldos positivos foram observados nos segmentos de transporte armazenagem e correio (29.990), educação (29.572) e atividades administrativas e serviços complementares (29.346). Nesses grupos, destacaram-se, respectivamente, os segmentos de transporte rodoviário de carga (18.158 novos empregos), educação infantil e ensino fundamental (21.883) e serviços para edifícios e atividades paisagísticas (16.427). 


No comércio, a primeira metade do ano foi marcada pela estabilidade. O que explica esse fenômeno, avalia a FecomercioSP, é a conjuntura de crédito mais caro e endividamento e inadimplência familiares elevados. Na comparação com os serviços, faz diferença a influência que o setor ainda tem da retomada pós-pandemia — processo que começou antes para os estabelecimentos comerciais.

 

Saldo líquido mensal do emprego no comércio paulista

 

Fonte: Caged

Elaboração: FecomercioSP


 

No ano, as divisões de comércio e reparação de veículos (5.857) e comércio atacadista (8.260) foram os destaques positivos, puxadas pelos respectivos segmentos de comércio a varejo de peças e acessórios novos (responsável pela criação de 1.978 vagas) e atacado de equipamentos de uso pessoal e doméstico (944). Já o varejo marcou uma retração de 12.441 vínculos, influenciada pelo desempenho da atividade de vestuário e acessórios (com 7.989 vagas a menos).

 

Para a segunda metade do ano, a perspectiva é que opagamento do décimo terceiro salário e as datas especiais propiciem um cenário de evolução. Entretanto, ambos os setores ficarão abaixo do avanço observado no segundo semestre do ano passado.


 

Primeiro semestre na capital paulista


No comércio da cidade de São Paulo, foram registrados 2.509 novos postos de trabalho, após 207.743 admissões e 205.234 desligamentos, considerando um estoque de mais de 852 mil vínculos ativos. O atacado, que abriu 3.745 vagas, liderou o movimento, com destaque especial para o ramo atacadista de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico (392 postos de trabalho).

 

No mercado de trabalho dos serviços, houve a criação de pouco mais de 44 mil vínculos empregatícios com carteira assinada.

As seções de alojamento e alimentação (10.078) e serviços administrativos e complementares (12.651) foram os que mais impactaram o desempenho geral, influenciados pelos segmentos de bares e restaurantes (4.743 novas vagas) e serviços para edifícios e atividades paisagísticas (9.206).

 

Nota metodológica


A Pesquisa de Emprego no Estado de São Paulo (PESP) sofreu uma reformulação em sua metodologia e, agora, analisa o nível de emprego celetista do comércio e serviços do Estado de São Paulo a partir de dados do novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, passando a se chamar, portanto, PESP Comércio e Serviços.

 

FecomercioSP


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