Sociedade Brasileira de Medicina de Família e
Comunidade orienta como amenizar os sintomas que podem ser tratados e
prevenidos nas Unidades Básicas de Saúde de todo o país
Estação
intermediária entre o verão e o inverno, o outono pode ser considerado um vilão
para as pessoas que têm problemas respiratórios.Há um conjunto de fatores que
explica o agravamento das doenças respiratórias no outono, transformando essa,
de fato, na pior estação para a população que sofre com doenças respiratórias.
Estima-se que nesse período essas afecções podem aumentar em até 40%. O
tratamento e a prevenção dessas doenças podem ser realizados nas Unidades Básicas
de Saúde de todas as cidades do país.
“Dos diversos fatores que desencadeiam essas doenças respiratórias, destacam-se as variações climáticas como temperaturas mais baixas, diminuição da umidade do ar – que, no clima frio e seco, leva a uma maior concentração de poluentes. Essas condições hostis ao sistema respiratório diminuem um pouco da capacidade de defesas contra microrganismos nocivos propiciando agravamento de problemas respiratórios”, explica Marcus Vinicius Dutra Zuanazzi, médico de família e comunidade, membro do Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
O outono é um período comum que provoca o aumento de casos de problemas respiratórios. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, por ano, a gripe cause comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas. Crianças, idosos, portadores de doença pulmonar, cardiopatas e imunocomprometidos são os mais afetados.
Zuanazzi aponta que as doenças respiratórias que guardam relação com mudanças climáticas são, na maior parte das vezes, as infecciosas, causadas por vírus e, em segundo lugar, por bactérias. “Os vírus são responsáveis pela gripe (também chamada de influenza) e pelo resfriado, enfermidade que apresenta sintomas parecidos aos da gripe, mas com intensidade menor. A gripe é caracterizada por febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e calafrios. Os sintomas de coriza, tosse e faringite podem ficar em segundo plano diante de manifestações sistêmicas mais intensas. Febre, diarreia, vômitos e dor abdominal são comuns em crianças mais jovens. O resfriado, em geral, tem sintomas parecidos – espirro, coriza, congestão nasal e mal-estar, mas estes aparecem de forma mais branda. A febre não é frequente e costuma ser baixa”, comenta.
“Dos diversos fatores que desencadeiam essas doenças respiratórias, destacam-se as variações climáticas como temperaturas mais baixas, diminuição da umidade do ar – que, no clima frio e seco, leva a uma maior concentração de poluentes. Essas condições hostis ao sistema respiratório diminuem um pouco da capacidade de defesas contra microrganismos nocivos propiciando agravamento de problemas respiratórios”, explica Marcus Vinicius Dutra Zuanazzi, médico de família e comunidade, membro do Grupo de Trabalho de Problemas Respiratórios da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade.
O outono é um período comum que provoca o aumento de casos de problemas respiratórios. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que, por ano, a gripe cause comprometimento grave em 3,5 milhões de pessoas. Crianças, idosos, portadores de doença pulmonar, cardiopatas e imunocomprometidos são os mais afetados.
Zuanazzi aponta que as doenças respiratórias que guardam relação com mudanças climáticas são, na maior parte das vezes, as infecciosas, causadas por vírus e, em segundo lugar, por bactérias. “Os vírus são responsáveis pela gripe (também chamada de influenza) e pelo resfriado, enfermidade que apresenta sintomas parecidos aos da gripe, mas com intensidade menor. A gripe é caracterizada por febre alta, dores no corpo, dor de cabeça e calafrios. Os sintomas de coriza, tosse e faringite podem ficar em segundo plano diante de manifestações sistêmicas mais intensas. Febre, diarreia, vômitos e dor abdominal são comuns em crianças mais jovens. O resfriado, em geral, tem sintomas parecidos – espirro, coriza, congestão nasal e mal-estar, mas estes aparecem de forma mais branda. A febre não é frequente e costuma ser baixa”, comenta.
Prevenção
A prevenção pode ser feita ainda no verão, apesar de não ser possível se prevenir de algumas formas de infecção. As medidas de prevenção são de grande importância e as iniciativas simples podem reduzir a possibilidade de contágio, tais como: boa higiene ambiental; evitar ambientes fechados ou sem boa ventilação; evitar ambientes poluídos, manter uma boa higiene corporal; evitar mudanças bruscas de temperatura e ambientes com ar condicionado; evitar bebidas muito geladas; manter uma dieta saudável e equilibrada; usar roupas adequadas à estação; manter controle rigoroso das doenças crônicas; manter padrões de limpeza adequados, combate à umidade, lavar agasalhos e cobertores antes de usar, evitar deixar animais dentro de casa, retirar dos cômodos livros ou almofadas que acumulem poeira, evitar cigarro no ambiente doméstico e vacinação anual contra a gripe.
“A vacinação contra Influenza (gripe) está indicada para crianças pequenas e portadores de doenças crônicas e a pneumococo para idosos a cada cinco anos. Os indivíduos com morbidade pré-existente (doenças crônicas cardiorrespiratórias e metabólicas) e idosos maiores de 65 anos, devem ser orientados a evitar fazer exercício físico de moderado a intenso em dias de baixa umidade relativa do ar. Manter hidratação adequada, exceto se restringida por orientação médica, especialmente em crianças, idosos e em indivíduos que permanecem em locais com ar condicionado”, argumenta o médico de família e comunidade.
O cuidado ambiental na prevenção de doenças respiratórias no outono é muito importante. Manter o ambiente sempre umidificado pode ajudar no processo da umidade das vias aéreas, regiões mais atingidas devido ao tempo seco. O uso de toalhas molhadas e umidificadores de ar ajuda a manter o ambiente arejado. Caso não tenha o aparelho, é possível obter um resultado parecido a partir de um truque caseiro. Basta colocar recipientes ou bacias com água nos ambientes mais frequentados da casa para melhorar a qualidade do ar.
Idades mais vulneráveis
Certamente, os grupos que mais sofrem com a chegada do outono são as crianças e os idosos. Na infância – e especialmente nos menores de cinco anos - o sistema imunológico ainda está em amadurecimento, sendo mais propensos a infecções respiratórias e aos alérgenos e irritantes domiciliares. De acordo à Organização Mundial da Saúde, a pneumonia bacteriana é a maior causa de morte em crianças menores de cinco anos de idade no mundo. Já os idosos, apresentam variados graus de deficiência imunológica devido à imunossenescência frequentemente associados a outras comorbidades como doenças cardiorrespiratórias, metabólicas e neoplasias que debilitam ainda mais o sistema imunológico.
Tratamento nas Unidades Básicas de Saúde
As Unidades Básicas representam os serviços de primeiro contato dos usuários com o sistema de saúde, portanto, devem estar aptas a manejar os problemas de maior frequência e relevância presentes na comunidade. “No que se refere às doenças respiratórias de outono, o médico de família e a equipe de saúde, devem estar atentos a essas demandas, acolhendo os usuários de forma humanizada, realizando uma abordagem integral, focada nas ações de educação, prevenção e promoção à saúde, centrada na pessoa, manejando os sintomas de forma adequada, prevenindo as crises, aumentando o vínculo da comunidade com o serviço de saúde, identificando e tratando as exacerbações, evitando consultas, complicações e internações desnecessárias”, finaliza Zuanazzi.
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