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terça-feira, 31 de outubro de 2017

Litígios nas relações de consumo – A indevida busca pela responsabilidade absoluta do fornecedor



Apesar da frequente necessidade de alterações e adaptações às transformações da sociedade, os preceitos do Código de Direito do Consumidor (“CDC”), após 26 anos de sua entrada em vigor, estão bem sedimentados.

A busca pelo maior equilíbrio nas relações consumeristas é tema frequente de estudo e discussão. Entretanto, deve-se se ter cuidado para que as conquistas trazidas pelo CDC ao longo dos anos não sejam distorcidas, ensejando a concessão – muitas vezes, infelizmente, com a chancela do Poder Judiciário - de vantagens indevidas em favor dos consumidores.

Dentre os preceitos mais conhecidos do CDC, destaca-se o da responsabilidade objetiva do fornecedor (artigo 12 do CDC), em que se determina que o fornecedor responde por eventuais defeitos em seus produtos ou serviços, independente de culpa.


Ocorre que, a interpretação a respeito da responsabilidade objetiva do fornecedor, em muitas ocasiões, não é devidamente utilizada, gerando um enorme número de demandas judiciais e reclamações perante os órgãos de defesa do consumidor.



Com efeito, não obstante o apontamento no artigo 12, § 3º do CDC das excludentes de responsabilidade do fornecedor, torna-se cada vez mais comum a tentativa de transformar a mencionada responsabilidade objetiva em absoluta, buscando-se a responsabilidade do fornecedor em razão de qualquer fato relacionado ao produto ou serviço oferecidos no mercado de consumo, mesmo que não se verifique qualquer defeito intrínseco ao produto ou serviço.

Podemos citar, como exemplo, ações envolvendo montadoras de automóveis, demandadas em razão de alegações de defeitos em airbags, cintos de segurança ou freios de seus veículos.

Em muitos casos, apesar das orientações existentes no manual do veículo, das informações sobre as hipóteses em que o airbag deveria ser acionado, do imprescindível uso a todo momento do cinto de segurança ou da necessidade de revisão dos veículos em locais autorizados, as montadoras são demandadas em razão de acidentes que em nada se relacionam com a qualidade de seus produtos, mas em muitos casos, apenas com a imprudência de seus consumidores na condução dos veículos.

Outro exemplo facilmente encontrado em demandas judiciais indevidas é a busca pela responsabilização do fornecedor de produtos médicos. Mesmo não tendo o consumidor seguido as orientações médicas necessárias para o devido funcionamento adequado do produto, busca-se a responsabilidade do fornecedor.

Citamos também os conhecidos casos de alegação de extravasamento de próteses de silicone. De fato, é comum a verificação de realização de exames na região do implante ou sofrimento de traumas pelos consumidores que ocasionaram os alegados extravasamentos, não havendo qualquer relação de tais fatos com a qualidade do produto.

Vale destacar, inclusive, o surgimento de demandas em razão da divulgação de realização de campanha de recall de determinado produto. Conforme já é de conhecimento geral, a campanha de recall tem caráter preventivo, a fim de se verificar a necessidade de eventuais ajustes nos produtos, não sendo qualquer reconhecimento pelos fornecedores da existência inequívoca de defeito, conforme, inclusive, já sedimentado no âmbito da jurisprudência pátria.

Não obstante, são inúmeras as ações ajuizadas buscando-se a responsabilização de fornecedores em razão da notícia do recall de determinado produto, mesmo que o eventual acidente ocorrido não se relacione com o objeto do recall. Não raros também são os casos em que não se verificou qualquer acidente ou prejuízo, mas se busca a reparação por danos morais em razão da campanha de recall, alegando-se suposto sentimento de insegurança.

Tais situações do cotidiano apenas exemplificam a utilização abusiva da chamada responsabilidade objetiva dos fornecedores de produtos ou serviços.

Fato é que, para verificação da mencionada responsabilidade objetiva, se deve levar em conta diversos fatores, inclusive aqueles relacionados à conduta dos consumidores em face da utilização dos produtos e serviços, ponderando, ainda, a razoável extensão da hipossuficiência dos consumidores, que igualmente não deve ser aplicada de forma indistinta e presumida.

