quinta-feira, 13 de março de 2025

Especialistas alertam para a importância de cuidar dos rins

Dia Mundial do Rim, celebrado nesta quinta-feira, 13 de março, visa conscientizar a população sobre a saúde renal no dia a dia

 

Na próxima ida ao médico para a consulta de rotina ou check-up anual, que tal incluir na receita de exame de sangue a dosagem de creatinina e, ainda, o exame de urina, para verificar se os seus rins estão filtrando e funcionando bem? Juntos, esses procedimentos oferecidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e disponíveis em todos os laboratórios podem mudar o panorama da saúde renal do Brasil, onde 20 milhões de pessoas - 10% da população - trata de alguma doença renal crônica (DRC) e 155 mil dependem de sessões de hemodiálise, segundo dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN).

Segundo o médico nefrologista do Hospital Evangélico de Belo Horizonte (HE), mestre em Pesquisa Clínica pela Universidade de Dresden, membro da Sociedade Americana de Nefrologia (FASN) e pesquisador, Tiago Cerqueira, o alerta da SBN para o Dia Mundial do Rim, celebrado neste ano em 13 de março, é mais um convite para que as pessoas adotem uma postura atenta em relação à saúde renal. A campanha é mundial e realizada há 19 anos para conscientizar a população sobre o risco das doenças renais crônicas e divulgar formas de prevenção.

“O funcionamento dos rins é fundamental para que o indivíduo tenha uma boa qualidade de vida e possa fazer coisas simples como tomar água, nadar, jogar futebol ou vôlei, por exemplo”, destaca. Para aqueles que já enfrentam as sessões de hemodiálise, o transplante de rins é o melhor tratamento. Mesmo assim, o uso contínuo de medicamentos imunossupressores é necessário, bem como uma lista de cuidados que visa preservar o órgão.

Casos de glomérulo patologias (que comprometem a filtragem do sangue pelos rins), diagnósticos de doenças autoimunes, efeitos colaterais de tratamentos médicos, histórico familiar e doenças urológicas que impedem a saída da urina devem acender o sinal de alerta para a necessidade de um acompanhamento médico especializado.

Segundo o médico, duas doenças populares e que estão em crescimento no Brasil como diabetes e hipertensão também merecem a atenção dos pacientes diagnosticados para o tratamento, porque podem comprometer o funcionamento dos rins. “A avaliação da saúde renal também considera o contexto da saúde total do indivíduo. No caso de diabetes e hipertensão, a dosagem da creatinina e o exame de urina são realizados periodicamente, mas é preciso controlar essas doenças por meio da mudança de hábitos de vida”, ressalta.

 

Abordagem urológica

O tratamento de doenças urológicas também é essencial para o bom funcionamento dos rins. O médico urologista do Hospital Evangélico, Arilson de Souza Carvalho Júnior, ressalta que essa especialidade pode auxiliar na prevenção de doenças renais crônicas em homens e mulheres. Dessa forma, tratar casos de cálculo renal, má formação congênita, obstrução urinária causada pelo crescimento da próstata ou por outros fatores e de bexiga neurogênica, entre outras, está no escopo do atendimento desse profissional que também atua para preservar a função dos rins.

“Na abordagem da urologia, o ultrassom do sistema urinário é um exame de imagem que permite avaliar a anatomia dos órgãos e se eles estão funcionando bem. Quando há alterações, se detectadas logo no início, é possível fazer correções cirúrgicas que evitarão casos de insuficiência renal no futuro”, detalha.

Referência na especialidade de Nefrologia para o Sistema Único de Saúde (SUS) em Minas Gerais, o HE tem três unidades de atendimento em Belo Horizonte e Contagem, com mais de 3 mil pacientes em tratamento. A estrutura inclui três laboratórios de diagnóstico para exames preventivos, instalados na unidade hospitalar do bairro Serra, no Centro de Especialidades Médicas (CESP) e também na unidade de Nefrologia de Contagem.  

 

HE – Hospital Evangélico de Belo Horizonte


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