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A participação feminina no mercado de investimentos
tem crescido de forma significativa nos últimos anos, impulsionada pela busca
por independência financeira e pela maior presença da mulher em tomadas de
decisão no lar e no trabalho. No entanto, elas ainda representam apenas 26,26%
dos investidores na B3, a Bolsa de Valores brasileira, segundo dados recentes.
Apesar do baixo percentual, o número de mulheres
investidoras cresceu 7% no último ano, demonstrando um interesse crescente pelo
mercado financeiro. A busca por conhecimento e a cautela são características
marcantes do perfil feminino, que tende a optar por investimentos mais
conservadores, como renda fixa e fundos de previdência.
“Isso acabou impulsionando uma presença feminina
maior na tomada de decisões, inclusive nos investimentos. E a própria busca por
crescimento, formação, experiência. Então, toda essa independência que a mulher
conquistou ao longo desses últimos anos acabou se refletindo em todas as áreas,
e o investimento financeiro é um exemplo, destaca Bruna Centeno, economista,
sócia e advisor na Blue3 Investimentos. A especialista sinaliza oito
dicas para mulheres que querem investir:
1. Inicie pela Educação Financeira
A educação financeira é a base para construirmos
uma vida mais segura e tranquila. Entender como lidar com o dinheiro é
essencial para todas as pessoas, especialmente para quem tem dificuldade em
poupar parte do salário para investir. O conhecimento financeiro permite que
você faça escolhas mais inteligentes e personalizadas, evitando cair em
armadilhas e modismos na internet que podem prejudicar seu patrimônio.
Portanto, comece buscando fontes confiáveis de aprendizado, como livros
renomados, cursos especializados e a orientação de profissionais
capacitados.
2. Defina seus Objetivos Financeiros
É preciso definir os objetivos financeiros e planejar todas as etapas. Sem um
objetivo claro, fica difícil construir uma estratégia eficiente de
investimentos. Reflita sobre o que você deseja alcançar: comprar um imóvel,
garantir uma aposentadoria confortável ou simplesmente aumentar sua renda
mensal. Estabeleça metas de curto, médio e longo prazo e escolha os ativos que
mais combinam com cada uma dessas fases. Um assessor de investimentos vai
avaliar seu perfil e seus objetivos e recomendar uma estratégia personalizada e
em conjunto com você. A clareza dos objetivos ajuda a manter o foco e a
disciplina nos aportes.
3. Reconheça seu perfil e opte por decisões
personalizadas
Conheça seu perfil de investidora e respeite seus
limites. Cada pessoa tem um nível diferente de tolerância ao risco. Mulheres,
de forma geral, tendem a ser mais cautelosas, mas é importante conhecer o seu
perfil para tomar decisões acertadas. Converse com um assessor de investimentos
para identificar se você é conservadora, moderada ou arrojada. Isso ajudará a
direcionar seus recursos para opções que estejam alinhadas com seu conforto e
objetivos.
4. Tenha uma Reserva de Emergência
Antes de pensar em investir, é fundamental ter uma
reserva de emergência que cubra imprevistos e situações inesperadas. Esse fundo
deve ser suficiente para manter suas despesas fixas por, pelo menos, seis a
doze meses, garantindo que você não precise recorrer a empréstimos ou se
desfazer de investimentos em momentos inoportunos. Prefira aplicar esse valor
em ativos seguros e de alta liquidez, como o Tesouro Selic ou CDBs, LCA e LCI
de liquidez diária e fundos pós-fixados de resgate imediato. São todas essas
opções quando o cliente precisa montar reserva de emergência e deixar recurso
em liquidez. Isso garante que o dinheiro estará disponível sempre que precisar,
sem perdas financeiras.
5. Diversifique seus Investimentos e reduza riscos
Colocar todo o seu dinheiro em uma única aplicação
pode ser muito arriscado. A diversificação é uma estratégia inteligente para
proteger seu patrimônio contra oscilações do mercado. Combine investimentos
conservadores, como renda fixa, com opções mais arrojadas, como ações e fundos
imobiliários, sempre respeitando seu perfil de investidora. Assim, você reduz
riscos e otimiza seus retornos ao longo do tempo.
6. Cautela e segurança
Dê prioridade à segurança no início e avance
conforme sua confiança e conhecimento adquirido. Começar pelos investimentos
mais conservadores pode ser uma forma de ganhar confiança no mercado
financeiro. Opte por produtos como Tesouro Direto e CDBs garantidos pelo FGC,
que têm risco baixo e boa rentabilidade. À medida que se sentir mais segura,
você pode diversificar sua carteira com ativos de renda variável, como ações e
fundos imobiliários, aproveitando o potencial de ganhos maiores no longo prazo.
7. Tenha um plano de aporte recorrente
Crie um plano de aporte recorrente e automatize
seus investimentos. Um dos maiores desafios é manter a constância nos aportes.
Para isso, estabeleça um valor mensal que caiba no seu orçamento e programe
transferências automáticas para seus investimentos. Mesmo que o valor seja
pequeno, o importante é criar o hábito e garantir que os recursos estejam
sempre aplicados, aumentando seu patrimônio gradualmente.
8. Monitore e reavalie seus investimentos
Monitore seus investimentos e faça ajustes quando
necessário. O cenário econômico pode mudar, assim como seus objetivos pessoais.
Por isso, acompanhe regularmente o desempenho da sua carteira e esteja pronta
para realizar ajustes, se necessário. Faça uma revisão pelo menos uma vez por
semestre para garantir que seus investimentos continuem adequados às suas
necessidades e expectativas.
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