Conhecer seus genes e saber se você tem alguma predisposição genética pode ajudar na prevenção, mas também definir a melhor conduta médica para o paciente
O Dezembro Laranja,
campanha nacional de conscientização sobre o câncer de pele, traz um alerta
importante sobre o melanoma, o tipo mais agressivo da doença. Embora a
exposição ao sol seja o principal fator de risco para o melanoma, é fundamental
entender que o câncer também pode ter um componente genético. A hereditariedade
pode desempenhar um papel importante no surgimento de diversos tipos de câncer,
inclusive o melanoma, e a conscientização sobre isso é essencial.
Quando se fala em
câncer, uma das principais questões que os médicos investigam é o histórico
familiar do paciente. Afinal, muitas vezes a predisposição para a doença pode
ser passada de geração em geração. No entanto, é importante destacar que o
câncer, por si só, não é uma doença herdada de maneira direta. “O que ocorre é
que algumas pessoas possuem características genéticas que aumentam o risco de
desenvolver determinados tipos de câncer. Essas características podem ser
herdadas, configurando o que chamamos de câncer hereditário”, explica Rafael
Malagoli, CEO da Bioma Genetics.
A relação
genética no melanoma
A hereditariedade
do câncer ocorre quando uma pessoa herda uma predisposição genética que aumenta
a chance de desenvolver a doença. Em relação à herança, existe uma chance de
50% de uma pessoa herdar a predisposição genética para o câncer de um dos pais.
No entanto, essa predisposição não significa que a doença será necessariamente
desenvolvida. “O risco real de uma pessoa vir a ter câncer depende de diversos
fatores, como o tipo de gene envolvido e outros fatores ambientais”, pontua o
especialista.
Pessoas com
familiares próximos que tiveram melanoma ou outros tipos de câncer de pele
possuem um risco maior de desenvolver a doença. Isso ocorre porque mutações
genéticas, que podem ser passadas de pais para filhos, afetam a maneira como o
corpo responde à exposição solar e como as células da pele se protegem dos
danos causados pelos raios UV.
Como as
mutações genéticas estão relacionadas ao melanoma?
O nosso material
genético contém instruções que controlam a divisão e o crescimento celular.
Cada célula tem dois alelos para cada gene – um herdado de cada um dos pais.
Mutações patogênicas, que são alterações nos genes, podem resultar em falhas no
processo de reparo do DNA ou no controle do crescimento celular. Em alguns
casos, essas mutações podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento de
câncer, incluindo o melanoma.
A mutação nos
genes supressores de tumor, que são responsáveis por controlar o crescimento
celular, pode aumentar as chances de desenvolvimento do melanoma. Quando essa
mutação ocorre, o corpo pode ter mais dificuldades em controlar a divisão
celular e reparar danos ao DNA. Por isso, é essencial que pessoas com histórico
familiar de melanoma ou outros cânceres de pele realizem exames regulares de
detecção, além de adotar práticas preventivas, como o uso de protetor solar e o
evitar a exposição solar em horários de pico.
A boa notícia é
que, com o diagnóstico precoce, o melanoma pode ser tratado com sucesso. É
fundamental realizar autoexames regulares para verificar sinais suspeitos na
pele, como alterações nas pintas ou surgimento de novas lesões. Além disso,
consultas periódicas com dermatologistas, especialmente para quem tem histórico
familiar de câncer de pele, são essenciais para o acompanhamento e prevenção.
Em caso de dúvida
sobre a possibilidade de predisposição genética ao melanoma ou a outros tipos
de câncer, é recomendável buscar a orientação de um geneticista. Exames
genéticos podem identificar a presença de mutações que aumentam o risco de
câncer e possibilitar um acompanhamento mais rigoroso para a detecção precoce
da doença.
O Painel de Câncer
Germinativo mapeia variantes genéticas em 144 genes através da Metodologia NGS.
Além do melanoma, o painel mapeia a predisposição para Mama e Ovário, Próstata,
Próstata HRR, Colorretal, Gástrico, Pancreático, Cerebral, SNC, Renal, Trato Urinário,
Retinoblastoma, Tireoide, Neoplasia Endócrina Tipo 1 e 2 e Síndrome de
Li-fraumeni.
Bioma Genetics
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