sexta-feira, 30 de maio de 2025

Cigarro faz mal também para os pets: entenda os riscos do tabagismo passivo para animais de estimação

No Dia Mundial Sem Tabaco, especialista da Cobasi alerta sobre os riscos do tabagismo passivo para pets
 

No Dia Mundial Sem Tabaco, celebrado em 31 de maio, especialistas alertam para um tema pouco discutido, mas que merece atenção: os perigos do tabagismo para os animais de estimação. A exposição frequente à fumaça do cigarro transforma cães, gatos e outros pets em fumantes passivos, trazendo riscos sérios à saúde. 

“Os danos são tão graves quanto os enfrentados por humanos. A nicotina, por exemplo, é extremamente tóxica para os animais de companhia e pode desencadear problemas imediatos e crônicos”, explica Lysandra Guidi, médica veterinária e analista de Educação Corporativa da Cobasi. 

Todas as espécies domésticas podem ser afetadas: cães, gatos, aves, roedores e até peixes. No entanto, os gatos estão entre os mais vulneráveis. “Eles se lambem com frequência e acabam ingerindo partículas tóxicas que se acumulam nos pelos, na pele e no ambiente. Isso eleva muito o risco de doenças, inclusive câncer”, alerta a especialista. 

Os danos à saúde dos pets incluem desde doenças respiratórias — como bronquite, asma, pneumonia e tosse persistente — até problemas neurológicos, cardiovasculares, irritações de pele e mucosas e diferentes tipos de câncer. 

Mas os riscos não vêm apenas da fumaça. Bitucas e cigarros largados em locais acessíveis podem causar intoxicações graves se ingeridos, sem contar as cinzas e pontas acesas, que oferecem risco de queimaduras e irritações. Além disso, os resíduos tóxicos do cigarro se fixam em superfícies da casa, roupas e até na pele dos próprios animais, contaminando o ambiente em que eles vivem. 

Para proteger os pets, tutores fumantes devem adotar cuidados simples, mas importantes. “Evite fumar perto dos animais, especialmente em ambientes fechados como casa e carro. Após fumar, higienize as mãos, troque de roupa e mantenha o ambiente sempre limpo, com atenção especial para tapetes, cortinas e estofados”, recomenda a veterinária. 

Alguns sinais de que o pet pode estar sofrendo com a exposição à fumaça incluem dificuldade para respirar, tosse, olhos lacrimejantes, cansaço excessivo, salivação intensa, vômitos e até alterações comportamentais, como apatia ou irritabilidade. Em aves, é comum observar respiração de bico aberto. 

“Se o tutor notar qualquer mudança incomum no comportamento ou na saúde do animal, deve procurar um médico veterinário imediatamente e informar sobre a presença de fumantes no ambiente. Esse detalhe pode ser essencial para um diagnóstico mais rápido e preciso”, finaliza Lysandra.
  

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