Portanto, a correta e proporcional utilização dos institutos do CDC terá o condão de fortalecer e ampliar a proteção deste microssistema consumerista pelo Estado, preservando as garantias já adquiridas ao longo destes anos de vigência da legislação.





André Muszkat -  advogado, mestrando em Direito Processual Civil na PUC-SP. É especialista em Direito do Consumidor pela PUC-SP e em Contratos Empresariais pela FGV-GV Law. Sócio do CSMV Advogados responsável pela área Contenciosa Cível, atuante em questões de Responsabilidade Civil, Direito do Consumidor, Recuperação de Crédito e Contencioso Societário.






Saiba Por Que o Seu Smartphone Fica Lento



Se você já passou pela experiência de ver o seu telefone celular mais lento, logo acha que precisa atualizar e comprar um modelo novo. O mercado justamente faz isso. Basta seguir este exemplo: se você digitar na busca da internet algo como ‘Samsung lento’, grande parte dos resultados vai mostrar modelos da nova geração, ou seja, incentivando a trocar o seu smartphone. Além disso, as diversas atualizações tanto de Android quanto de iPhone deixam de fato o aparelho mais lento.


Tecnicamente falando, o hardware do computador geralmente não deveria ficar mais lento. Em vez disso, há várias outras razões pelas quais os smartphones, tablets e PCs começam a perder a velocidade. Felizmente, você pode tomar medidas para melhorar o desempenho do seu dispositivo. Veja como:


1. Falta de Memória

Sempre que os aplicativos exigem uma atualização, sempre incluem mais recursos e, com isso, ocupam mais espaço e uso de memória. Periodicamente, eles também incluem mudanças em todo o sistema operacional. As funcionalidades adicionais exigem que o seu dispositivo trabalhe muito mais, comparado ao dia que você o comprou na loja.

Uma vez que seu dispositivo não acelera magicamente para compensar esse uso, fica com menos capacidade disponível para responder rapidamente. Novos aplicativos tendem a ocupar muito mais espaço no armazenamento do seu dispositivo, fazendo com que diminua a velocidade.

Seu aparelho possui apenas uma quantidade limitada de Memória de Acesso Aleatório (RAM) disponível. A memória RAM é um dos componentes de armazenamento de dados de um dispositivo que os mantêm rápidos e convenientes. No entanto, sua capacidade é limitada. Então, quando está sem espaço de RAM, o dispositivo fica muito mais lento. Consequentemente, o armazenamento de dados e a memória levam um tempo considerável para trabalhar.




2. Excesso de cache

Alguns aplicativos armazenam cópias na memória RAM para serem executados rapidamente. Eles fazem isso para facilitar o uso na próxima vez. Por exemplo: um navegador de internet pode guardar a cópia de um conteúdo de páginas que você tenha visitado. Ao revisitá-la, a página abre mais rápido. 
Isso é conhecido como cache, e de fato faz as coisas funcionarem muito mais rápido até que seu sistema comece a ficar sem memória. Para que o armazenamento em cache seja efetivo, a quantidade de espaço dedicada a ele deve ser cuidadosamente gerenciada pelo aplicativo e pelo sistema operacional do aparelho. Infelizmente, muitos desenvolvedores de aplicativos não fazem o esforço necessário para que não utilizem muito cache e, com isso, seu telefone vai ficando cheio, arrastando a memória e o desempenho para baixo.
 

3. Mais softwares

Grande parte de softwares vêm acompanhados de complementos pouco úteis, como barras de ferramentas no navegador, por exemplo, que usam recursos do sistema e impactam o desempenho do seu aparelho.
O software adicional pode diminuir o funcionamento do sistema de muitas maneiras, ocupando o armazenamento permanente, usando mais memória RAM e a unidade central de processamento do computador "em segundo plano" sem que você perceba. Consequentemente, todos esses fatores podem fazer com que  o aparelho tenha menos recursos disponíveis para responder. Também pode ser provável que algumas das capacidades do seu dispositivo também estejam sendo usadas por malware, através de vírus, ou outros softwares mal-intencionados.


