- Aproximadamente
837 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com doença renal crônica
(DRC).[1]
No Dia Mundial do Rim,
comemorado em 14 de março, há um apelo urgente para a importância da detecção
precoce da doença renal crônica (DRC), uma condição que afeta aproximadamente
837 milhões de pessoas em todo o mundo e 70,7 milhões na América Latina¹. A DRC
é uma doença que progride sem apresentar sintomas óbvios, o que dificulta o
diagnóstico em seus estágios iniciais. Entretanto, os especialistas apontam
que, com exames regulares e mudanças no estilo de vida, como hidratação
adequada e dieta balanceada, é possível prevenir ou retardar sua progressão,
melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.
A Doença Renal Crônica ocorre quando os rins perdem a capacidade de filtrar
toxinas e excesso de fluidos do sangue, o que pode levar a complicações graves,
levando a diálise ou a necessidade de um transplante renal. A condição é
conhecida como uma “doença silenciosa”, pois pode progredir sem apresentar
sintomas óbvios, permitindo que a função renal se deteriore sem que o paciente
perceba. De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, a
prevalência estimada de DRC em adultos brasileiros é de 6,7%, aumentando para
27,5% entre indivíduos com 65 anos ou mais².
Os fatores de risco comuns incluem diabetes, pressão alta, obesidade e
histórico familiar. Para essas pessoas, exames regulares são essenciais para
detectar a doença precocemente.
O diagnóstico
As principais ferramentas de diagnóstico incluem exames de sangue para medir a
taxa de filtração glomerular (eGFR) e exames de urina para avaliar a relação
albumina-creatinina (ACR). Esses exames podem identificar sinais precoces de
lesão renal e oferecer uma oportunidade de retardar ou atrasar a progressão da
doença.
A taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) mede a capacidade dos rins de
filtrar os resíduos do sangue, enquanto a relação albumina/creatinina (RCA)
detecta a presença de proteína na urina, um sinal precoce de lesão renal. Ambos
os exames são essenciais para avaliar a saúde dos rins e podem ser realizados
durante um check-up médico de rotina[4].
O uso de analisadores automatizados de amostras de urina e a tecnologia de
microscopia digital melhoram a precisão do diagnóstico e facilitam a
identificação de anormalidades na função renal. Esses avanços permitem que os
laboratórios clínicos forneçam resultados rápidos e confiáveis, o que se traduz
em um melhor acompanhamento dos pacientes.
“O diagnóstico precoce da doença renal crônica pode fazer uma grande diferença
na vida das pessoas. Nosso objetivo é que mais pessoas tenham acesso a testes
simples e precisos, permitindo que cuidem melhor de sua saúde renal e tomem
decisões informadas junto com seu médico”, disse Hélida Silva, Diretora de
Assuntos Médicos para a América Latina da Siemens Healthineers.
Além de salvar vidas, a detecção precoce da DRC tem um impacto positivo na
sustentabilidade dos sistemas de saúde. Estima-se que o custo global da doença
renal crônica tenha chegado a US$ 1,2 trilhão em 2017, com projeções de que
esse valor suba para US$ 2,5 trilhões até 2030[5].
É possível prevenir?
Além dos exames laboratoriais, a prevenção desempenha um papel fundamental na
saúde dos rins. Manter uma dieta balanceada, reduzir a ingestão de sal, evitar
o uso excessivo de medicamentos sem prescrição médica e praticar atividade
física regularmente são medidas fundamentais para manter a função renal em
condições ideais. Os especialistas também recomendam evitar o consumo excessivo
de bebidas açucaradas e priorizar a hidratação com água, pois esses hábitos
ajudam a reduzir o risco de diabetes e hipertensão, duas das principais causas
da doença renal crônica.
É igualmente importante manter um peso adequado e evitar o fumo, pois tanto a
obesidade quanto o fumo são fatores de risco significativos para o
desenvolvimento de doenças renais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS) e a American Kidney Foundation, essas medidas preventivas, juntamente com
as mencionadas acima, são fundamentais para reduzir o risco de doença renal
crônica e melhorar a saúde geral.[6]
A combinação de educação em saúde, tecnologia avançada de diagnóstico e
acompanhamento médico pode ajudar no combate a essa doença silenciosa,
proporcionando melhores oportunidades de tratamento e uma vida mais plena para
milhões de pessoas.
Siemens Healthineers
www.siemens-healthineers.com
[1] GBD 2021 Chronic Kidney Disease Collaborators. (2022). Global, regional, and national burden of chronic kidney disease, 1990–2021: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2021. The Lancet, 400(10365), 1777-1792.
[2] Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico: Cenário da doença renal crônica no Brasil no período de 2010 a 2023. Acesso em 11 de março. Disponível em: Link.
[3] [1] Chronic kidney disease basics. Centers for Disease Control and Prevention. Disponível em: Link
[4] Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) CKD Work Group. KDIGO 2012 Clinical Practice Guideline for the Evaluation and Management of Chronic Kidney Disease. Kidney International Supplements. 2013; 3(1):1-150.)
[5] Luyckx, V. A., Tonelli, M., & Stanifer, J. W. (2018). The global burden of kidney disease and the sustainable development goals. Bulletin of the World Health Organization, 96(6), 414–422D.)
[6] Idem
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