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Nos últimos anos, o Brasil
tem demonstrado avanços significativos no combate ao fumo. De acordo com os
dados mais recentes do Vigitel 2023 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção
para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), a proporção de adultos
fumantes passou de 15,7% em 2006 para 9,3% em 2023, representando uma queda de
aproximadamente 40% nesse período — uma redução importante em relação às
décadas anteriores, mas que ainda representa um desafio para a saúde pública.
O tabagismo é um dos
principais fatores de risco evitáveis para diversas doenças crônicas não
transmissíveis. Estima-se que 90% das mortes por câncer de pulmão estejam
relacionadas ao uso do cigarro. Além disso, fumar aumenta consideravelmente o
risco de doenças cardiovasculares, como infarto e acidente vascular cerebral, e
contribui para doenças respiratórias graves, como bronquite crônica e enfisema
pulmonar.
A ameaça crescente dos
cigarros eletrônicos entre os jovens
Apesar dos avanços no
combate ao tabagismo tradicional, o uso de cigarros eletrônicos, também
conhecidos como vapes, tem se tornado uma preocupação crescente, especialmente
entre os jovens. Uma pesquisa da Universidade Federal de Pelotas revelou que um
em cada cinco jovens brasileiros consome cigarros eletrônicos, sendo mais
popular entre aqueles de 18 a 24 anos .
Os cigarros eletrônicos são
frequentemente comercializados como alternativas mais seguras ao cigarro
convencional, mas estudos indicam que eles também apresentam riscos
significativos à saúde. O uso desses dispositivos está associado ao surgimento
de câncer, doenças respiratórias e cardiovasculares, como infarto, morte súbita
e hipertensão arterial. Além disso, há a possibilidade de contrair a doença
pulmonar chamada EVALI (lesão pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro
eletrônico ou vaping), cujos sintomas incluem tosse, dor torácica, dispneia,
dor abdominal, náuseas, vômitos, diarreia, febre, calafrios e perda de peso.
A exposição à nicotina
através dos cigarros eletrônicos pode afetar o desenvolvimento emocional e
cognitivo dos adolescentes, além de aumentar os riscos de infarto do miocárdio,
acidentes vasculares cerebrais (AVCs), disfunção erétil e problemas no aparelho
reprodutor .
Importância do
acompanhamento médico para cessação do tabagismo
A
dependência da nicotina pode causar efeitos psicológicos significativos, o que
torna fundamental o acompanhamento médico para aumentar as chances de sucesso.
“A orientação médica oferece suporte adequado e aumenta as chances de sucesso
na cessação do tabagismo”, destaca o Dr. Pedro Pina Coelho, médico da Amparo
Saúde, empresa do Grupo Sabin. “Com orientação especializada, é possível adotar
estratégias personalizadas, como terapias comportamentais, uso de medicamentos
e monitoramento dos sintomas de abstinência, promovendo uma transição mais
segura e sustentável para uma vida livre do cigarro”, conclui.

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