terça-feira, 29 de março de 2016

Bioinseticida é boa alternativa na luta contra o Zika vírus, diz Biólogo





Além do uso de mosquitos transgênicos, mosquitos irradiados e de bactérias para o controle do mosquito, um dos investimentos na luta contra o Aedes aegypti, na tentativa de barrar o avanço especialmente do Zika vírus no país, tem sido o desenvolvimento de bioinseticidas. A Embrapa, por exemplo, está trabalhando no desenvolvimento do Inova-Bti, um líquido que pode ser adicionado em qualquer lugar que acumule água ou que tenha potencial para se tornar um criadouro do mosquito, causando a morte das larvas do Aedes aegypit e sem oferecer qualquer risco às pessoas ou a animais domésticos.
            
“É importante que se invista ainda mais nessa área, primeiro pela necessidade de se chegar logo a uma solução para esse grave problema que estamos enfrentando no país, com a formação de uma geração de microcefálicos. Depois, já temos uma boa experiência com o desenvolvimento e uso de inseticidas biológicos especialmente no combate a pragas agrícolas. E se temos instituições capacitadas trabalhando nesse sentindo e obtendo resultados importantes no combate ao Aedes aegypit, devemos dar atenção aos avanços”, diz o Biólogo Celso Luiz Marino, membro do CRBio-01 – Conselho Regional de Biologia – 1ª Região (SP, MT e MS).
           
 Marino explica que os inseticidas biológicos são produzidos à base de microrganismos entomopatogênicos, que são encontrados em abundância na própria natureza e são nocivos apenas contra ácaros e insetos. “Esses patógenos vivem ou se alimentam dentro de um inseto hospedeiro, causando doenças nos mesmos e, consequentemente, sua morte”, completa o Biólogo do CRBio-01. Considerando a existência de 2,5 milhões de espécies de insetos e que cada um tem um microrganismo associado, é enorme a possibilidade de controle de pragas com o uso de inseticidas biológicos.
          
  Porém, enquanto ainda não se chega a uma solução eficaz no combate ao Aedes aegypit, o melhor controle está ainda na prevenção, em destruir possíveis criadouros do mosquito. “É preciso que a população redobre a atenção para evitar água parada em vasos, garrafas, pneus ou quaisquer outros objetos que favoreçam o acúmulo de água”, lembra o Biólogo. Além disso, ele sugere ainda a aplicação de telas em portas e janelas, mosqueteiros sobre a cama e o uso de repelentes para se proteger do mosquito.

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