terça-feira, 4 de abril de 2023

Teste para imunodeficiência combinada grave pode salvar vida da criança

                 Rastreamento é feito pelo Teste do Pezinho

                22 a 29 de abril é a Semana Mundial de Imunodeficiências                                                   Primárias

 

“Quando uma pessoa nasce basicamente sem nenhuma resposta do sistema imunológico adaptativa dos linfócitos e não é realizado o diagnóstico ou tratamento, esta doença leva ao óbito antes dos 2 anos de vida. Felizmente existe o tratamento com transplante de medula óssea: quando mais precocemente for realizado, melhores as chances de cura”, explica Dr. José Roberto Pegler, alergista e imunologista pela USP. Ele se refere à imunodeficiência combinada grave - SCID (sigla em inglês de Severe Combined Immunodeficiency), principal doença dentre os erros inatos da imunidade e que é considerada uma emergência imunológica. 

Os erros inatos de imunidade (EII) – antes chamado de imunodeficiências primárias -  são distúrbios que causam danos no desenvolvimento ou na função do sistema imunológico. Em decorrência disso, o paciente pode ter diferentes tipos de infecções comuns de forma recorrente: sinusites, otites, pneumonia ou até outras infecções graves causadas por microorganismos que geralmente não acometem pessoas saudáveis. Além disso, há maior risco de doenças autoimunes, inflamatórias e até câncer. 

O teste do pezinho, que deve ser feito entre o 3º e 5º dia de vida do bebê ajuda de forma considerável no diagnóstico de doenças do grupo dos EII. Um deles é o TREC, que serve para diagnosticar a imunodeficiência combinada grave. Já o teste KREC serve para rastrear agamaglobulinemia e, de acordo com o alergista e imunologista, vem sendo usado com maior frequência atualmente tanto na rede suplementar (convênios e clínica particular) como no SUS. 

“Alguns pacientes já foram diagnosticados com essa doença gravíssima que é a imunodeficiência combinada grave e foram encaminhados precocemente para transplante de medula óssea, mostrando o enorme benefício desse programa de triagem. Vale dizer também que os testes genéticos estão nos ajudando muito no rastreamento das formas precisas dos EII”, pontua o alergista que também faz parte da equipe da Clínica Croce, centro de vacinação e infusão de imunobiológicos com especialistas das áreas de Alergia, Imunologia, Reumatologia e Endocrinologia. 

Segundo ele, o número de erros inatos da imunidade conhecidos vem crescendo muito nos últimos anos. A cada dois anos a União Internacional de Sociedades Imunológicas (IUIS) publica a sua classificação contando quantas doenças existem no grupo dos EII. Em 2022, foi publicada a última atualização com 485 causas conhecidas de erros inatos a imunidade.

A imunoglobulina humana é um produto escasso produzido a partir do plasma de doações de sangue e é essencial no tratamento de muitos pacientes com erros inatos da imunidade. “Atualmente, no Brasil, contamos somente com produtos por importações, portanto, dependemos de outros países. Porém associações médicas e grupos de pacientes com imunodeficiência estão fazendo enormes esforços para que haja uma produção nacional de imunoglobulina humana”, finaliza Dr. José Roberto.

 

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