segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

Como se organizar financeiramente para as contas do início do ano

IPVA, IPTU, matrícula escolar e outros gastos chegam com 2025; educadora financeira dá dicas para começar o período com o pé direito


Ano novo, vida nova? Ou seria: ano novo, despesas novas? Todo começo de ano tem aquele momento de preocupação com as novas contas que estão por vir. E elas têm nome: IPVA, IPTU, rematrícula escolar e outros gastos que costumam aparecer, como a alta de preços do material escolar e o reajuste na mensalidade da creche, escola ou faculdade. A educadora financeira e consultora do will bank, Mila Gaudencio, explica que essas despesas podem aumentar a ansiedade financeira e causar frustração já no primeiro mês do ano.

“Janeiro costuma ser um período de autocobrança, ainda mais com a pressão de criar metas pessoais, a comparação com os demais e as despesas que vão além do esperado”, comenta a consultora do will. E quando o saldo bancário não ajuda, essa insatisfação pode acabar aumentando e levando a decisões impulsivas.

Considerando que 7 em cada 10 brasileiros não usam palavras positivas para descrever sua vida financeira atual, segundo o estudo de Dismorfia Financeira do will bank, começar 2025 com mais consciência em relação às finanças pode ajudar, não só a enfrentar as surpresas de janeiro, mas também a guiar as escolhas financeiras futuras.

Por conta disso, Mila Gaudencio destaca as principais recomendações para iniciar o ano com o pé direito quando o assunto é dinheiro:


Reconheça e foque na própria jornada

O primeiro passo é entender que cada jornada financeira é única, assim como os desafios enfrentados. Evitar comparações ajuda a focar no próprio caminho, reduzindo a ansiedade.

Para Mila, as metas são exemplos disso: “devemos definir nossos objetivos com base na nossa realidade e nos nossos desejos. Afinal, sonhar o sonho dos outros pode acabar se tornando decepcionante. Se dizem por aí que a grama do vizinho é mais verde, está mais do que na hora de esquecer isso e olhar só para o seu quintal”.


Analise possibilidades e estabeleça prioridades

Entender a melhor ordem para pagar as contas ajuda a evitar taxas extras. Por isso, vale a pena se perguntar: qual conta precisa ser paga agora ou, caso tenha, qual dívida pode ser renegociada para aliviar o fluxo de caixa?

A ansiedade faz com que muitas pessoas prefiram pagar tudo à vista para ‘resolver logo o problema’. “Essa escolha pode não ser a melhor se isso significar zerar sua reserva financeira e ficar sem segurança para imprevistos. Nesse caso, o parcelamento pode ser uma alternativa mais adequada”, explica.


Se bem avaliado, empréstimo é um caminho

O estudo de Dismorfia Financeira também mostra que 60% das pessoas têm vontade de usar o crédito que recebem, mas evitam por medo de não conseguirem pagar. Mila reforça que a insegurança é compreensível, porém, "quando planejado, estudado e encaixado no seu orçamento, o empréstimo pode ser um aliado na hora de lidar com o acúmulo de dívidas no início do ano. O que não vale é esquecer de considerar as parcelas como uma conta fixa no decorrer dos meses em que elas serão cobradas".

Para descobrir se um empréstimo compensa, vale pesquisar e comparar taxas e condições. “Se você está no limite do cartão de crédito ou quase entrando no cheque especial para pagar as contas de janeiro, um empréstimo pode ser uma opção mais barata”, comenta.


Mas como se antecipar para a próxima virada de ano?

Transformar essas grandes despesas em metas mensais é uma maneira eficiente de evitar o sufoco na próxima virada de ano. “Se o IPVA do carro custa R$1.200, é possível tentar guardar R$100 por mês. Não se trata de parcelar, mas de separar esse valor ao longo do ano para se antecipar à despesa que já está prevista”, reforça a consultora. Assim, as despesas de começo de ano deixam de ser um pesadelo e passam a ser parte da rotina financeira. Gerenciar o dinheiro é um processo, e cada pequena ação hoje pode trazer mais segurança e tranquilidade para o futuro.



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