Combinando tecnologia, gamificação
e personalização, plataformas como a NeuronUP tornam as sessões mais dinâmicas,
acessíveis e efetivas, sendo importantes aliadas da atuação do profissional de
saúde 
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A tecnologia vem sendo uma peça-chave para a evolução e tratamento das pessoas. De acordo com artigo científico publicado na Nature, o uso de tecnologias digitais de saúde, como sensores e dispositivos vestíveis (wearables), para a coleta de dados em ensaios clínicos, apresentou um crescimento médio de 39% ao ano entre 2010 e 2020. Esse movimento reflete a crescente integração entre saúde e tecnologia, especialmente em áreas como a neurologia. Mas como ela auxilia a terapia cognitiva?
A neuropsicóloga da multinacional espanhola
de reabilitação cognitiva NeuronUP, Martha Valeria Medina Rivera, explica como
os jogos digitais podem ser grandes aliados de profissionais de saúde e
pacientes. Segundo ela, os jogos digitais vêm ganhando espaço como ferramentas
de intervenção em distúrbios neurocognitivos devido à sua capacidade de tornar
o processo terapêutico mais dinâmico e engajador. “Atividades tradicionais
podem ser vistas como monótonas e desmotivadoras pelos pacientes. Já os jogos
digitais oferecem feedback imediato, desafios ajustáveis e recompensas,
elementos que estimulam a participação ativa e mantêm o engajamento ao longo do
tratamento”, destaca.
Martha explica ainda que essas ferramentas
são indicadas em casos como demência, Acidente Vascular Cerebral (AVC), Transtorno
do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista
(TEA), entre outras condições, mas também podem ser aplicadas de forma
preventiva para manter a saúde cognitiva em idosos e adultos saudáveis.
Benefícios
para pacientes e profissionais
Além de aumentar o engajamento do paciente,
de acordo com a especialista a gamificação permite que as terapias sejam
realizadas remotamente, o que amplia o acesso a pacientes com mobilidade
reduzida ou que vivem em regiões afastadas de centros especializados. Desta
forma, para os profissionais, o uso desse tipo de ferramenta como a NeuronUP
facilita a organização de sessões, personalização de atividades e o
acompanhamento dos resultados, otimizando o tempo clínico e reduzindo custos com
materiais físicos. “A plataforma permite ajustar a dificuldade das tarefas de
forma personalizada e automática, garantindo que o paciente esteja sempre em um
nível de desafio adequado à sua capacidade e necessidade. Isso evita
frustrações ou desinteresse, tornando a terapia mais efetiva”, explica
Martha.
A eficácia da gamificação no contexto da
saúde é respaldada por diversas pesquisas E uma série de outros estudos
demonstram benefícios em crianças com TDAH, autismo, idosos com Alzheimer e em
populações com sequelas pós-COVID-19. Porém, é sempre importante entender a
eficácia de cada solução, sabendo por exemplo se há reconhecimento
profissional. No caso da NeuronUP, há publicações científicas em revistas
internacionais que validam sua eficácia em diferentes grupos clínicos, como
pacientes com esclerose múltipla, doença de Huntington e comprometimento
cognitivo leve.
Tecnologia
como aliada
Embora a gamificação traga vantagens
expressivas, Martha reforça que as ferramentas digitais não substituem o papel
do profissional de saúde. “O olhar clínico, a escuta ativa e o acompanhamento
humano seguem insubstituíveis. As tecnologias devem ser vistas como aliadas,
potencializando o trabalho dos profissionais e enriquecendo o processo
terapêutico, sem abrir mão da qualidade da atuação humana”, completa.
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