Especialistas alertam: aparência física não garante proteção cardiovascular. Nutricionista e cardiologista do Hospital Costantini explicam os impactos do colesterol na saúde do coração e o papel fundamental da alimentação na prevenção
A saúde do coração exige atenção constante — e o colesterol
é um dos principais fatores de risco que merecem destaque. No Dia Nacional de
Combate ao Colesterol, celebrado em 8 de agosto, o Hospital Cardiológico
Costantini reforça a importância de um olhar mais profundo sobre o tema,
desmistificando a ideia de que apenas pessoas com excesso de peso estão
expostas a esse risco.
Segundo o cardiologista Dr. Gustavo dos Reis Marques, do Hospital
Costantini, o colesterol alto é uma condição que pode atingir qualquer pessoa,
inclusive aquelas que não estão em condição de sobrepeso. “A avaliação clínica
precisa ir além do que se vê no espelho. Fatores genéticos e o acúmulo de
gordura visceral, que não é aparente, estão entre os principais motivos de
alterações nas taxas de colesterol, mesmo em pessoas magras”, explica.
Essa gordura invisível, que se acumula em órgãos como
fígado e coração, altera diretamente o metabolismo, podendo elevar o LDL
(colesterol ruim) e reduzir o HDL (colesterol bom). O problema é silencioso e,
por isso, exames preventivos são fundamentais. “Existem pessoas magras que se
alimentam mal, são sedentárias e vivem sob estresse. Tudo isso impacta a saúde
cardiovascular”, alerta o médico.
O prato como espelho do coração
O Hospital Cardiológico Costantini trabalha com uma
abordagem preventiva e multidisciplinar, que inclui reeducação alimentar,
práticas de atividade física e acompanhamento médico contínuo. E nesse
contexto, a alimentação ganha protagonismo.
A nutricionista Cristiane
Mara de Carvalho, também do Hospital Costantini, afirma que um
plano alimentar adequado pode fazer toda a diferença. “Em alguns casos é
possível, sim, reduzir o colesterol ruim e aumentar o bom apenas com mudanças
simples na alimentação. O segredo está no equilíbrio e na constância”, explica.
A especialista destaca três pilares essenciais de uma
dieta cardioprotetora:
1. Fibras
solúveis – encontradas em alimentos como aveia, maçã,
cenoura e feijão, ajudam a “capturar” o colesterol no intestino, facilitando
sua eliminação;
2. Gorduras
boas – azeite de oliva extravirgem, abacate, castanhas e
sementes são aliados na elevação do HDL;
3. Fontes
de ômega-3 – como sardinha, salmão e atum, que têm ação
anti-inflamatória e protegem as artérias.
A recomendação do hospital é que as mudanças alimentares
sejam feitas de forma gradual e com acompanhamento profissional. “Começar
trocando o pão branco pelo integral, incluir uma fruta no café da manhã ou
substituir a carne vermelha por peixe algumas vezes por semana já são passos
importantes”, pontua a nutricionista.
“O colesterol alto é um inimigo silencioso, mas
combatê-lo começa por atitudes simples. E a mais eficaz delas é o cuidado
contínuo, com o corpo, a mente e o prato”, conclui o Dr. Gustavo.
https://hospitalcostantini.com.br/

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