quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Estudo inédito da Johnson & Johnson alerta para os desafios do diagnóstico e do tratamento da psoríase em peles não brancas

O VISIBLE aborda um tema pouco conhecido até mesmo para a classe médica, e que impacta a vida de milhares de pessoas: a falta de representatividade racial e étnica em estudos sobre psoríase
 

Doença crônica, imunomediada, sistêmica (que impacta todo o organismo), não contagiosa e que pode se tornar incapacitante se não tratada adequadamente, a psoríase atinge, em sua maioria, pessoas jovens - de 20 a 40 anos - em plena idade produtiva . No Brasil são mais de 2,6 milhões de pessoas que convivem com a doença que tem como características sintomas como prurido, dor, ardor, sensação de queimação, espessamento da pele e lesões que dificultam as atividades do dia a dia, a rotina do trabalho, os momentos de lazer e as relações sociais.

Mas ainda é desconhecido o contingente de pessoas de peles não brancas (pretas, pardas e asiáticas) que pode estar sofrendo com a condição há anos sem saber. “Na prática clínica observa-se que pessoas de pele não-branca levam até 3x mais tempo para o diagnóstico correto, o que pode representar décadas”, alerta o dermatologista Anderson Costa, especialista em pele negra. O que se sabe é que a doença é mais facilmente identificada em pessoas brancas porque o eritema, que é a vermelhidão da pele, é mais aparente nesses indivíduos. Isso pode tornar mais difícil para os profissionais de saúde identificarem áreas que estão ativamente inflamadas . “A diversidade limitada de tons de pele em estudos clínicos e a falta de treinamento na apresentação da doença em todos os tons de pele para profissionais de saúde podem afetar o diagnóstico da doença”, afirma o especialista.



VISIBLE: Estudo pioneiro

Para estimular o diálogo sobre esse tema e atender as necessidades de médicos e potenciais pacientes, a Johnson & Johnson acaba de divulgar dados inéditos do VISIBLE, estudo pioneiro que aborda a falta de inclusão e diversidade em ensaios clínicos e traz soluções para os desafios no diagnóstico precoce. Como parte do estudo, um dispositivo de colorimetria foi usado para avaliar os tipos de pele a partir da escala Fitzpatrick, a mais famosa classificação dos fototipos cutâneos que mostra de 1 a 6 a capacidade de cada pessoa em se bronzear, assim como, sensibilidade e vermelhidão quando exposta ao sol . Durante o estudo foram capturadas imagens de psoríase em placas moderada a grave nas seis classificações da escala para apresentar uma biblioteca abrangente de fotos reais de pacientes.

As manifestações da psoríase em peles não-brancas são diferentes das que ocorrem nas peles brancas. Por isso é comum que esse paciente, assim que consegue o diagnóstico, seja subtratado. “Por falta de dados, o especialista pode acabar classificando a doença como leve, quando na verdade ela pode já estar na fase moderada a grave. Principalmente na pele preta, onde as lesões são menos aparentes”, explica Dr. Anderson Costa e complementa, “as fotos em alta qualidade trazidas pelo VISIBLE vão ajudar na melhora da visualização das lesões e apoiar o treinamento dos profissionais de saúde na identificação em todos os tons de pele”.



Tratamento deve ser feito por toda a vida

Por ser uma doença crônica, o tratamento da psoríase precisa ser administrado durante toda a vida. Entre as terapias disponíveis estão as medicações tópicas (cremes e pomadas) e fototerapia (banhos de luz), as medicações orais e os medicamentos biológicos . Como opção terapêutica para os pacientes que apresentam psoríase de moderada a grave, cerca de 20% deles, os imunobiológicos chegaram como um grande avanço no tratamento da doença. Eles atuam em alvos específicos envolvidos no processo inflamatório, amenizando os sinais e sintomas dessa doença.

Os dados do estudo liderado pela Johnson & Johnson vão ajudar potenciais pacientes e profissionais de saúde, a encontrarem caminhos para antecipar o diagnóstico e o tratamento adequado. Essa população que hoje pode estar sem atendimento correto, terá possibilidades de recobrar a qualidade de vida. “O Visible nos mostrou que há uma sub-representação de minorias raciais e étnicas em estudos de certas condições dermatológicas. E isso nos motivou a estudar mais a fundo essa população e trazer mais diversidade nas pesquisas clínicas para garantir que o diagnóstico precoce e o conhecimento sobre o tratamento adequado realmente cheguem para todos”, finaliza o especialista.


Johnson & Johnson
https://www.jnj.com/.



Referências

sbd.org.br/doencas/psoriase/
bbc.com/portuguese/brasil-63824259
Alexis A, et al. Presented at AAD, New Orleans, LA, US, 17th–21st March 2023. P42193;
Alexis AF, et al. J Clin Aesthet Dermatol 2014;7:16–24;
Kaufman BP, and Alexis AF. Am J Clin Dermatol 2018;19:405–423;
Fitzpatrick TB. Arch Dermatol 1988;124:869–871
psoriasebrasil.org.br/tratamentos-da-psoriase https://bwsjournal.emnuvens.com.br/bwsj/article/download/455/246/1493


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