quinta-feira, 13 de março de 2025

Endomarço

 

Março Amarelo: entenda a importância do diagnóstico precoce da endometriose para evitar a infertilidade

 

Durante o mês de março, período dedicado à conscientização sobre a doença, informações revelam que técnica de reprodução assistida pode ser solução para alguns casos 

 

Segundo o Ministério da Saúde, oito milhões de brasileiras têm endometriose. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que uma em cada 10 mulheres no mundo enfrenta a doença. Durante todo o mês de março, o Grupo Huntington, um dos maiores Grupos de Reprodução Assistida do país, embarca no movimento Endomarço, que visa informar a sociedade sobre os impactos da endometriose, a importância de abordar sobre o seu diagnóstico precoce e fornecer apoio às mulheres que vivem com a condição. Além de sugerir alternativas, principalmente àquelas que têm dificuldade para engravidar ou lidam com a infertilidade.

A endometriose é caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial – que normalmente reveste o útero – em outras áreas do corpo, como os ovários, tubas uterinas, intestinos e bexiga. Esse aumento descontrolado gera uma reação inflamatória, que pode levar à formação de fibrose (tecido cicatricial).

“Os sintomas da doença variam de mulher para mulher, mas no geral podem provocar fortes cólicas menstruais, dores durante as relações sexuais e, em muitos casos, a infertilidade”, explica o Dr. Frederico Correa, especialista em Reprodução Assistida e diretor médico da Huntington Brasília. Segundo o especialista, quando se trata de fertilidade, a endometriose representa um grande desafio. “Dependendo do grau de lesão, o comprometimento das tubas uterinas e a diminuição da qualidade dos óvulos podem tornar a gravidez natural mais difícil”, afirma.


Endometriose: tratamento e FIV

O médico esclarece que o tratamento da doença varia de acordo com a intensidade e o objetivo de cada paciente: se há dor intensa ou lesões graves em órgãos como intestino e bexiga, a cirurgia pode ser necessária. Já em casos de infertilidade sem dor significativa e com a gravidez como prioridade, a fertilização in vitro (FIV) é a opção mais eficiente. “Para pacientes com reserva ovariana baixa, presença de cistos ovarianos ou idade avançada, a preservação da fertilidade antes da cirurgia pode ser recomendada”, diz.

Segundo o Dr. Frederico, a FIV é bastante indicada no caso de endometriose. “A fertilização in vitro permite que a fecundação ocorra fora do corpo, contornando as obstruções nas tubas e proporcionando melhores chances de sucesso para as mulheres que convivem com a condição. No procedimento é feita a coleta dos óvulos e espermatozoides, que são fertilizados em laboratório antes de serem implantados no útero”, pontua.

Como cada caso tem um desenvolvimento diferente, é essencial procurar um especialista em reprodução assistida e em endometriose para que médico e paciente avaliem juntos a melhor opção. “As pacientes que têm endometriose e infertilidade, na maioria das vezes, ficam muito ansiosas e angustiadas, sem saber qual o melhor caminho a seguir. Por isso, é muito importante que elas estejam acompanhadas ou busquem um especialista em endometriose e em reprodução humana, para que o melhor caminho seja escolhido, em cada um dos casos”, conclui Correa.

Embora a endometriose seja uma doença de grande impacto, com tratamentos adequados, incluindo a medicina reprodutiva, muitas mulheres conseguem superar as barreiras de fertilidade e realizar o sonho da maternidade. O Grupo Huntington conta com uma equipe especializada no assunto e oferece, além da reprodução assistida, tratamentos, suporte emocional e psicológico às mulheres afetadas pela doença, além de dar visibilidade ao impacto da condição em suas vidas.



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