4. O que você pode fazer?

A princípio, não há muito o que fazer, já que os dispositivos estão sempre sendo atualizados. No entanto, você pode tirar o máximo proveito do seu aparelho. Uma boa dica é desinstalar aplicativos e complementos desnecessários que você realmente não utiliza.

Um outro passo importante é fazer um backup de todos os seus dados e executar o equivalente a uma reinicialização de fábrica, reinstalando o sistema operacional a partir do zero. A partir daí, basta adicionar os aplicativos que você realmente precisa.





Fonte: http://www.tudoporemail.com.br/content.aspx?emailid=10486





Superando barreiras à amamentação no local de trabalho

Estudo aborda as políticas de amamentação no local de trabalho, nos Estados Unidos. A amamentação traz muitos benefícios importantes para as mães e os bebês, mas as barreiras no local de trabalho contribuem para baixas taxas de aleitamento materno


Para as mães de primeira viagem, voltar ao trabalho pode representar uma série de obstáculos para a continuidade da amamentação. As políticas do local de trabalho que afetam a capacidade de amamentar - e o papel dos profissionais de enfermagem para ajudar a superar esses obstáculos - são o tema de um artigo especial no The Nurse Practitioner, publicado pela Wolters Kluwer.

A amamentação  traz muitos benefícios importantes para a mãe e os bebês, mas as barreiras no local de trabalho contribuem para baixas taxas de amamentação. Os enfermeiros funcionam frequentemente como o primeiro ponto de referência para as novas mães e podem afetar positivamente as decisões sobre a amamentação.


Políticas no local de trabalho

“A amamentação é amplamente reconhecida como a melhor forma de nutrição para lactentes, proporcionando benefícios para a saúde dos bebês e das mães. Como tal, as medidas para incentivar a amamentação têm o potencial de reduzir os custos de saúde. A sociedade em geral se beneficia de mães e bebês mais saudáveis”, afirma o pediatra Moises Chencinski, criador e incentivador do movimento Eu apoio leite materno (#euapoioleitematerno).

Mas enquanto 75% das mulheres escolhem amamentar após o parto, apenas 40% continuam nessa intenção depois de voltarem ao trabalho. Nos Estados Unidos, o aleitamento materno é considerado como uma escolha pessoal e a legislação em apoio à amamentação no local de trabalho é mais limitada do que na maioria dos outros países.

“As políticas do empregador podem ter um grande impacto na possibilidade de as mulheres continuarem no aleitamento materno, após o retorno ao trabalho. Um estudo descobriu que as mulheres que trabalham em empresas com políticas de apoio à amamentação são mais propensas a continuar amamentando por pelo menos seis meses, conforme o recomendado pelas diretrizes atuais”, diz o pediatra, autor do blog #EuApoioLeiteMaterno.

O artigo identifica os elementos-chave de uma política de amamentação exitosa no local de trabalho, incluindo pausas adequadas e uma área adequada para as mulheres bombearem o leite materno, bem como uma instalação para o armazenamento do leite retirado (como uma geladeira). Os custos de tais políticas são relativamente baixos - e provavelmente serão compensados ​​pelas potenciais economias  relacionadas ao absenteísmo, menores custos de saúde e menor rotatividade de funcionárias.

Nos Estados Unidos, no entanto, é improvável que empregadores adotem programas de promoção  à amamentação, a menos que existam regulamentos para apoiá-los. O documento "Break Time for Nursing Mothers", uma Lei de Cuidados Acessíveis, abrange a proteção a alguns funcionários e locais de trabalho. Além disso, 28 estados (juntamente com Porto Rico e o Distrito de Columbia) possuem leis sobre a amamentação no local de trabalho. "Os profissionais de enfermagem devem manter-se atualizados sobre a legislação atual e os recursos da comunidade que estão disponíveis para apoiar a amamentação, uma vez que essas pacientes retornarão ao trabalho", defendem os autores do estudo.





Fanpage: https://www.facebook.com/euapoioleitematerno/







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