Câncer que atinge o sistema linfático
pode provocar, entre outras coisas, acúmulo de líquidos, inchaços e dores nas
pernas e braços
O câncer é uma preocupação mundial, principalmente em relação à
sua prevenção, detecção precoce e tratamento adequados. No Brasil, dados do
Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o país deve registrar 704 mil
casos da enfermidade, considerando o período de 2023 a 2025. Entre os inúmeros
tipos da doença estão os linfomas, que atingem diretamente o sistema linfático,
causando enfermidades como o linfedema, condição que provoca inchaços, dores,
aumento do volume dos membros superiores e inferiores e desconforto para os
pacientes.
Segundo a médica Luisa Ciucci, especialista em cirurgia vascular e
endovascular, os linfomas são “tumores malignos que ocorrem quando os
linfócitos e seus precursores - que moram no sistema linfático - responsáveis
por proteger o corpo contra as bactérias, vírus e outras ameaças, sofrem
mutações e começam a se multiplicar descontroladamente, atacando o sistema
linfático. A partir daí, começam os sintomas que conhecemos da doença, com o
acúmulo de líquido”.
Linfedema e sua relação com o câncer
O linfedema é um tipo de inchaço causado pelo acúmulo de líquido
rico em proteínas, fora dos vasos sanguíneos. Os vasos linfáticos são
estruturas delicadas que, junto aos linfonodos - e alguns órgãos linfoides como
baço, amígdalas e timo - compõem o sistema linfático. Estes inchaços podem ter
relação com o câncer.
“A doença surge quando há uma disfunção nos vasos linfáticos e
linfonodos, causando acúmulo de líquido em uma ou mais extremidades. Os casos
provocados pelo câncer ou em consequência do seu tratamento são frequentes,
principalmente nos Estados Unidos e Europa. Estima-se que cerca 20% das
mulheres que são submetidas ao tratamento de câncer de mama desenvolvem
linfedema do membro superior do mesmo lado tratado. No Brasil, o esse tipo de
câncer é um dos que mais atingem as mulheres, representando quase 10% dos
casos, o que gera grande preocupação”.
A médica também afirma que os linfomas podem “ser uma causa do
linfedema quando acometem os gânglios linfáticos, obstruindo o fluxo linfático
na região”. Segundo ela, existem dois grupos de possíveis causas para a doença:
Linfedema hereditário: pode ser resultado de uma anomalia
congênita do sistema de condução linfática.
Linfedema adquirido: causado por danos no sistema linfático ou de alguma deficiência
funcional do organismo. Dentre as possíveis origens estão:
- Infecções causadas por picadas de insetos;
- Ferimentos graves ou queimaduras que danificam ou
destroem o sistema linfático;
- Obesidade grave,;
- Qualquer tipo de cirurgia;
- Radiação para tratamento de câncer ou o próprio
tumor cancerígeno.
Tratamento
O linfedema tem tratamento. No entanto, é necessário que os pacientes comuniquem aos médicos qualquer sinal de alteração ou inchaço nos membros. Isso é essencial para se iniciar a abordagem adequada. A terapia complexa descongestiva (TCD) é feita de forma multidisciplinar, que inclui desde a drenagem linfática à compressão
“Em todos os casos é importante estimular o paciente a realizar atividades físicas, adotar medidas de cuidados com a pele (hidratação e proteção contra lesões) e manter uma alimentação equilibrada. Para as fases iniciais, a meia compressiva pode ser o principal tratamento. Nas fases mais tardias, outros dispositivos e técnicas como bandagens de curto estiramento, fisioterapia, drenagem linfática ou compressão pneumática, dispositivos de velcro e meias de compressão específicas podem ser necessários para controlar a enfermidade”, detalha a especialista.
Um dos exemplos são as meias de compressão produzida pela SIGVARIS
GROUP, empresa global com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de
compressão, que podem auxiliar ao longo do processo de tratamento de
linfedemas, principalmente ao longo do tratamento oncológico.
“Muitas pessoas ouvem que não existe tratamento e que não irão
melhorar. No entanto, existem médicos e fisioterapeutas especializados em
linfedema que podem indicar um plano de cuidados e programar o cuidado
individualizado para o paciente. No caso dos pacientes oncológicos, o
diagnóstico precoce e o uso de tratamentos minimamente invasivos é essencial
para o bem-estar destes indivíduos”, finaliza a médica.
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