Veterinária traz orientações sobre o
tema e dicas ligadas à prevenção
A campanha de maio amarelo foi criada para combater e
conscientizar sobre as doenças renais. Elas são responsáveis por acometer uma
parcela significativa da população pet, de acordo com dados do Programa de
Cuidados ao Paciente Crônico da Petlove, 27% dos animais crônicos, acompanhados
pela iniciativa, possuem doença renal crônica. Nesse sentido, conheça dicas e
orientações veterinárias para gerar maior qualidade de vida ao pet.
Joana Portin, médica-veterinária elenca as funções de um rim saudável, ela explica que eles devem filtrar e remover substâncias tóxicas, filtrar o sangue, controlar a pressão arterial, produzir enzimas e hormônios, auxiliar na produção de células sanguíneas (como os glóbulos vermelhos) e auxiliar no crescimento e manutenção dos ossos.
Segundo a médica-veterinária da Petlove, os animais que possuem a
doença crônica podem apresentar sintomas variados, mas que
alguns deles são mais comuns. “O emagrecimento gradual acompanhado de perda de
apetite, halitose, aumento da produção de urina, podendo muitas vezes
apresentar mais clara que o habitual e em alguns casos com sangue. Diarréia e
vômito também podem fazer parte deste quadro, assim como comportamentos
atípicos na caixa de areia ou tapete higiênico. Ainda, a desidratação, o hálito
urêmico (odor forte de ureia na boca) e úlceras na boca podem sinalizar
situações mais graves. Em todos estes casos, deve-se procurar um
médico-veterinário para um acompanhamento profissional”, indica a especialista.
A doença renal também pode se manifestar de forma
aguda, neste caso sendo causada por intoxicações,
infecções e inflamações graves, doenças de trato urinário inferior ou superior
(como cálculos urinários e/ou obstruções das vias urinárias) e algumas doenças
virais. A doença aguda traz sinais mais intensos e emergenciais, como
prostração, desidratação severa, vômitos, diarréias, urina com sangue em alguns
casos. Se não reconhecida e tratada em ambiente hospitalar, pode levar a óbito
em pouco tempo.
Para prevenir doenças renais, Joana Portin
recomenda que o pet realize consultas de check-up com regularidade, já que a
descoberta precoce, desacelera a progressão da doença crônica. “A hidratação
adequada, com oferta de água limpa e fresca, alimentação de boa qualidade, além
de exercícios físicos como brincadeiras e passeios podem reduzir as chances do
pet contrair a doença”, pontua.
Para auxiliar o pet a beber água, especialmente os cães que não possuem o hábito e gatos que, culturalmente, não realizam a ingestão adequada, a veterinária da Petlove indica que os tutores devem deixar potes com água espalhados em diferentes espaços da casa. “Em dias mais quentes, pedras de gelo podem estimular o pet a beber água. Ainda, fontes de água podem gerar maior aderência”, orienta.
Os felinos são os que mais desenvolvem a doença
renal crônica, a prevalência da enfermidade na espécie chega a ser de 30% em
gatos com mais de 15 anos, de acordo com estudo publicado pelo Centro Médico de
Minnesota, nos Estados Unidos. Joana Portin recomenda que, na espécie felina, além do estímulo
hídrico, a limpeza de caixa de areia também entre como um dos principais fatores
de prevenção.
“O fato dos gatos reterem a urina devido a caixa de areia estar suja, predispõe muito o desenvolvimento da doença, portanto, manter o espaço sempre limpo, e se possível ter mais de uma caixa, é um dos pontos simples e de maior significado da prevenção de doenças renais e também de enfermidades do trato urinário em geral. Ainda, a escolha da areia também pode ajudar na prevenção, prefira opções mais claras, sem perfume e que não levantem pó/poeira, deste modo, você estará trazendo mais conforto para o gato e evitando que ele retenha urina”, afirma a especialista.
A profissional da Petlove explica que as raças de cães mais
acometidas são: Beagle, Cocker, Lhasa Apso, Maltês, Pastor Alemão, Poodle,
Dachshund, Pinscher, Shih-Tzu, Schnauzer. “No caso dos gatos são Siamês, Maine
Coon, Persa, Abissínio, Azul Russo e Burmese”, conclui.
Por fim, segundo a veterinária, embora os felinos sejam mais
comumente acometidos, são a espécie que melhor convive com a enfermidade,
podendo viver anos, desde que recebam acompanhamento e tratamento adequados.
“Já os cães, uma vez diagnosticados, sofrem mais para estabilizar a doença,
que, nessa espécie, progride um pouco mais rapidamente”, ressalta.
Petlove&Co
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