Desconforto atinge crianças entre 3 e 12 anos; condição é comum, porém mães e pais precisam ficar atentos aos sintomas
As dores do crescimento, que costumam afetar
crianças entre 3 e 12 anos de idade, têm causas e origens ainda não descobertas
e debatidas entre especialistas da área. Estudos indicam que entre 25% e 40%
das crianças na fase considerada “primeiro estirão” relatam desconforto em
algum momento, mais comuns à noite, na região das coxas e panturrilhas.
As dores do crescimento podem ser consideradas uma
parte normal da infância, mesmo que por vezes desconfortáveis. Por isso, as
visitas regulares ao pediatra são essenciais para garantir que quaisquer
queixas de dor sejam avaliadas adequadamente.
De acordo com o médico ortopedista Cleber Furlan,
dores do crescimento são comuns nessa faixa etária e não há muito com o que se
preocupar. Entretanto, mães e pais precisam ficar atentos quando as queixas se
tornarem recorrentes, e apresentarem outros sintomas. “Se além das dores
aparecer também febre, algum edema, perda de apetite e manchas na pele, por
exemplo, é importante consultar um especialista para descartar possíveis
doenças pré-existentes”.
Outros fatores
Algumas teorias para explicar essas dores são
atividade física (impactos que podem causar microlesões em músculos e
articulações), fatores psicológicos (estresse emocional e ansiedade), fatores
genéticos e sedentarismo. Como efeito, as dores podem chegar a interferir na
qualidade do sono e impacto em atividades físicas corriqueiras.
O diagnóstico é dado após a exclusão de outras
condições que podem causar dor, como artrite, infecções ou lesões, com o médico
especialista analisando o histórico médico da criança e o padrão das dores, com
exames físicos específicos para descartar outras possíveis causas.
O tratamento é geralmente sintomático, já que a
condição não requer intervenção médica específica. São recomendados, sob
supervisão médica, o uso de analgésicos comuns (paracetamol, ibuprofeno),
compressas quentes, massagem e atividade física para manter a criança ativa,
bem como apoio emocional.
Cleber Furlan - Médico ortopedista há mais de 20 anos, o doutor Cleber Furlan é também Mestre em Ciências da Saúde pela FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) e Doutorando em Cirurgia pela UFPE (Universidade Federal de Pernambuco). Furlan é especialista em Cirurgia do Quadril, bem como membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Quadril.
https://www.cleberfurlanmedicina.com.br/
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