Ilustração da evolução do cérebro de um
adolescente (California?s Department of Health Care)
Dia 26 de junho marca a data escolhida pela Organização das
Nações Unidas (ONU) para o Dia Internacional de Combate às Drogas
Desmitificar
a áurea e glamour que a droga sempre trouxeram através de modelos familiares e
publicidade é um dos maiores desafios para quem lida com crianças e
adolescentes. O tema preocupa pais e médicos e o consenso é que o melhor
tratamento é a prevenção.
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Não adianta apenas dizer que a droga é ruim. O principal aspecto a ser
salientado é a prevenção. Quanto mais tarde o adolescente tiver contato, menor
o malefício. Assim como cresce a mão, o pé e o corpo como um todo, o cérebro
também vai sendo desenvolvido. Quando as drogas agem no cérebro não sabemos se
o dano será reversível ou não no futuro. Trabalhos atuais mostram que quem usam
maconha tem um déficit cognitivo com baixa no QI de até 8 pontos. Além disso, a
maconha faz com que o jovem perca habilidades em áreas específicas que serão
usadas na vida adulta - explica a médica da Sociedade de Pediatria do Rio
Grande do Sul, Lilian Day Hagel.
Para
a pediatra, o modelo dos pais é fundamental.
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Não posso dizer que não pode fumar, se eu fumo. Não posso afirmar que o álcool
é ruim, se eu bebo em casa. O que a criança vê, é muito mais marcante do que
aquilo que ela ouve. Além disso, não dá para usar meias palavras. Se quer que o
adolescente não experimente, os pais devem ser muito claros - disse.
O tema
é estudado internacionalmente e traz estatísticas, geralmente, preocupantes.
Segundo dados do National Center on Addiction and Substance Abuse da Columbia
University. três quartos dos estudantes já experimentares cigarros ou bebidas
alcóolicas e mais da metade, ou seja, 46,1% são usuários correntes. As
diretrizes recentes da American Academy of Pediatrics (AAP) mostram que o uso
de drogas ilícitas e álcool está associado com altas taxas de morbidade e
mortalidade. Mais de 30% das mortes entre adolescentes estão associadas com o
usol de álcool ou outras substâncias tóxicas.
Marcelo
Matusiak
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