sábado, 6 de dezembro de 2025

happn revela as 5 tendências globais que irão redefinir os relacionamentos em 2026

Pesquisa global mostra que solteiros estão superando a desilusão amorosa, com 38% dos brasileiros expressando uma "esperança renovada" no amor

 

Após um período de desilusão com relacionamentos, o amor está de volta em 2026, com os solteiros começando a sonhar mais uma vez com histórias sinceras e baseadas na realidade. O romance está voltando, mas de uma forma mais lúcida, valorizando gestos simples, atenção genuína e relacionamentos claros. Essa renovação é marcada por uma abordagem mais consciente do amor, enfatizando o diálogo aberto, a transparência e a equidade.

 

No Brasil, esse otimismo é claro, com 38% dos solteiros expressando uma "esperança renovada" no amor, embora 58% digam preferir se manter realistas. Apresentando o Trendbook 2026, o aplicativo de namoro da vida real happn revela as cinco principais mudanças que irão moldar o cenário dos relacionamentos no próximo ano. O estudo foi realizado com 6.500 usuários do happn do Brasil, França, Índia, Holanda, Noruega, Argentina, Turquia e Reino Unido.

 

1. Amor Nostálgico


Solteiros estão superando a cultura do "contatinho" e abraçando um romantismo mais sincero, impulsionado pelo renascimento das comédias românticas

Em 2026, os solteiros já cansaram da cultura da ficada e dos sinais confusos, optando por se reconectar com uma forma de romance mais sincera. Esta tendência não é sobre nostalgia do passado, mas sim sobre reinventar o futuro dos relacionamentos com um romantismo lúcido, priorizando a sinceridade em vez da perfeição. Uma das principais razões para isso é a cultura pop, com o ressurgimento das comédias românticas e os reality shows de namoro se tornando laboratórios sociais que os solteiros adoram acompanhar.

 

No happn, 46% dos usuários globalmente querem se deixar levar pelo amor, mas estão determinados a ficar de olho, com uma pitada de realismo também. Este otimismo é particularmente alto no Brasil, que, juntamente com a Turquia, apresenta os níveis mais altos de otimismo.

 

2. Aliados em Ascensão


Os homens estão recuperando a abertura emocional, com os solteiros valorizando o respeito genuíno e a igualdade, ao mesmo tempo em que se mantêm cautelosos com o ativismo performático.

 

Esta tendência sinaliza uma mudança cultural à medida que os homens se permitem adentrar o espaço emocional do amor, desafiando a masculinidade tóxica e promovendo um modelo mais sensível e respeitoso. Em aplicativos de namoro, respeito, consentimento e igualdade são uma das principais green flags, com 49% dos usuários globalmente considerando as atitudes em relação à igualdade de gênero como um critério essencial ou um valor importante. No entanto, especialmente as mulheres solteiras, estão atentas ao “homem feministo”, já que 49% delas dizem que continuam cautelosas com discursos excessivamente performáticos, vistos como oportunistas ou interesseiros.

 

Para os solteiros brasileiros, 60% consideram importante a opinião do Crush sobre feminismo e igualdade de gênero. No entanto, mais uma vez, 47% dos brasileiros suspeitam de "aliados" que monopolizam a conversa, preferindo o exemplo genuíno em vez de meros sinais políticos.

 

3. “Situationship” com IA


A IA está se tornando uma ferramenta de treinamento emocional para solteiros, embora muitos ainda questionem se a proximidade digital pode coexistir com a intimidade na vida real.

Com o aumento dos “companheiros de IA”, os solteiros estão utilizando da tecnologia como uma forma de treinamento emocional, servindo como espelhos emocionais, ajudando a testar emoções e a entender melhor as suas necessidades – não para substituir as conexões humanas. De acordo com a pesquisa do happn, uma em cada duas pessoas globalmente aceitaria que seu Crush tivesse um vínculo próximo com uma IA, mas essa dinâmica ainda é complexa: 41% dos usuários admitem que se sentiriam incomodados – por que falar com uma IA em vez de com a pessoa que você ama?

 

No Brasil, os solteiros estão divididos quanto a essa aceitação: enquanto metade deles diz que aceitaria que um Crush tivesse um relacionamento próximo com uma IA, não vendo isso como uma ameaça, a outra metade diz que se sentiria desconfortável (42%) e consideraria isso traição emocional (8%). Essa estranheza pode ser devido ao fato de que 78% dos brasileiros limitam o uso de IA apenas para conversas curtas e assistência na escrita, e não para relacionamentos.

 

4. Preço do Amor


A pressão econômica está impactando também os relacionamentos, mesmo com os brasileiros divididos entre a transparência financeira e tabus culturais de longa data.

A incerteza econômica, com inflação, disparidade salarial e custos sociais de gênero, agora também impacta a dinâmica da atração, com as conversas sobre o dinheiro surgindo mais cedo nos relacionamentos. Globalmente, tendências crescentes como o "salary talk" (conversa sobre salário) e o "loud budgeting" (declarar os limites financeiros antecipadamente) promovem a honestidade e a transparência.

 

No entanto, discutir finanças no Brasil é complexo e um tabu: culturalmente, ninguém deve saber o seu salário ou despesas, com 44% dos usuários brasileiros acreditando que amor e finanças não devem ser misturados. Além disso, 61% deles também acreditam que os homens devem pagar a conta nos encontros, como uma questão de cavalheirismo. Sendo assim, a barreira financeira é real: 48% dos brasileiros já desistiram de um encontro por motivos financeiros.

 

5. Sex Care


A sexualidade está cada vez mais no território do bem-estar e da autoconexão, com os solteiros priorizando a intimidade consciente em vez da performance.

A sexualidade é agora parte da rotina de bem-estar, se desvinculando da performance para se alinhar aos princípios de autocuidado, cada vez mais consciente, ética e, por vezes, mais individual. Esta mudança é ilustrada pelo aumento da masturbação como forma de regulação emocional e autoconexão: quase uma em cada cinco pessoas em todo o mundo pratica regularmente. O que antes era visto como um tabu, é agora uma forma de os solteiros aliviarem a carga mental e recuperarem o próprio controle.

 

Embora a frequência sexual esteja diminuindo, a satisfação está maior: globalmente, 45% das mulheres e 39% dos homens dizem estar muito satisfeitos com as suas vidas sexuais. No Brasil, 52% dos solteiros afirmam se masturbar ocasionalmente, e 63% preferem uma abordagem minimalista à intimidade a solo, precisando apenas de si mesmos. Esta mudança reflete uma busca por equilíbrio onde a intimidade se torna um espaço mútuo de atenção, confiança e autoconsciência. 

“Em 2026, os solteiros estão rejeitando maus entendidos e o esgotamento do 'swiping' interminável, exigindo um amor mais consciente. À medida que superam a desilusão, a clareza, a comunicação aberta e os valores partilhados são, mais do que nunca, bases inegociáveis para relacionamentos sólidos,” diz Karima Ben Abdelmalek, CEO e Presidente do happn.



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