quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Queda na vacinação reacende risco de surtos de sarampo, coqueluche e meningite.

Foto: Rádio Tropical
Infectologista Dr. Klinger Faico alerta que a baixa adesão às vacinas pode trazer de volta doenças antes controladas no Brasil.

 

A queda nas taxas de vacinação no Brasil tem reacendido o alerta para o retorno de doenças que já estavam sob controle, como: coqueluche, sarampo e meningite. Especialistas em infectologia reforçam que a imunização continua sendo a forma mais eficaz de prevenção e uma ferramenta essencial para proteger toda a população. 

Dados recentes do Ministério da Saúde revelam que a cobertura vacinal infantil está abaixo do patamar recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de pelo menos 95% do público-alvo. A baixa adesão abre caminho para a reemergência de surtos de doenças graves, algumas com risco de complicações fatais. 

“O cenário é preocupante. Estamos vendo o retorno de enfermidades que estavam praticamente eliminadas do Brasil. Isso não acontece por acaso, mas porque a cobertura vacinal caiu de forma expressiva nos últimos anos. Vacina é proteção coletiva, quando menos pessoas se vacinaram, todos ficam vulneráveis.”, afirma o médico infectologista Dr. Klinger Soares Faico Filho. 

Entre as doenças que voltam a ameaçar, a coqueluche, conhecida como “tosse comprida", e ser especialmente grave em bebês, provocando crises intensas, pneumonias e até óbitos. O sarampo, além das manchas vermelhas características, pode levar a complicações como pneumonia e encefalite. Já a meningite é uma infecção que pode evoluir rapidamente, causando sequelas neurológicas graves ou até mesmo a morte. 

“Essas doenças não desapareceram do mundo. Elas voltam a circular quando damos espaço, e isso acontece justamente quando deixamos de vacinar. É fundamental que pais e responsáveis levem crianças e adolescentes aos postos de saúde para atualizar a carteira de vacinação”, reforçou o infectologista. 

O especialista lembra ainda que as vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguras, gratuitas e amplamente testadas. 

“Cada dose aplicada protege não apenas a pessoa vacinada, mas também sua comunidade. É uma responsabilidade social.”, concluiu Dr. Klinger Faico.

 

Dr. Klinger Soares Faico Filho - médico infectologista, com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Infectologia. Doutor em Infectologia pela UNIFESP e MBA em Gestão em Saúde, atua no diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas como HIV, hepatites virais e ISTs. É CEO da plataforma de educação médica InfectoCast, professor universitário da UNIFESP e fundador da Consultoria IRAS, dedicada ao controle de infecção hospitalar.



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