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O perigo da banalização está na falta de clareza entre sintomas naturais da vida e transtornos mentais reais. Envato |
Nos últimos anos, a discussão sobre saúde mental tem ganhado cada
vez mais espaço, o que é essencial para a conscientização e redução do estigma.
No entanto, esse aumento na visibilidade também trouxe um efeito colateral
preocupante: a banalização dos diagnósticos. Termos como “ansioso”, “deprimido”
e “bipolar” são frequentemente usados de maneira genérica, muitas vezes sem um
real entendimento de seus significados clínicos. Esse fenômeno pode levar a
interpretações equivocadas e dificultar o acesso ao tratamento adequado para
quem realmente precisa.
Segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se
que cerca de 280 milhões de pessoas no mundo sofrem de depressão, e mais de 300
milhões convivem com transtornos de ansiedade. No entanto, especialistas
alertam que o aumento no uso desses termos na internet e redes sociais nem
sempre reflete diagnósticos reais. Uma pesquisa realizada pela Universidade
Estadual de Ohio apontou que 48% dos jovens entre 18 e 25 anos acreditam ter
algum transtorno mental, mas apenas 22% buscaram avaliação profissional.
Esse contraste mostra o impacto da desinformação e a importância de diferenciar
sofrimento emocional passageiro de condições de saúde mental que exigem
tratamento.
O perigo da banalização está na falta de clareza entre sintomas
naturais da vida e transtornos mentais reais. Sentir tristeza, frustração ou
insegurança diante de desafios faz parte da experiência humana e não significa
necessariamente uma condição clínica. Quando diagnósticos sérios são tratados
de forma superficial, há um risco tanto para aqueles que realmente precisam de
ajuda quanto para aqueles que podem ser levados a acreditar que têm uma doença
sem a devida avaliação profissional.
A psicóloga Jacqueline Sampaio, especialista em Saúde Mental pela USP e fundadora da Clínica Jacqueline
Sampaio Mental Health alerta para os riscos dessa
cultura de autodiagnóstico: “A facilidade de acesso à informação é uma
ferramenta poderosa, mas quando utilizada sem critérios, pode levar a equívocos
que impactam a forma como lidamos com nossas emoções. A busca por rótulos
rápidos pode impedir a verdadeira compreensão do que estamos sentindo e adiar o
tratamento adequado para quem realmente precisa.”
Se em algum momento, você sente que suas emoções estão confusas,
intensas ou difíceis de lidar, é natural que busque respostas com o artifício
da internet hoje em dia. Mas é importante lembrar que conteúdos de redes
sociais, por mais informativos que sejam, são generalistas, sem conseguir
considerar a singularidade de cada pessoa. Se deseja entender melhor o que
sente, buscar um especialista é a melhor maneira. Profissionais da área da
saúde mental, psicólogos e psiquiatras, estudam justamente para oferecer
suporte qualificado em situações de diagnóstico, como na construção do
autoconhecimento, essencial no entendimento dos sentimentos basais existentes
em cada pessoa. “Lidamos com o processo da ajuda e do diagnóstico de cada um ,
oferecemos um olhar acolhedor e ético para que cada um possa processar de
maneira saudável o que está sentindo”, completa Jacqueline.
Não entregue o seu
bem estar e saúde emocional e mental às receitas da internet. Sempre que
necessário busque ajuda especializada.
Jacqueline Sampaio - psicóloga e empresária, fundadora da Clínica Jacqueline Sampaio Mental Health, onde adota a abordagem Gestalt, focada no autoconhecimento e na superação de barreiras internas. Atualmente, atende pacientes em 17 países, oferecendo planos de terapia que variam de individuais a anuais. Especializada em Saúde Mental pela USP, em Psicologia pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e com aprofundamento em Motivação para o Sucesso na Harvard University, ela transformou desafios pessoais e profissionais em uma trajetória de sucesso. Saiba mais, aqui!
Instagram: jacquesuamente
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