quinta-feira, 13 de março de 2025

3 fatos da genética feminina explicados pela ciência

Quem nunca ouviu que a longevidade feminina está ligada a fatores genéticos ou que as mulheres estão mais propensas a certas doenças do que os homens? A ciência tem avançado no entendimento da biologia feminina, revelando aspectos que nem sempre são amplamente conhecidos. 

Para esclarecer alguns desses fatos, contamos com a expertise do doutor em genética pela USP, Ricardo Di Lazzaro, cofundador da Genera — o primeiro laboratório especializado em genômica pessoal do Brasil—e responsável pela área de genômica pessoal da Dasa Genômica.

 

1 - Mulheres podem ter cromossomos XY

Normalmente, as mulheres possuem cromossomos XX, enquanto os homens têm cromossomos XY. No entanto, em casos raros, algumas mulheres apresentam cromossomos XY devido a uma condição genética conhecida como síndrome de insensibilidade androgênica (SIA). Essa condição, que afeta uma pequena parcela da população feminina, resulta em uma resposta reduzida ou ausente à testosterona. Um estudo recente, conduzido pelo cientista Claus Højbjerg Gravholt, da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, mostra que algumas delas com cromossomos XY só descobrem essa condição na puberdade, quando começam a perceber que não menstruam e não possuem órgãos sexuais femininos internos.

 

2 - Mulheres estão mais propensas ao Alzheimer

Sim, elas têm maior risco de desenvolver Alzheimer, e a longevidade é um fator importante. No Brasil, segundo o IBGE (2019), a expectativa de vida feminina é   em média, 79,1 anos, enquanto a masculina é de 71,9 anos, segundo dados do IBGE de 2019 — outros fatores também influenciam essa propensão. Pesquisadores da Universidade de Boston e da Universidade de Chicago identificaram o gene MGMT, que parece aumentar o risco de Alzheimer especificamente em mulheres. Segundo Lindsay Farrer, coautora do estudo da Universidade de Boston, essa associação é uma das mais fortes identificadas entre fatores genéticos e a doença em mulheres. A pesquisa mostrou que a expressão desse gene está ligada ao desenvolvimento de proteínas beta-amiloide e tau, características da doença de Alzheimer, enquanto não foi encontrada associação semelhante em homens . 

"A redução do estrogênio durante a perimenopausa também pode aumentar o risco em mulheres. A interação entre genética, hormônios e outros fatores de risco explica esse fato”, conclui.

 

3 – Hipótese da avó evolutiva

Existe uma hipótese que também pode explicar a longevidade feminina geneticamente. Proposta pelo biólogo William Hamilton em 1966, a Hipótese da Avó sugere que a presença das avós nas famílias pode ser benéfica para a sobrevivência dos netos. Isso ocorre porque elas oferecem recursos e cuidados essenciais, ajudando na continuidade dos genes e na evolução da espécie”, pontua Ricardo. A Teoria da Seleção Natural, um dos mecanismos fundamentais da evolução formulada pelo naturalista Charles Darwin (1809-1882), afirma que as características vantajosas de uma população para um determinado ambiente são selecionadas e contribuem para a adaptação e sobrevivência das espécies. 

Dessa forma, a presença ativa das avós no cuidado dos netos pode ser vista como uma estratégia evolutiva que favorece a transmissão de seus próprios genes ao longo do tempo. A compreensão desse processo evolutivo, aliada a dados genéticos, permite que as mulheres conheçam melhor seu DNA, ajudando-as a tomar decisões mais informadas sobre sua longevidade e bem-estar físico e mental. Essa conexão entre genética e qualidade de vida é essencial para que possam melhorar sua saúde de forma consciente. Para facilitar essa jornada, a Genera oferece, no mês do consumidor, descontos de até 65% em seus kits (válidos até 21 de março). Para aproveitar a oferta, basta acessar o site da marca (genera.com.br) e inserir o cupom: CONSUMIDOR.

 



Genera



1 - GRAVHOLT, Claus Højbjerg et al. Incidência, prevalência, atraso no diagnóstico e apresentação clínica de distúrbios do desenvolvimento sexual feminino 46,XY. Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, v. 101, n. 9, p. 3285-3293, set. 2016. DOI: http://press.endocrine.org/doi/10.1210/jc.2016-2248 ou https://novonordiskfonden.dk/en/news/more-women-than-expected-are-genetically-men/

2 - LAMOTTE, Sandee. Estudo genético pode explicar por que mulheres desenvolvem Alzheimer mais do que homens. CNN, 30 jun. 2022. Disponível em: https://www.cnn.com/2022/06/30/health/alzheimer-gene-women/index.html. Acesso em: 05 mar. 2025.


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