Reflexo da
sobrecarga de trabalho e do estresse da pandemia, a situação é relatada por
pacientes em consultórios de todo o país. Para a nutricionista Jaciara Petry,
alimentação, suplementação e epigenética formam uma tríade que pode reduzir o
problema
Com rotinas intensas marcadas pela carreira,
estudos, cuidados com a casa e filhos, as mulheres sofrem cada vez mais as
consequências do acúmulo de tarefas. A exaustão, por exemplo, acomete muito
mais elas do que os homens: segundo pesquisa da Zenklub, em 2022 as mulheres
tiveram uma média de 53,30 pontos por exaustão enquanto os homens tiveram 43,68
pontos. No quesito preocupação constante, as mulheres tiveram a média de 47,3
pontos, e os homens 39,96. Contribui para a situação também o estresse de um
período pandêmico que desencadeou novos hábitos não tão saudáveis - como os
pedidos de delivery, que subiram 146% de acordo com estudo da medRxiv.
Para a nutricionista da Clínica Colman, Jaciara
Petry, é importante olhar para todo o contexto da rotina da mulher que sofre
com o problema, a fim de investigar a causa. E mais do que uma nova dieta, é a
mudança de hábitos e o apoio da ciência que podem mudar este quadro. “Além de
entender o seu estilo de vida e as suas responsabilidades, é importante
acompanhar seus exames de saúde, porque a dieta precisa se encaixar na rotina
da mulher. Outra situação que vejo frequentemente é que há a deficiência de
nutrientes e vitaminas e a falta de regulação destes nutrientes impacta ainda
mais o seu quadro de saúde”, diz.
Situações de estresse podem virar fadiga crônica se
impulsionadas por hábitos ruins, segundo a nutricionista, como a compulsão por
doce. “O açúcar tende a causar ansiedade, tanto antes quanto depois do consumo.
E quando você tem como hábito o consumo diário, pode ser bastante impactado por
situações em que a ansiedade aparece. Ou seja: além dos fatores externos, que
você não controla, os fatores internos pesam muito no quadro”, avalia.
Epigenética e suplementação:
caminho para a longevidade
Jaciara indica para mulheres que buscam reduzir o
risco de exaustão crônica o acompanhamento especializado na prática chamada de
epigenética. Essa área da ciência consiste em um mapeamento dos genes,
identificando aqueles que podem desencadear problemas de saúde no futuro. “Com
a suplementação correta, podemos silenciar esses genes, evitando que problemas
de saúde para os quais você tem maior propensão se desenvolvam. E ainda pode-se
reforçar as boas características dos genes, auxiliando, por exemplo, no combate
à fadiga e depressão”, explica.
A suplementação de vitaminas e nutrientes tem peso
fundamental e junto a uma alimentação mais saudável evita que as mulheres
sofram tanto com a sobrecarga do dia a dia. “Com a dieta quebramos alguns
vícios que podem afetar e levar a esse quadro. Já os suplementos acabam com a
deficiência de nutrientes como vitamina D, ferro, vitaminas do complexo B,
magnésio, zinco ou ainda em alterações do cortisol, que podem desencadear
ansiedade”, destaca.
A boa notícia, de acordo com a nutricionista, é que
o quadro tem solução. Modular os genes e silenciar os que fazem mal, ter
acompanhamento especializado para se implantar novos hábitos pode trazer de
volta a disposição, vitalidade e energia que o peso do estresse e da alta carga
de responsabilidade impõem.
Clínica Colman
www.clinicacolman.com.br
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