Rodrigo Azevedo, economista e sócio-fundador da GT Capital, explica sobre as melhores formas de se investir no metal
Com
recordes de valor alcançados em 2024, o ouro segue sendo um dos ativos mais
tradicionais e atrativos do mercado financeiro para 2025, ainda mais em um
cenário conturbado no Brasil em que os investidores buscam segurança devido às
preocupações com o cenário fiscal. O metal teve uma valorização de quase 50% nos
últimos 12 meses, batendo recorde de US$ 2.690 a onça-troy, medida que
corresponde a 31,1 gramas.
Segundo
Rodrigo Azevedo, economista, planejador financeiro e sócio-fundador da GT
Capital, o contexto global para esse ano favorece o ouro. “Embora o metal
tenha registrado recordes em 2024, a perspectiva de taxas de juros mais baixas
ao redor do mundo e a manutenção de riscos geopolíticos mantêm o ouro como um
ativo estratégico para investidores”, explica. Azevedo também destaca a
busca por diversificação cambial como um fator relevante. “O interesse
crescente dos bancos centrais em reduzir a dependência do dólar também está
sustentando a demanda pelo metal”, acrescenta.
O
que analisar antes de investir?
Para os investidores pessoa física, investir em ouro exige planejamento e conhecimento das diversas modalidades. O economista orienta que é essencial entender qual forma de investimento se alinha melhor ao perfil de risco e aos objetivos financeiros do investidor. Ele também alerta para a importância do horizonte de investimento. “O ouro é mais eficiente no longo prazo, funcionando como um ativo de proteção em momentos de alta volatilidade nos mercados”, afirma.
Apesar
dos custos e da falta de rendimentos regulares como juros ou dividendos, o ouro
se consolida como uma alternativa segura para diversificar o portfólio. “A
relevância do ouro como proteção é indiscutível. Ele é um ativo que responde
bem em cenários de crise ou aumento de tensão geopolítica”, conclui
Azevedo.
Assim,
para quem busca diversificação, proteção e estabilidade, o ouro segue sendo um
investimento interessante em 2025.
Como investir em ouro?
Há diversas formas de investir no metal, desde as mais acessíveis até aquelas voltadas para investidores mais experientes.
De
acordo com Azevedo, a mais fácil e acessível é através de fundos de
investimentos, ETFs e BDRs, o que pode ser feito por meio de bancos e
escritórios de assessoria de investimento. “O custo é a taxa de administração
no caso dos fundos e a corretagem na compra e venda dos ETFs ou BDRs”, diz.
Azevedo explica que a compra de contratos futuros também está disponível nessas
instituições. Neste caso, com cobrança de corretagem, emolumentos e custódia.
“Não é
tão comum, mas também é possível comprar ouro físico através de bancos e
empresas especializadas. Neste caso, é cobrado um spread do preço do ouro
negociado no mercado”,
explica.
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