A vida sexual está começando mais cedo, por
isso, no Dia Nacional da Saúde de Adolescentes e Jovens, questionamos uma
médica sobre como definir este momento para as meninas. Urologista também foi
consultado para falar sobre os meninos22 de setembro é considerado o Dia Nacional
da Saúde de Adolescentes e Jovens
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O Ministério da Saúde segue a convenção elaborada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e considera que a adolescência vai dos 10 aos 19 anos, 11 meses e 29 dias. E esta turma está cada vez mais precoce quando se fala em vida sexual. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que 28,5% dos escolares entre 13 e 15 anos já tiveram relações sexuais e, mesmo com amplo acesso à informação, o uso de preservativo caiu 22,3% nos 10 anos avaliados.
Para
destacar cuidados com pessoas nessa faixa etária, 22 de setembro é considerado
o Dia Nacional da Saúde de Adolescentes e Jovens. E é nesse período que
acontece a troca do pediatra pelos especialistas que deverão acompanhá-los na
vida adulta. Uma dúvida muito comum de pais e filhos é quando fazer essa troca.
A ginecologista Rosane Figueiredo, que atende no centro clínico do Órion
Complex, em Goiânia, esclarece sobre como deve ser feito o processo com as
meninas. “Não há uma época definida para que se faça a primeira consulta
ginecológica para adolescentes e jovens assintomáticas. De modo geral, pode ser
realizada em torno dos 10 anos ou, ainda, após a primeira menstruação, que
ocorre em torno dos 12 anos”, explica.
A primeira consulta
Rosane Figueiredo pontua ainda como deve ser essa consulta inicial. “A primeira consulta é uma ocasião importante para o estabelecimento de uma relação de confiança mútua com a adolescente e a adulta jovem. A abordagem deverá ser acolhedora, respeitando-se sempre a privacidade e a confidencialidade dos assuntos tratados. Muito importante enfatizar que comunicação deverá acontecer no nível de entendimento da faixa etária da paciente. A história clínica, o exame físico e o ginecológico deverão ser adaptados também à idade e às necessidades individuais de cada paciente, considerando sempre sua aceitação”.
De
acordo com ela, a partir da primeira consulta, é importante ir pelo menos uma
vez ao ano ao especialista. “É importante poder avaliar o desenvolvimento
físico, sexual e puberal; o cartão de vacinas, com enfoque especial na vacina
contra o HPV, responsável pelo câncer de colo uterino; eventual necessidade de
orientação contraceptiva e de rastreio de infecções de transmissão sexual; além
de dúvidas relacionadas ao ciclo menstrual e suas irregularidades.
Evidentemente a adolescente ou jovem deve procurar um ginecologista também
quando apresentar sintomas que apontem possíveis alterações ginecológicas”.
Garotos também precisam
O urologista Pedro Henrique Lemos Moreira, que também atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, salienta que para os garotos a relevância de se consultar com o especialista corretamente é a mesma. “A importância de ir ao urologista na hora certa é fazer diagnósticos que podem atrapalhar, por exemplo, a fertilidade, tirar dúvidas em geral e iniciar o tratamento o mais breve possível, quando necessário”, pontua. “A primeira consulta com o urologista deve ser feita no início da puberdade e o ideal é que ela se repita anualmente, sendo que em alguns pacientes esse retorno pode ser antes”, completa.
Ele
explica como é a consulta inicial para os meninos. “Nessa primeira consulta o
urologista vai ter um bate papo aberto sobre cinco pontos principais:
orientações quanto a infecções sexualmente transmissíveis (IST’s); dúvidas
sobre relações sexuais, distúrbios ejaculatórios e disfunção erétil que são
muito comuns nessa faixa etária; investigação quanto a infertilidade, onde o
urologista vai investigar através do exame físico se o paciente tem varicocele,
que é a principal causa de infertilidade masculina; orientações quanto ao
tamanho e crescimento do pênis e investigação como um todo da saúde geral”.
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