Infectologista Dr. Klinger
Faico alerta que a baixa adesão às vacinas pode trazer de volta doenças antes
controladas no Brasil.
Foto: Rádio Tropical
A queda nas taxas de vacinação no Brasil tem reacendido o alerta
para o retorno de doenças que já estavam sob controle, como: coqueluche,
sarampo e meningite. Especialistas em infectologia reforçam que a imunização
continua sendo a forma mais eficaz de prevenção e uma ferramenta essencial para
proteger toda a população.
Dados recentes do Ministério da Saúde revelam que a cobertura
vacinal infantil está abaixo do patamar recomendado pela Organização Mundial da
Saúde (OMS), de pelo menos 95% do público-alvo. A baixa adesão abre caminho
para a reemergência de surtos de doenças graves, algumas com risco de
complicações fatais.
“O cenário é preocupante. Estamos vendo o retorno de enfermidades
que estavam praticamente eliminadas do Brasil. Isso não acontece por acaso, mas
porque a cobertura vacinal caiu de forma expressiva nos últimos anos. Vacina é
proteção coletiva, quando menos pessoas se vacinaram, todos ficam
vulneráveis.”, afirma o médico infectologista Dr. Klinger Soares Faico Filho.
Entre as doenças que voltam a ameaçar, a coqueluche, conhecida como “tosse comprida", e ser especialmente grave em bebês, provocando crises intensas, pneumonias e até óbitos. O sarampo, além das manchas vermelhas características, pode levar a complicações como pneumonia e encefalite. Já a meningite é uma infecção que pode evoluir rapidamente, causando sequelas neurológicas graves ou até mesmo a morte.
“Essas doenças não desapareceram do mundo. Elas voltam a circular quando damos espaço, e isso acontece justamente quando deixamos de vacinar. É fundamental que pais e responsáveis levem crianças e adolescentes aos postos de saúde para atualizar a carteira de vacinação”, reforçou o infectologista.
O especialista lembra ainda que as vacinas oferecidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) são seguras, gratuitas e amplamente testadas.
“Cada dose aplicada protege não apenas a pessoa vacinada, mas
também sua comunidade. É uma responsabilidade social.”, concluiu Dr. Klinger
Faico.
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