quinta-feira, 13 de março de 2025

Lavagem nasal: aliada essencial na volta às aulas para prevenir doenças respiratórias

Hábito simples e eficaz ajuda a reduzir infecções respiratórias e garante mais saúde para as crianças no ambiente escolar

 

Com o retorno às aulas, é fundamental redobrar a atenção com a saúde respiratória das crianças. A interação diária com colegas e professores, o compartilhamento de brinquedos e objetos e a permanência em ambientes fechados favorecem a disseminação de vírus e bactérias. Além disso, o tempo quente e seco contribui para a permanência dessas partículas no ar, aumentando o risco de infecções respiratórias, como gripes e resfriados. Diante desse cenário, a lavagem nasal se torna uma aliada indispensável na prevenção. 

No Brasil, cerca de 17 milhões de estudantes, desde a educação infantil até o ensino médio, retomaram as atividades escolares em fevereiro, segundo o Censo Escolar mais recente. Para a otorrinolaringologista pediátrica Sofia Borges, a prática da lavagem nasal é uma das formas mais eficazes de reduzir o risco de infecções respiratórias entre os pequenos. "Como o sistema imunológico das crianças ainda está em desenvolvimento, elas acabam mais vulneráveis a essas doenças, especialmente no ambiente escolar, onde há maior contato com outras crianças. Por isso, incorporar a lavagem nasal à rotina é uma excelente estratégia para prevenir e tratar esses quadros", orienta a especialista. 

A técnica ajuda a eliminar impurezas e secreções acumuladas, reduz a inflamação e mantém a mucosa nasal hidratada. Segundo Sofia, o acúmulo de muco facilita a entrada de vírus e bactérias no organismo, aumentando o risco de transmissão entre os pequenos. "Recomendo a lavagem nasal sempre que a criança retorna da escola, especialmente para aquelas que apresentam infecções respiratórias frequentes, rinite ou sintomas persistentes. Além disso, irmãos de crianças que costumam ficar doentes também devem realizar a higienização para reduzir a circulação desses agentes infecciosos dentro de casa", explica.

A otorrinopediatra sugere algumas outras medidas simples essenciais para reduzir a propagação de doenças respiratórias:

 

- Higienização das mãos: lavar com água e sabão frequentemente, especialmente após tossir, espirrar, ir ao banheiro e antes das refeições. O álcool em gel também é uma opção prática quando não há acesso imediato à água e sabão;

 

- Cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar: utilizar a parte interna do cotovelo ou máscaras, principalmente em locais fechados e quando estiver com sintomas gripais;

 

- Evitar compartilhar objetos pessoais: garrafas, copos e talheres devem ser individuais para evitar contaminações.

 

Facilitando o processo
 

Dispositivos lúdicos ajudam as crianças a se adaptarem. Segundo Sofia, para muitos pais, a resistência dos filhos à lavagem nasal pode ser um desafio. O uso de seringas comuns pode assustar as crianças, tornando o processo mais difícil. "Pensando nisso, surgiram dispositivos específicos e lúdicos que tornam a higienização mais amigável e divertida. Um exemplo é o NoseWash, da Agpmed, uma seringa especialmente desenvolvida para lavagem nasal infantil. Disponível em versões de 10 ml e 20 ml, o produto conta com personagens da Patrulha Canina, super-heróis e animais, ajudando a tornar a experiência mais confortável", conta a especialista, acrescentando que para crianças maiores, há também a garrafinha NoseWash Max, que permite maior volume de soro (até 240 ml) e controle de fluxo, sendo indicada a partir dos três anos e para adultos. 

Sofia reforça a importância de tornar o processo mais agradável para a criança. "Cada criança reage de maneira diferente à lavagem nasal, e existem técnicas específicas para cada idade e necessidade. O essencial é que a higiene seja feita de maneira gentil, sem causar dor ou desconforto. Quando a criança se sente segura, ela colabora mais e a rotina se torna mais fácil", aconselha a especialista, indicando a incorporação da lavagem nasal ao dia a dia das crianças, especialmente na volta às aulas. "Isso pode fazer toda a diferença na prevenção de doenças respiratórias, garantindo mais saúde e bem-estar para os pequenos e suas famílias", finaliza Sofia.

 

AGPMED


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