Hábito simples e eficaz ajuda a reduzir infecções respiratórias e garante mais saúde para as crianças no ambiente escolar
Com o retorno às aulas, é fundamental redobrar a atenção com a saúde respiratória das crianças. A interação diária com colegas e professores, o compartilhamento de brinquedos e objetos e a permanência em ambientes fechados favorecem a disseminação de vírus e bactérias. Além disso, o tempo quente e seco contribui para a permanência dessas partículas no ar, aumentando o risco de infecções respiratórias, como gripes e resfriados. Diante desse cenário, a lavagem nasal se torna uma aliada indispensável na prevenção.
No Brasil, cerca de 17 milhões de estudantes, desde a educação
infantil até o ensino médio, retomaram as atividades escolares em fevereiro,
segundo o Censo Escolar mais recente. Para a otorrinolaringologista pediátrica
Sofia Borges, a prática da lavagem nasal é uma das formas mais eficazes de
reduzir o risco de infecções respiratórias entre os pequenos. "Como o
sistema imunológico das crianças ainda está em desenvolvimento, elas acabam
mais vulneráveis a essas doenças, especialmente no ambiente escolar, onde há
maior contato com outras crianças. Por isso, incorporar a lavagem nasal à
rotina é uma excelente estratégia para prevenir e tratar esses quadros",
orienta a especialista.
A técnica ajuda a eliminar impurezas e secreções acumuladas, reduz a inflamação e mantém a mucosa nasal hidratada. Segundo Sofia, o acúmulo de muco facilita a entrada de vírus e bactérias no organismo, aumentando o risco de transmissão entre os pequenos. "Recomendo a lavagem nasal sempre que a criança retorna da escola, especialmente para aquelas que apresentam infecções respiratórias frequentes, rinite ou sintomas persistentes. Além disso, irmãos de crianças que costumam ficar doentes também devem realizar a higienização para reduzir a circulação desses agentes infecciosos dentro de casa", explica.
A otorrinopediatra sugere algumas outras medidas simples essenciais para reduzir a propagação de doenças respiratórias:
- Higienização das mãos: lavar com água e sabão frequentemente,
especialmente após tossir, espirrar, ir ao banheiro e antes das refeições. O
álcool em gel também é uma opção prática quando não há acesso imediato à água e
sabão;
- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar: utilizar a parte
interna do cotovelo ou máscaras, principalmente em locais fechados e quando
estiver com sintomas gripais;
- Evitar compartilhar objetos pessoais: garrafas, copos e talheres
devem ser individuais para evitar contaminações.
Facilitando o processo
Sofia reforça a importância de tornar o processo mais agradável
para a criança. "Cada criança reage de maneira diferente à lavagem nasal,
e existem técnicas específicas para cada idade e necessidade. O essencial é que
a higiene seja feita de maneira gentil, sem causar dor ou desconforto. Quando a
criança se sente segura, ela colabora mais e a rotina se torna mais
fácil", aconselha a especialista, indicando a incorporação da lavagem
nasal ao dia a dia das crianças, especialmente na volta às aulas. "Isso
pode fazer toda a diferença na prevenção de doenças respiratórias, garantindo
mais saúde e bem-estar para os pequenos e suas famílias", finaliza Sofia.
AGPMED
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