Com a chegada de 2025, surge a oportunidade de já começar a repensar nas estratégias de aprendizado e adotar hábitos que impulsionem o desempenho escolar. Neste cenário, o conceito de estudo de alto desempenho ganha destaque ao propor métodos que integram neurociência e técnicas de organização pessoal, promovendo uma rotina mais produtiva e equilibrada para estudantes de todas as idades.
Esse modelo não trata apenas de estudar mais, mas de estudar melhor. Ao considerar aspectos como planejamento, foco e aplicação prática do conhecimento, é possível transformar o aprendizado em um processo eficiente e prazeroso. Além disso, o desenvolvimento dessas habilidades impacta diretamente no bem-estar mental dos alunos, uma preocupação crescente no contexto educacional contemporâneo.
De acordo com a professora Letícia Sakaguti, especialista em ensino de alto desempenho em matemática, um dos pilares dessa abordagem é o entendimento das mudanças comportamentais como escolhas conscientes. “O estudo de alto desempenho utiliza técnicas de programação neurolinguística e neurociência para que os alunos compreendam o porquê de agir de forma diferente. Isso torna a mudança uma decisão e não uma obrigação”, explica.
Para Letícia, o primeiro passo é revisar a rotina e garantir que aspectos básicos, como alimentação, hidratação, sono e atividades físicas, estejam em ordem. Em seguida, é essencial planejar o tempo de estudo, respeitando as três etapas do aprendizado: contato, degustação e prática. “A escola é o local de contato com o conteúdo, mas o verdadeiro aprendizado acontece ao longo dessas três fases. Por isso, é importante dedicar um tempo extra para a prática fora da sala de aula”, reforça.
Outro ponto crucial é a constância. Letícia compara o processo de aprendizado à rotina de atividades físicas. “Com um pouquinho todo dia, o cérebro se acostuma com a prática e entende o volume de informações que deve passar da memória de curto prazo para a de longo prazo. A chave é manter a regularidade”, destaca.
A especialista também ressalta a importância da matemática no desenvolvimento de habilidades como raciocínio lógico e pensamento crítico, que são aplicáveis em diversas áreas do conhecimento. “A matemática ajuda a associar as peças do quebra-cabeça da vida, tornando o aprendizado mais dinâmico e relevante”, diz. Apesar da crescente integração da tecnologia na educação, ela reforça a importância da prática escrita. “Escrever à mão cria conexões neurais fortes e contribui para a autonomia do aluno”, afirma.
Ao final, Letícia deixa um recado: “Comecem logo novos hábitos. Quanto mais cedo aprenderem a se organizar e maximizar seus potenciais, melhor serão os resultados. Mais importante ainda é preservar a saúde mental em um mundo tão acelerado. Treinar a mente para prevenir problemas é uma das melhores escolhas que podemos fazer por nós mesmos”.
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