O câncer de colo do útero é o tipo de câncer que mais
mata mulheres até os 36 anos de idade no Brasil, e o segundo em mulheres até os
60 anos. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que aproximadamente 19
mulheres morrem diariamente no Brasil em decorrência do câncer de colo do
útero, e para 2025, são esperados 17 mil novos casos.
Cerca de 99% dos casos de câncer do colo de útero estão
relacionados à infecção pelo Papilomavírus Humano, o HPV.
Um estudo global de meta-análise realizado em 5 continentes
com mais de 1 milhão de mulheres com resultados citológicos normais trouxe à
tona dados significativos e alarmantes sobre a prevalência do HPV, sugerindo
que a infecção por esse vírus apresenta picos significativos em duas fases
distintas da vida das mulheres: antes dos 25 anos e após os 45 anos de idade.
De acordo com a meta-análise, a prevalência global do HPV
entre as participantes do estudo foi de 11,7%, com variações significativas
conforme a região geográfica e a faixa etária. No primeiro pico de infecção
pelo HPV em mulheres, as jovens de até 25 anos de idade apresentaram uma taxa
de infecção de 24%. A prevalência do HPV tem uma queda nas mulheres de
meia-idade, e volta a aumentar em mulheres acima dos 45 anos de idade, quando a
prevalência pode chegar a 10%.
Esse segundo pico pode ser atribuído a diversos fatores, incluindo a diminuição da imunidade com a idade e a falta de triagens regulares, como o Papanicolau, que são essenciais para a detecção precoce de alterações cervicais relacionadas ao HPV. Essa informação desafia a crença comum de que o risco diminui com a idade, sublinhando a importância do rastreamento contínuo e da conscientização sobre o HPV mesmo em idades mais avançadas.
O câncer de colo do útero é uma doença prevenível por meio de vacinação contra o HPV, realização de exames preventivos e tratamento adequado de lesões pré-cancerígenas, e esses dados reforçam a necessidade de estratégias abrangentes de prevenção e conscientização em todas as idades.
O combate ao HPV é um desafio contínuo, e a
conscientização e a educação são peças-chave para proteger a saúde das mulheres
em todas as etapas da vida.
MSD no Brasil
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