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sexta-feira, 28 de julho de 2023

Transtorno bipolar: A importância da conscientização sobre como a doença se manifesta

Psicóloga do São Cristóvão Saúde comenta sobre o quadro, que pode ser influenciado por fatores genéticos e externos, com diversos impactos sobre a saúde mental


O transtorno afetivo bipolar, é uma condição psiquiátrica crônica que afeta o humor de uma pessoa, com episódios alternados de mania ou hipomania (fases euforia e depressão). Segundo um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Familiares, Amigos e Portadores de Transtornos Afetivos (ABRATA), o transtorno bipolar afeta cerca de 140 milhões de pessoas no mundo, e os sintomas aparecem quase sempre antes dos 30 anos de idade - principalmente entre 18 e 25. 

De acordo com a Psicóloga Susi S. Andrade, terapeuta cognitiva comportamental e especialista em saúde mental do São Cristóvão Saúde, o quadro envolve a combinação de fatores genéticos, influência do ambiente e química cerebral. “O indivíduo bipolar, pode apresentar episódios depressivos e maníacos que prejudicam sua vida em todos os aspectos, influenciando nas relações interpessoais”. Durante um episódio de mania, é possível observar os seguintes sinais:

  • Euforia intensa;
  • Aumento de energia;
  • Irritabilidade;
  • Diminuição da necessidade de sono;
  • Pensamentos acelerados;
  • Fala rápida;
  • Comportamento impulsivo;
  • Busca por atividades de risco;
  • Psicose, em casos de episódios de mania grave, incluindo delírios e alucinações.

De acordo com a Psicóloga, “já durante os episódios de depressão, a pessoa pode sentir-se triste, desesperançosa, sem energia, ter alterações no sono e no apetite, além de dificuldade de concentração, perda de interesse em atividades antes prazerosas e até mesmo ideação suicida”.  


Bipolaridade x Borderline 

O transtorno bipolar e o transtorno de personalidade borderline são duas condições psiquiátricas distintas, mas podem compartilhar algumas semelhanças sintomáticas, como a impulsividade e alterações no humor. De acordo com Susi Andrade, entre as principais diferenças, “o paciente borderline tem uma instabilidade de humor, dificuldade em lidar com a rejeição. Existe nesse quadro o pensamento de necessidade de aprovação do outro. Já no transtorno bipolar, as fases de mania (euforia) e depressão podem ser mais longas e nem sempre relacionadas ao outro”. 

É possível apresentar os dois transtornos em comorbidade, ou seja, um paciente pode apresentar os dois quadros com sintomas que se sobrepõem. Porém, ainda de acordo com a psicóloga, para os dois transtornos há tratamento psicológico. Entre as sugestões da especialista, psicoterapia associada a medicamentos ajudam muito o paciente a ter melhor manejo dos sintomas e crises. 

Uma avaliação cuidadosa por parte de um profissional de saúde mental qualificado é essencial para determinar o diagnóstico correto e o plano de tratamento adequado, afinal, cada pessoa é única e os sintomas podem variar. Um diagnóstico preciso é essencial para um tratamento eficaz, de forma a se obter uma compreensão clara e um manejo adequado dos sintomas.  

 

Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão


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