Em caso recente na
Escócia, situação quase levou um homem à morte; SBCM faz alerta
Por ansiedade, nervosismo ou até mesmo ato
involuntário, muitas pessoas têm o hábito de roer a unha. Mas a mania pode
causar sérios problemas nas mãos, como em caso recente registado na Escócia. Um
homem de 48 anos precisou ser submetido a uma cirurgia de urgência, após
contrair uma grave infecção no dedo indicador da mão direita. O escocês foi ao
hospital depois que a ponta do dedo começou a edemaciar e colecionar pus. Na
emergência, informaram que se demorasse um pouco mais a buscar tratamento, a
infecção poderia ter sido fatal.
Outro caso de repercussão, ocorrido em 2018, no
Reino Unido, quase vitimou um rapaz, à época, com 28 anos, que havia arrancado
uma cutícula da unha com os dentes. A infecção evoluiu para um quadro de
septicemia, condição potencialmente fatal que surge quando a resposta do corpo
a uma infecção danifica os seus próprios tecidos e órgãos.
Especialistas da SBCM (Sociedade Brasileira de
Cirurgia da Mão) explicam que, ao roer a unha, a pele que fica ao lado dela – e
que tem a função de proteção e suporte – é lesionada, facilitando a entrada de
bactérias, que levam à infeção. Isso porque, sendo a boca um local repleto de
germes, ao morder um ferimento aberto, muitas bactérias são infiltradas.
Rompendo a camada que envolve o dedo, o risco de proliferação de bactérias,
fungos e vírus aumentam em 80%.
Chamada de paroníquia, a infecção ao redor das
unhas causa edema e vermelhidão, além de dor forte no local. Em pessoas com
diabetes, os problemas podem ser ainda maiores.
Em estágios avançados, a paroníquia pode levar à
complicações e representar um risco de septicemia. O tratamento irá depender do
nível da infecção e pode variar desde uma simples limpeza tópica, um tratamento
sistêmico (com administração de antibióticos), até uma pequena cirurgia para
remover a coleção purulenta.
Como as estruturas na ponta dos dedos são muito
próximas, uma infecção que atinge a unha tem grandes chances de se espalhar
para o osso, articulação e tendão, resultando em sérios problemas. A compulsão
em roer as unhas pode causar até deformidade dos dedos.
SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão)
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