sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Perigo invisível: colesterol alto ameaça inclusive quem está com o peso ideal

Especialistas alertam: aparência física não garante proteção cardiovascular. Nutricionista e cardiologista do Hospital Costantini explicam os impactos do colesterol na saúde do coração e o papel fundamental da alimentação na prevenção

 

A saúde do coração exige atenção constante — e o colesterol é um dos principais fatores de risco que merecem destaque. No Dia Nacional de Combate ao Colesterol, celebrado em 8 de agosto, o Hospital Cardiológico Costantini reforça a importância de um olhar mais profundo sobre o tema, desmistificando a ideia de que apenas pessoas com excesso de peso estão expostas a esse risco.

Segundo o cardiologista Dr. Gustavo dos Reis Marques, do Hospital Costantini, o colesterol alto é uma condição que pode atingir qualquer pessoa, inclusive aquelas que não estão em condição de sobrepeso. “A avaliação clínica precisa ir além do que se vê no espelho. Fatores genéticos e o acúmulo de gordura visceral, que não é aparente, estão entre os principais motivos de alterações nas taxas de colesterol, mesmo em pessoas magras”, explica.

Essa gordura invisível, que se acumula em órgãos como fígado e coração, altera diretamente o metabolismo, podendo elevar o LDL (colesterol ruim) e reduzir o HDL (colesterol bom). O problema é silencioso e, por isso, exames preventivos são fundamentais. “Existem pessoas magras que se alimentam mal, são sedentárias e vivem sob estresse. Tudo isso impacta a saúde cardiovascular”, alerta o médico.


O prato como espelho do coração

O Hospital Cardiológico Costantini trabalha com uma abordagem preventiva e multidisciplinar, que inclui reeducação alimentar, práticas de atividade física e acompanhamento médico contínuo. E nesse contexto, a alimentação ganha protagonismo.

A nutricionista Cristiane Mara de Carvalho, também do Hospital Costantini, afirma que um plano alimentar adequado pode fazer toda a diferença. “Em alguns casos é possível, sim, reduzir o colesterol ruim e aumentar o bom apenas com mudanças simples na alimentação. O segredo está no equilíbrio e na constância”, explica.

A especialista destaca três pilares essenciais de uma dieta cardioprotetora:

1.     Fibras solúveis – encontradas em alimentos como aveia, maçã, cenoura e feijão, ajudam a “capturar” o colesterol no intestino, facilitando sua eliminação;

2.     Gorduras boas – azeite de oliva extravirgem, abacate, castanhas e sementes são aliados na elevação do HDL;

3.     Fontes de ômega-3 – como sardinha, salmão e atum, que têm ação anti-inflamatória e protegem as artérias.

A recomendação do hospital é que as mudanças alimentares sejam feitas de forma gradual e com acompanhamento profissional. “Começar trocando o pão branco pelo integral, incluir uma fruta no café da manhã ou substituir a carne vermelha por peixe algumas vezes por semana já são passos importantes”, pontua a nutricionista.

“O colesterol alto é um inimigo silencioso, mas combatê-lo começa por atitudes simples. E a mais eficaz delas é o cuidado contínuo, com o corpo, a mente e o prato”, conclui o Dr. Gustavo.

 

Hospital Cardiológico Costantini
https://hospitalcostantini.com.br/


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