quarta-feira, 29 de junho de 2016

Exames de DST's deverão ser solicitados em todas as especialidades



 Especialista fala sobre a nova medida do Conselho Federal de Medicina, que recomenda a indicação de exames para DSTs por todas as especialidades médicas 


Com o objetivo de auxiliar na detecção precoce de doenças como HIV, sífilis e hepatites B e C, o Conselho Federal de Medicina (CFM) agora recomenda a realização de exames para DSTs esteja incluída nos check-ups de todas as especialidades médicas. Quando diagnosticadas tardiamente, essas doenças podem estar em estágios avançados, o que dificulta o tratamento. 

Segundo a especialista em infectologia que integra o corpo clínico do Delboni Medicina Diagnóstica, Dra. Ligia Pierrotti, a medida só tende a trazer benefícios, pois em muitos casos o tratamento é dificultado pelo estágio avançado da doença. A médica destaca as principais doenças sexualmente transmissíveis e como funcionam os exames necessários para os diagnósticos:

HIV
No exame para detecção da doença é feita por testes sorológicos, que detectam anticorpos contra o HIV no sangue do paciente e, quando detectados, significa que o resultado é positivo. Todo teste sorológico positivo precisa ser confirmado por um novo teste, em uma nova amostra de sangue do paciente. Também existem testes que identificam antígenos do vírus presente no sangue os pacientes, e o próprio vírus, por métodos de biologia molecular. Segundo a CFM, 25% dos casos de HIV no Brasil são diagnosticados já em estágio avançado.

Sífilis
O exame para detecção é semelhante ao de HIV - também realizado por teste sorológico, que uma busca por anticorpos no sangue. De acordo com a Dra. Ligia Pierrotti, o diagnóstico da doença é feito tardiamente, porque na maioria dos casos os pacientes que tiveram contato com a sífilis não percebem a doença, visto que a  “lesão primária se manifesta como uma ferida indolor”, , explica.

Hepatites B e C
Para detectar as hepatites B e C há dois tipos de exames: a sorologia, e o teste molecular, que identifica o material genético do vírus no sangue, positivo a partir do primeiro dia de infecção.

Para Ligia Pierrotti, a recomendação do CFM possibilitará o acesso ao diagnóstico das Doenças Sexualmente Transmissíveis para um maior número de pacientes, possibilitando as medidas de tratamento e manejo adequadas para a prevenção das complicações dessas doenças. Como doenças muitas vezes assintomáticas, o diagnóstico das Doenças Sexualmente Transmissíveis é possível apenas por testes laboratoriais. Além disso, “detectar a doença no seu início é importante também para o início precoce do tratamento e diminuição do risco de transmissão. Mas vale ressaltar que, independentemente do resultado, “a prevenção de toda doença sexualmente transmissível, pela prática do sexo seguro, é essencial”.



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