• Isso será debatido na 9ª edição ENATIH com tema: "Ciência em Movimento - Sempre à frente do tempo", em Praia do Forte. • O processo de feminização e masculinização são seguros quando aplicados dentro de protocolos estabelecidos e mantidos na faixa fisiológica normal, revela especialista
A terapia de reposição hormonal (TRH) é um
tratamento médico que envolve a administração de hormônios para compensar a
deficiência ou desequilíbrio hormonal no organismo, que impacta a saúde e o
bem-estar. Normalmente, é realizada em situações como na menopausa, em
condições hormonais específicas, e no tratamento de pessoas transgêneros.
A decisão de iniciar a TRH envolve uma avaliação
cuidadosa de um profissional da área da saúde, levando em consideração os sintomas,
o histórico médico e os riscos e benefícios para cada indivíduo.
A Dra. Daria Neves, ginecologista,
explica que o tratamento auxilia na afirmação de gênero, ajuda as pessoas se
sentirem mais confortáveis e satisfeitas com a sua imagem física e psicológica.
“A reposição hormonal pode ajudar a desenvolver característica sexuais
secundárias desejadas e minimizar as inerentes ao sexo biológico”, reitera a
médica.
O assunto será debatido na 9ª edição
ENATIH com o tema “Ciência em Movimento – Sempre à frente do tempo”,
que acontecerá entre os dias 03 a 06 de outubro, na Praia do Forte, em Mata de
São João. O evento terá como propósito apresentar as principais metodologias,
recentes pesquisas e inovações na área, entre outros temas.
Como é realizado a Reposição
Hormonal em Transgêneros?
A reposição hormonal envolve a administração de
hormônios sexuais que promovem o desenvolvimento de características físicas que
correspondem ao gênero no qual a pessoa se identifica.
No caso das mulheres em processo de transição de
gênero (pessoas designadas como homens ao nascimento, mas que se identificam
como mulheres), a terapia inclui a administração de estrogênio e,
frequentemente, antiandrogênicos, que bloqueiam os efeitos dos hormônios
masculinos. Já para os homens transgêneros (pessoas designadas como mulheres ao
nascimento, mas que se identificam como homens), a terapia envolve o uso de
testosterona.
“O processo de feminização e masculinização são
seguros quando aplicados dentro de protocolos estabelecidos e mantidos na faixa
fisiológica normal. No entanto, é crucial monitorar as condições clínicas que
possam ser afetadas pela terapia hormonal em cada paciente – no caso, as
contraindicações”, explica a Dra. Daria.
Sobre os métodos de
administração
Os hormônios podem ser administrados de várias
maneiras, dependendo das necessidades e preferência de cada pessoa. As opções
incluem:
Implantes hormonais - Os implantes hormonais são dispositivos médicos que liberam hormônios
no corpo ao longo do tempo. Inserido na pele através de um tubinho de 4 a 5 cm,
contém substâncias que caem na corrente sanguínea e, de maneira controlada,
passam a regular a quantidade de hormônios no organismo.
Injeções – neste caso, injeções intramusculares são subcutâneas de testosterona
ou estrogênio, aplicada em intervalos regulares.
Adesivos ou Géis – consiste em produtos aplicados na pele que liberam hormônios de forma
contínua, entre outros métodos.
Benefícios da Reposição
Hormonal
A terapia de reposição hormonal oferece inúmeros
benefícios paras as pessoas em processo de transição de gênero. As mudanças
físicas incluem o desenvolvimento de seios, redistribuição de gordura corporal
e suavização da pele em mulheres transgêneros, enquanto os homens podem esperar
o aumento de massa muscular, engrossamento da voz e crescimento de pelos
faciais e corporais. Essas alterações ajudam a alinhar o corpo com a identidade
de gênero, o que pode reduzir de maneira significativa o sentimento de
desconforto com o sexo atribuído ao nascimento.
Além das visíveis alterações físicas, o tratamento
TRH pode proporcionar um impacto na saúde mental. “A reposição hormonal também
pode ajudar a melhorar a qualidade de vida, reduzindo a depressão e a
ansiedade, aumentando a satisfação com a vida e a congruência entre as características
físicas e a identidade de gênero”, revela a Dra. Daria.
Apesar da TRH oferecer muitos benefícios à saúde, é
fundamental que o tratamento seja monitorado por um profissional da área da
saúde para garantir a segurança e eficácia do tratamento.
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