quinta-feira, 13 de março de 2025

Dia Mundial do Rim: Como prevenir a doença renal antes que seja tarde demais?

  • Aproximadamente 837 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com doença renal crônica (DRC).[1]
No Brasil, a prevalência estimada de DRC em adultos é de 6,7%, aumentando para 27,5% entre indivíduos com 65 anos ou mais[2]. Exames simples de sangue e urina podem ajudar a detectar precocemente a doença renal crônica. Estima-se que 1 em cada 3 pessoas corre o risco de desenvolvê-la, e o diagnóstico precoce pode fazer uma grande diferença em sua qualidade de vida[3].

 

No Dia Mundial do Rim, comemorado em 14 de março, há um apelo urgente para a importância da detecção precoce da doença renal crônica (DRC), uma condição que afeta aproximadamente 837 milhões de pessoas em todo o mundo e 70,7 milhões na América Latina¹. A DRC é uma doença que progride sem apresentar sintomas óbvios, o que dificulta o diagnóstico em seus estágios iniciais. Entretanto, os especialistas apontam que, com exames regulares e mudanças no estilo de vida, como hidratação adequada e dieta balanceada, é possível prevenir ou retardar sua progressão, melhorando significativamente a qualidade de vida dos pacientes.

A Doença Renal Crônica ocorre quando os rins perdem a capacidade de filtrar toxinas e excesso de fluidos do sangue, o que pode levar a complicações graves, levando a diálise ou a necessidade de um transplante renal. A condição é conhecida como uma “doença silenciosa”, pois pode progredir sem apresentar sintomas óbvios, permitindo que a função renal se deteriore sem que o paciente perceba. De acordo com o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, a prevalência estimada de DRC em adultos brasileiros é de 6,7%, aumentando para 27,5% entre indivíduos com 65 anos ou mais².

Os fatores de risco comuns incluem diabetes, pressão alta, obesidade e histórico familiar. Para essas pessoas, exames regulares são essenciais para detectar a doença precocemente.



O diagnóstico

As principais ferramentas de diagnóstico incluem exames de sangue para medir a taxa de filtração glomerular (eGFR) e exames de urina para avaliar a relação albumina-creatinina (ACR). Esses exames podem identificar sinais precoces de lesão renal e oferecer uma oportunidade de retardar ou atrasar a progressão da doença.

A taxa de filtração glomerular estimada (TFGe) mede a capacidade dos rins de filtrar os resíduos do sangue, enquanto a relação albumina/creatinina (RCA) detecta a presença de proteína na urina, um sinal precoce de lesão renal. Ambos os exames são essenciais para avaliar a saúde dos rins e podem ser realizados durante um check-up médico de rotina[4].

O uso de analisadores automatizados de amostras de urina e a tecnologia de microscopia digital melhoram a precisão do diagnóstico e facilitam a identificação de anormalidades na função renal. Esses avanços permitem que os laboratórios clínicos forneçam resultados rápidos e confiáveis, o que se traduz em um melhor acompanhamento dos pacientes.

“O diagnóstico precoce da doença renal crônica pode fazer uma grande diferença na vida das pessoas. Nosso objetivo é que mais pessoas tenham acesso a testes simples e precisos, permitindo que cuidem melhor de sua saúde renal e tomem decisões informadas junto com seu médico”, disse Hélida Silva, Diretora de Assuntos Médicos para a América Latina da Siemens Healthineers.

Além de salvar vidas, a detecção precoce da DRC tem um impacto positivo na sustentabilidade dos sistemas de saúde. Estima-se que o custo global da doença renal crônica tenha chegado a US$ 1,2 trilhão em 2017, com projeções de que esse valor suba para US$ 2,5 trilhões até 2030[5].



É possível prevenir?

Além dos exames laboratoriais, a prevenção desempenha um papel fundamental na saúde dos rins. Manter uma dieta balanceada, reduzir a ingestão de sal, evitar o uso excessivo de medicamentos sem prescrição médica e praticar atividade física regularmente são medidas fundamentais para manter a função renal em condições ideais. Os especialistas também recomendam evitar o consumo excessivo de bebidas açucaradas e priorizar a hidratação com água, pois esses hábitos ajudam a reduzir o risco de diabetes e hipertensão, duas das principais causas da doença renal crônica.

É igualmente importante manter um peso adequado e evitar o fumo, pois tanto a obesidade quanto o fumo são fatores de risco significativos para o desenvolvimento de doenças renais. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a American Kidney Foundation, essas medidas preventivas, juntamente com as mencionadas acima, são fundamentais para reduzir o risco de doença renal crônica e melhorar a saúde geral.[6]

A combinação de educação em saúde, tecnologia avançada de diagnóstico e acompanhamento médico pode ajudar no combate a essa doença silenciosa, proporcionando melhores oportunidades de tratamento e uma vida mais plena para milhões de pessoas.




Siemens Healthineers
www.siemens-healthineers.com




[1] GBD 2021 Chronic Kidney Disease Collaborators. (2022). Global, regional, and national burden of chronic kidney disease, 1990–2021: a systematic analysis for the Global Burden of Disease Study 2021. The Lancet, 400(10365), 1777-1792.

[2] Ministério da Saúde. Boletim Epidemiológico: Cenário da doença renal crônica no Brasil no período de 2010 a 2023. Acesso em 11 de março. Disponível em: Link.

[3] [1] Chronic kidney disease basics. Centers for Disease Control and Prevention. Disponível em: Link

[4] Kidney Disease: Improving Global Outcomes (KDIGO) CKD Work Group. KDIGO 2012 Clinical Practice Guideline for the Evaluation and Management of Chronic Kidney Disease. Kidney International Supplements. 2013; 3(1):1-150.)

[5] Luyckx, V. A., Tonelli, M., & Stanifer, J. W. (2018). The global burden of kidney disease and the sustainable development goals. Bulletin of the World Health Organization, 96(6), 414–422D.)

[6] Idem


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