Bitucas de cigarro em areia de praia crédito imagem: Ítalo de Castro / IMar/Unifesp |
Nesta
pesquisa foi testada, em experimentos de laboratório, a toxicidade de água do
mar que havia ficado em contato com bitucas de cigarros artificialmente
fumadas. O resultado foi que os contaminantes liberados na água pelas bitucas
são extremamente tóxicos para vários organismos marinhos, incluindo crustáceos,
mexilhões, ouriços-do-mar e até bolachas-de-praia. No final, os(as) autores(as)
do estudo estimam que uma única bituca pode comprometer significativamente a
qualidade de quase 70 litros de água do mar.
Os
experimentos foram realizados em Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC’s) das
alunas do bacharelado interdisciplinar em Ciência e Tecnologia do Mar
(BICT-Mar) Wanessa Mandelli e Beatriz Militelo Pestana, orientadas pelos
professores e pesquisadores do IMar/Unifesp Lucas Buruaem Moreira e Rodrigo
Brasil Choueri. O estudo também contou com a colaboração dos docentes Ítalo
Braga de Castro, também do IMar, que também vem desenvolvendo pesquisas sobre o
tema, e Denis Abessa, do Campus Litoral Paulista da Universidade
Estadual Paulista (Unesp).
A
revista científica que contém o artigo deste estudo é publicada pela Society
of Environmental Toxicology and Chemistry, organização científica
internacional voltada à discussão de temas como poluição ambiental,
agrotóxicos, riscos químicos à saúde humana, entre outras questões voltadas à
contaminação e poluição por substâncias químicas.
“Com
este estudo mostramos que as bitucas de cigarro, descartadas imprudentemente
por muitas pessoas, têm repercussões ambientais que vão além da desagradável sujeira
no chão ou na areia da praia. Elas são altamente tóxicas e, portanto, nocivas
aos organismos marinhos”, alerta o professor Choueri.
O
estudo foi publicado on-line no último dia 7 de novembro na Wiley Online
Library neste link.
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