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Terapeuta
com foco em desenvolvimento pessoal, Gabriela Sayago explica como identificar e
tratar este problema
Imagine a seguinte cena:
Meio do expediente, você faz uma pausa e toma um café. Chega um colega e vocês
logo começam a comentar amenidades e quando percebem estão falando sobre
alguém. Imaginou? Se você teve uma facilidade para formar essa imagem mensal é
porque, com certeza, você já passou por isso e nem se deu conta que estava
fazendo fofoca. Afinal, é normal comentar sobre a vida dos outros, não é? Na
verdade, não! A terapeuta em desenvolvimento pessoal, Gabriela Sayago, explica
que a fofoca por mais que pareça inofensiva é extremamente prejudicial.
As panelinhas, tão comuns no
ambiente de trabalho, são aqueles grupos que se unem para poder falar mal dos
indivíduos que não são enturmados ou se distanciam de alguma maneira. “Muitas
vezes, as pessoas acham que podem se juntar para falar mal daquelas que não
gostamos, como se isso as fortalecesse de alguma forma. Há quem tenha o hábito
até mesmo para quebrar o tédio. Este ato, no entanto, é nocivo em diversos
aspectos.”, comenta Gabriela.
Pós-graduada em
neuropedagogia, a terapeuta ainda explica que a fofoca é a grande responsável
por potencializar rixas, picuinhas e causar mal-estar entre funcionários e
colaboradores. “Quando a pessoa está envolvida no ato de fofocar, ela aumenta a
dificuldade em ter empatia, buscar formas eficientes de comunicação e também
prejudica sua imagem como profissional, trazendo à tona um caráter imaturo”,
explica.
Sobre os motivos que levam
as pessoas a fofocar, Gabriela explica que muitas vezes é a falsa sensação de
pertencimento que leva as pessoas a falarem mal uma das outras. “Geralmente, os
interlocutores passam a falar mais baixo, ficam mais próximas, concordam e se
unem. Essa sensação é falsa porque, no fundo, sabemos que não podemos confiar em
quem fala de outras pessoas. Ou seja, podemos ser a próxima vítima”.
A ilusão de que a vida do
vizinho é melhor que a nossa também é um fator que leva muitos aos comentários
maldosos. “É como se falar mal daquela vida que parecia perfeita e não é, nos tirasse
o peso de também não sermos perfeitos. Enquanto na verdade, ninguém tem a vida
perfeita de fato, estamos todos na mesma luta” diz Gabriela.
Para combater o mal hábito,
a especialista recomenda o autoconhecimento e a autoconfiança. “Não precisamos
que nada desmorone para nos sentirmos bem conosco. Precisamos, sim, olhar para
dentro e melhorar para nós mesmos. A consequência será melhorar para o outro
também.”.
Quando não é
fofoca
Mas antes de começar a fazer
um retrospecto de toda a vida e escanear os momentos que você acredita ter
feito uma fofoca, saiba que nem todo comentário sobre alguém configura a
maledicência. “Se o comentário é positivo, baseado em admiração ou inspiração,
é só um comentário. Não é algo ruim. Ou se você apenas dá uma opinião, sem
julgamentos, apenas ressaltando sua forma de pensar, também não é uma atitude
condenável”, comenta a terapeuta.
Gabriela ainda ensina uma dica
para avaliar se sua postura está sendo correta, pergunte-se “Eu falaria a mesma
coisa sobre o assunto se a pessoa no centro da conversa estivesse presente? Se
a resposta for positiva, é porque sua fala é apenas um comentário. ”.
Como evitar
A fofoca é algo que não foi
aberto para todos, é um assunto que quando trazido à tona fere a confiança, ou
seja, não deve ser levado à frente. “Não fale sobre pessoas, fale sobre
conceitos, amplie seus conhecimentos. Torne as conversas leves, gostosas, ou
até mesmo densas e intelectuais para que você saia com a consciência ampliada”.
Em último caso, quando
perceber que está envolvido num ambiente nocivo ou mesmo praticando a fofoca,
avalie o que te leva a falar do outro. “Por que eu preciso diminuir o outro?
Por que estou dando tanta atenção para o outro? A terapia é muito importante
para te ajudar a lidar com questões internas e evitar que você se torne uma
pessoa negativa e fofoqueira”, recomenda Gabriela.
Se o problema for um colega
que tem feito muitas fofocas, a melhor maneira é alertá-lo. “Não julgue, nem dê
lições de moral. Apenas sinalize que você não se sente confortável em opinar
sem conhecer a história inteira e prefere não participar da conversa.”,
finaliza a terapeuta.
Gabriela Sayago - terapeuta
em desenvolvimento pessoal, pedagoga, pós-graduada em Neuropedagogia pelo
Instituto Saber, especialista em Psicologia Positiva e em Inteligência
Emocional. A especialista Iniciou a vida Acadêmica em Administração de
Empresas, mas migrou para a área de desenvolvimento humano quando
percebeu que queria criar ferramentas para que as pessoas passassem por um
processo de transformação positiva e se “libertassem” das armadilhas da própria
mente que as impedia de crescer pessoalmente e profissionalmente. Como
terapeuta, Gabriela faz atendimentos particulares e, no seu perfil do Instagram
@gabisayago, ela faz
Lives semanais todas as terças-feiras as 20:03 com temas ligados a
Autoconhecimento e Desenvolvimento Humano. ela ensina a
desenvolver a autoestima, por meio do desenvolvimento do autoconhecimento.