Especialista em comunicação corporativa Juliana Algodoal dá 7 dicas de aprimoramento da habilidade comunicacional para quem planeja novos desafios na carreira
A evolução na carreira precisa ser acompanhada do
avanço na competência comunicativa. Afinal, a forma de se comunicar de um profissional
está, em vários aspectos, profundamente conectada com o papel que ele
desempenha no contexto organizacional.
Assim, quem já projeta o ano de 2025 almejando uma promoção tem de
estar atento a esta soft skill tão importante que é a habilidade de usar
a comunicação de forma inteligente. Por sinal, trata-se de um tipo de
aprimoramento a ser trabalhado continuamente, sob o preceito do lifelong
learning. “É uma competência que precisa ser desenvolvida sempre, ao longo
de toda a jornada da carreira”, ressalta a especialista em comunicação
corporativa Juliana Algodoal.
Particularmente para ocupar posições de liderança, a capacidade de
se comunicar requer características que amplifiquem e reverberem as mensagens a
ser transmitidas em níveis de penetração bem mais extensos e diversos. “A fala
do líder tem um impacto maior na estrutura organizacional”, diz Juliana
Algodoal.
A especialista destaca que “a competência comunicativa está
diretamente ligada à consciência da liderança sobre o papel que ela ocupa na
cadeia produtiva”. É o que chama de responsabilização sobre o impacto da
mensagem que esse líder transmite em sua fala.
Quanto mais o profissional sobe na hierarquia da organização, mais
o que ele comunica diz respeito não só a ele próprio, mas ao papel que representa.
Esse conteúdo tem ido muito além de conhecimentos técnicos, abrangendo linhas
de pensamento e de valores.
Planejamento, então, é fundamental para se comunicar, sobretudo à medida que a carreira é
trilhada níveis acima, e quem demonstra estar preparado para falar em nome de
uma marca ou empresa aumenta consideravelmente suas chances de ser promovido.
Dentro do escopo de preparação contínua da capacidade
comunicativa, Juliana Algodoal lista ações práticas para associar essa evolução
às progressões na carreira profissional:
1. Ler mais, sobre
diversos temas, o que ajuda a aumentar o vocabulário não só da linguagem em si,
mas de pensamento em geral;
2. Estabelecer uma rotina de autoavaliação,
analisando a performance em vídeos nas redes sociais, palestras e entrevistas,
para identificar gaps e pontos de melhoria especialmente em relação a
necessidades de um novo cargo que pretenda ocupar. Essa análise precisa ser
feita não como propósito de autocrítica, mas de efetivamente buscar oportunidades
de evolução, que devem ser exercidas por etapas – o ideal é escolher um tópico
de aprimoramento por vez;
3. Observar no dia a dia os momentos em que sua comunicação
não é compreendida e identificar as razões dessa falta de
entendimento. Ela pode se dar pela própria forma de se comunicar, que pode
estar inadequada para o público-alvo que se deseja atingir;
4. Atenção à linguagem corporal e à expressão
facial, que também fazem parte da comunicação. A modulação da
voz, bem como a velocidade da fala e a distribuição das pausas, são igualmente
importantes porque conferem emoções ao que está sendo dito, potencializando a
mensagem ou eventualmente prejudicando-a;
5. A estratégia de fazer boas perguntas
é crucial para uma comunicação efetiva e produtiva. Perguntas abertas, que se
valem da tríade como – o que – de que, abrem espaço para o interlocutor
desenvolver ideias e sinalizam um ambiente de coconstrução de soluções.
6. A ajuda de especialistas sempre é
bem-vinda, seja em cursos em grupo nas fases iniciais da carreira, em que o
convívio em turma na sala de aula ajuda no aprendizado inclusive a partir de
erros e acertos dos colegas, seja através de um acompanhamento individualizado,
que em geral é mais adequado para quem está em estágios mais avançados da
trajetória profissional. A competência comunicativa sempre pode ser revisitada,
de acordo com as metas que se pretende alcançar;
7. Pensar na competência comunicativa de forma autêntica e associada a valores pessoais. As comparações de evolução devem ser feitas a partir da própria performance ao longo do tempo, alcançando versões melhores de si mesmo. Outras pessoas podem ser inspiração para o processo de aprimoramento do próprio desempenho, mas o estilo e o caráter da comunicação são sempre muito individuais e únicos.
“A competência comunicativa muitas vezes está na sutileza”, diz
Juliana Algodoal. “Não é falar mais por mais tempo, é falar na hora certa, no
tempo certo, de maneira planejada e com objetivos claros. É posicionar-se com
estratégia”, sintetiza a especialista.
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