O
orçamento para inovação em tecnologia e ciência de 2018 é o mais baixo da
década. Ao longo
da crise, o estímulo à inovação não foi prioridade do governo, acarretando em
um corte de gastos nesta área
muito importante para o desenvolvimento do país e até mesmo da população
mundial.
Alguns
países desenvolvidos destinam até 5% do PIB para áreas de inovações. Atitude
louvável, pois o crescimento econômico de uma nação muito se baseia no que o
país consegue produzir.
Portanto, este “gasto” não deveria ser chamado como tal e sim considerado um
investimento.
Um
produto inovador pode trazer inúmeros benefícios à população, lembrando que,
uma vez, até mesmo os carros, uma invenção que faz parte da rotina de milhares
de brasileiros,
foram considerados inovadores. Quando as fábricas começaram a se instalar no
nosso país para a fabricação dos mesmos, que festa fizemos.
No
Brasil, apesar do pouco investimento, muitas mentes já trabalharam para o
desenvolvimento da população mundial. Como é o caso de Roberto Landell de Moura, inventor do
rádio, da dona de casa Therezinha Beatriz Alves de Andrade, inventora do
escorredor de arroz ou do eletrotécnico Nélio José Nicolai, inventor do
identificador de chamadas.
Assim
como eles, muitas outras pessoas têm ideias boas, até mesmo extraordinárias. É ultrajante que hoje em dia não
tenhamos mais os mesmos incentivos em relação a isto. Atualmente, quem quer patentear uma
nova tecnologia, não recebe mais tantos benefícios como de outrora.
Podemos
agregar isto, também, à demora para conceder patentes por parte do Instituto
Nacional da Propriedade Industrial (INPI). Hoje, quem quer patentear seu
produto demora mais de 10
anos na espera. A morosidade do INPI é custosa de mais para as empresas.
Um país
desenvolvido é um país que acredita na sua própria nação,
afinal, quem não se sente orgulhoso ao ouvir falar de Roberto, Therezinha,
Nélio ou de milhares de outros brasileiros que desenvolveram produtos notáveis?
Infelizmente, o que nos falta
não é incentivo e sim investimento.
Valdomiro Soares - Presidente do
Grupo Marpa – Marcas, Patentes e Gestão Tributária
Nenhum comentário:
Postar um comentário