quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Ataques cibernéticos afetam lucro de empresas e devem crescer nos próximos anos



Em encontro organizado pela MDS Brasil, especialistas de diferentes áreas discutiram o cenário atual dos crimes de informática, as proteções disponíveis e o potencial de crescimento no mercado nacional


Crimes cibernéticos e ataques a empresas de diferentes setores da economia já são uma realidade e a expectativa é que o número de casos aumente consideravelmente nos próximos anos. Segundo estudo recente da empresa PSafe, ataques cibernéticos devem crescer 57% ao final de 2017. Com o objetivo de disseminar conhecimento acerca do tema, a MDS Brasil, 3º maior broker de seguros do mercado brasileiro, organizou na manhã do último dia 05 de setembro um evento para debater o atual cenário de Cyber Risks no Brasil, que hoje é o sexto País que mais sofre ataques digitais no mundo, sendo, assim, o principal alvo na América Latina.
  
Participaram do evento os especialistas Rodrigo Milo, Sócio-diretor de Segurança Cibernética da KPMG, Thales Dominguez, Advogado em Financial Lines da Demarest Advogados e Tiago Lino, Cyber Underwriter da AIG. Todos foram unânimes em dizer que a questão não é “se” uma empresa será invadida, mas sim “quando”. Hélio Novaes, CEO da MDS Brasil, abriu o evento lembrando que, diferentemente do que ocorre em outros seguros, o sinistro em Cyber Risks não é algo fácil de ser visualizado. “Não estamos falando aqui de um incêndio ou de uma colisão de automóveis, por exemplo. Além disso, por ser assunto relativamente novo no Brasil, este seguro precisa ser melhor compreendido e discutido”, explicou Novaes.

As indústrias mais visadas segundo estudo da “M-Trends 2017: A View From the Front Lines” são: financeiras, varejo e saúde. Para Denis Teixeira, Diretor da MDS Brasil em São Paulo e Minas Gerais, essa questão se reflete também no mercado nacional, que atende principalmente empresas com uma densa base de dados de pessoas físicas para atendimento ao grande público, como aquelas com redes de hospital, de hotéis, financeiras, e-commerce, etc. “Em geral, o mercado de seguros contra riscos cibernéticos tem boas oportunidades, e disseminar o entendimento da interligação das organizações pode aumentar a contratação do serviço”, ressalta.

Os seguros disponíveis no mercado brasileiro cobrem recomposição de dados e de software, danos causados a terceiros (exposição de informações confidenciais que cause constrangimento moral ou material), despesas de contenção, despesas de comunicação, lucros cessantes do segurado, despesas com custo de investigação forense.

Denis lembra também que o mercado começou a ter coberturas mais adequadas há cerca de cinco anos. “Desde então, as modalidades de seguros cyber risks evoluíram tanto quanto as ferramentas de armazenamento on-line, de modo a cobrir diferentes tipos de crimes, inclusive o de ransomware – que aconteceram recentemente.

Sabemos dos riscos da exposição de informações em uma sociedade super conectada, assim como da necessidade e do enorme potencial de crescimento deste tipo de proteção no mercado nacional. Por isso, este evento veio em momento muito oportuno”, justifica o executivo da MDS Brasil.





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